sexo

Você sabia que quanto mais o homem recebe a valorização sexual, mas tendência ele tem de ficar carinhoso com a mulher? E quanto mais carinho a mulher recebe do marido, mais tendência ela tem de satisfaze-lo sexualmente? Isso é um ciclo que se alimenta de forma circular e os casais deveriam parar para prestar mais atenção nesses fatos. Certamente essa variável depende de outras influências externas, como a fase de vida, questões hormonais, o momento conjugal, entre outros, mas essa pesquisa feita por John Gottman, nos auxilia a entender o porque há períodos em que os casais ficam mais próximos um do outro e porque há outros onde há uma distância emocional maior entre eles.

Muitas mulheres reclamam que seus maridos não são carinhosos com elas, mas a primeira pergunta que se deve fazer nessas horas é: O que você tem feito para que ele seja carinhoso com você? Você tem procurado satisfaze-lo na área sexual? Tem procurado reconhece-lo como homem e nas coisas que ele faz? A mulher nem sempre sente o mesmo desejo sexual que o homem, mas não há dúvidas que isso é um dos fatores que aproxima o envolvimento emocional do marido com a esposa, fazendo com que ele a perceba mais.

Por outro lado, há também as reclamações dos maridos e uma pergunta pertinente aos homens seria: Você faz de tudo o que está ao seu alcance para poder agrada-la, dando lhe o carinho que a mulher tanto necessita para se sentir amada? Você sabe que o sexo não começa na cama, mas se inicia desde o bom dia, de uma ligação a tarde para dizer que a ama ou até um whatts app mostrando o significado que ela tem na sua vida?

Ao trabalhar com casais aprendo a cada dia, que tudo é complementar, ou seja, todo casal se merece e que toda moeda tem dois lados. A insatisfação pode esconder uma série de frustrações na relação e se algo não está bem na cama, é porque ambos podem precisar da desculpa, para não se manterem conectados emocionalmente. Se a mulher reclama que o marido não é carinhoso, é porque ela mesma pode estar desejando não ter uma aproximação mais intensa com ele (por mais absurdo que isso possa parecer). Se o marido reclama que a mulher não tem desejo sexual é porque inconscientemente ele mesmo pode não estar contribuindo para que ela o queira. Você pode estar lendo isso e pensando que é um absurdo essas idéias, mas quando se estuda a profundidade da mente humana, nada parece ser tão maluco ou lunático assim. Ninguém sabe o que pode estar por trás de um problema conjugal, mas nem vou aprofundar esse assunto porque é complexo e não daria para escrever sobre isso em uma só matéria.

Saliento, no entanto, que cada casal tem uma análise única e particular. Não se pode generalizar como se todos os casos conjugais fossem assim, mas a escolha do cônjuge se dá de forma muito mais profunda do que se pensa. Os casais não percebem, mas muitos deles precisam dos problemas conjugais na sua rotina, porque isso os distrai de viver a verdadeira satisfação emocional.

A infidelidade carrega um raio devastador para aqueles que por ela, são atingidos. Esse texto não trata de defender a fidelidade, mas foca-se exclusivamente no sofrimento que as pessoas que estão envolvidas nesta situação se aprisionam.

A atração por outra pessoa pode surgir a qualquer momento na vida de uma pessoa, mas a escolha de se liberar para que este impulso seja vividamente concretizado, vai depender exclusivamente dos cuidados que a pessoa toma em aceitar (ou não) as investidas sedutoras.

Quando a pessoa opta por liberar o impulso de trair, inicialmente ela não pensa em ter que escolher entre o cônjuge e a pessoa que resolveu sair. Está entusiasmada pelo sentimento agradável que a atração e conquista provocam, e no fundo, deseja manter o cônjuge e a família. Depois descobre, com surpresa e dor, haver conseqüências dessa escolha, pois como diz Pittman, “A infidelidade pode não ser a pior coisa que um parceiro faça ao outro, mas é com certeza a mais perturbadora, desorientadora e consequentemente, a mais capaz de destruir uma relação”.

