Não pare de conversar.
O grande psiquiatra e escritor Eric Berne declarou uma vez que só precisamos de três palavras para manter nossos relacionamentos. “sim”, “não” e “uau!”
Os casais que estão enfrentando dificuldades costumam achar que “batem sempre na mesma tecla quando conversam”, o que não leva a lugar algum. Eles logo começam evitar os assuntos dolorosos por medo de piorar a situação, porém, isso só os torna mais e mais distantes.
Eles podem sentir que o relacionamento está em perigo, mas isso não é verdade. Ter dificuldade é parte daquilo que faz os relacionamentos crescerem. Quando você aprende a resolver problemas, a confiança e a satisfação aumentam. É uma arte que qualquer um pode aprender.
No dia a dia, os casais podem facilmente ficar presos num determinado padrão. Depois de algum tempo percebemos que esse padrão se repete inúmeras vezes. Chamamos isso de “valsa da insatisfação” quando você roda e nada acontece.
Sem perceber e pela correria do dia a dia, eles começam a brigar por coisas insignificantes, mas quando isso acontece, nem sempre é problema de casal. As vezes, eles estão tendo apenas um “choque de necessidades”. Ambos acumularam uma enorme necessidade de paz e tranqüilidade, cuidados e apreço, descanso e divertimento. O segredo é fazer parte pequenas mudanças de maneira que cada de e receba um pouco. Isso reúne a energia que ainda resta e somente quando o “tanquinho emocional” de cada um saiu da reserva, ai sim, eles podem começar a conversar sobre as suas necessidades.
Experimente preencher mentalmente os itens abaixo:
1- O que você mais deseja, no momento, de seu parceiro? Tempo para ouvir, mais carinho, apreço, espaço para respirar, contato sólido e confiança, segurança, conversar sobre os filhos, planejar o futuro, fazer amor, momentos de divertimento junto, conversar sobre dinheiro, um tempo longe dos filhos, outros…
2 – Ao invés de pedir diretamente, o que você faz? Provoca uma briga, diz o quão mal você se sente, reclama de alguma coisa, fica emburrado em silêncio, se faz de mártir e fica acordad0(a) a noite inteira ou dá ao outro o que realmente gostaria que lhe desse?
3 – Como a situação costuma terminar? Briga e reconciliação, briga e cada um para o seu lado, apenas retraimento, dar de ombro, ameaças de separação, recusa em fazer sexo, sintomas físicos.
Muito provavelmente você deve agir, como via seus pais agindo quando era pequeno(a).
Freud dizia algo que eu gostava: “As vezes, um charuto é apenas um charuto”.
Isso quer dizer que as vezes, o desentendimento não significa que os dois não se amam, mas que um precisa do outro para estar bem.