Tenho ficado cada dia mais preocupada com as conseqüências que a infidelidade esta gerando na vida dos filhos. Os pais que traem jamais irão saber o que passa na mente dos filhos que vivenciam essa influência. Além da quebra pelo respeito da figura de autoridade, isso abre portas para esse sofrimento se repetir em gerações futuras, além da falta do exemplo que é quebrado em casa, que não recupera a admiração daquele que se tinha antes. O estrago é real.

Percebo, no entanto, que alguns padrões de interação entre o casal, acabam formando campos férteis para a traição. Vou citar alguns deles, para que pessoas em geral, possam se prevenir desse mal, tentando assim, evitar sofrimentos futuros:

 

1 – A falta de intimidade e o distanciamento emocional

Este padrão pode se desenvolver com o passar dos anos, caso o casal fica cego quanto aos sentimentos e as necessidades um do outro;

2 – Evitação de conflitos

Aqui o casal luta para manter uma paz aparente, mas não falam de suas verdadeiras insatisfações.

3 – Conflitos freqüentes;

4 – Vida sexual insatisfatória ou ausente;

5 – Desequilíbrio de poder

Relacionamentos que não dão abertura para negociação das diferenças e impera geralmente a vontade de somente uma pessoa.

6 – Idéia equivocada de que o parceiro jamais faria isso (porque sente segurança demais na relação).

Fique atento a essas dicas, mas acima de tudo, lembre-se que os atos que você tem para com seu cônjuge nos dias de hoje, refletirão diretamente nos dias de amanhã.

As reações do corpo na hora “H”

A relação sexual entre um homem e uma mulher é semelhante a uma dança hormonal de toques, sensações e sentimentos. Nessa dança, podemos ver encontros e desencontros, traduzindo passos disrítmicos que deslizam secretamente em um mar de fantasias, exuberância e mistérios. Quando um casal se ama e se une sexualmente, essa entrega é feita de forma bela, mágica e admirável.

O momento a dois representa uma dança onde vocês escolherão o ritmo. Os passos dessa dança podem ser retratos de um bolero, de uma valsa mais lenta ou de um rock pesado; de um twist ou ainda de um forró alucinante. O importante não é só dançar, mas sentir os passos e as sensações que essa dança oferece.

Tempos atrás eu estava estudando sobre as reações fisiológicas do corpo, na hora do orgasmo e gostaria de compartilhar com você, um pouco do conteúdo do livro. Vamos então, ao ponto “G” da questão, baseado nos dados da autora Dagmar Oconnor:

 

– Entende-se que o orgasmo é resultado do acúmulo de um nível de excitação forte o suficiente para dominar o ego, fazendo o corpo rodopiar de sensações que são semelhantes a movimentos convulsivos. No ato sexual, o corpo TODO é modificado durante a explosão orgásmica ocorrendo reações, como:

1 – Elevação da temperatura na superfície corporal.

2 – Ocorre algo como uma febre, um ardor, um fogo, um calor que aparece subitamente e de forma intensa.

3 – A pele muda de cor, conhecida como rubor sexual que começa com freqüência na parte superior do abdome e do rosto, espalhando-se depois para os seios, pescoço, tórax, coxas, braços, baixo-ventre, o bumbum e as costas, aprofundando-se em alguns casos, para o vermelho-claro ou até um intenso roxo-avermelhado.

4 – Uma fina película de transpiração aparece em várias partes do corpo.

5 – Os olhos se dilatam e cintilam com o aumento da umidade.

6 – Os lábios incham, o nariz fica mais espesso e os seios aumentam, devido ao sangue que corre para a superfície, alterando o contorno dessas partes do corpo.

7 – E, finalmente as rugas do rosto ficam reduzidas e anos de vida parecem diminuir, devido a boca e os olhos ficarem mais inchados.

 

Tendo este dado em mãos, agora cabe aos homens a reflexão de saber se tem sido cuidadosos com os desejos femininos e cabe as mulheres a expressão de suas sensações, para que seus parceiros lhe auxiliem no seu próprio prazer.

Aprecio uma frase de Simone de Beauvoir, ao dizer que “…A mulher só se torna mulher sob o olhar de um homem: o homem só se torna homem sob o olhar de uma mulher. O que isto expressa, é exatamente a reciprocidade em que um se descobre por meio do outro…”              

A autora é psicóloga especialista de casais e famílias

(45) 3224-4365

drakarinerizzardi@gmail.com

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