obesidade

Estudos da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostram que a ansiedade da mãe pode estar relacionada ao excesso de peso da criança.

Teoricamente falando, esse estudo comprovou que as crianças também se utilizam do excesso de comida, para compensar o estresse. Isso se explica porque a criança que cresce em um ambiente estressante, onde há sempre agitação excessiva, lugar de muitas gritarias e momentos de brigas nos horários das refeições, onde deveria se ter harmonia e conversas saudáveis, eles tendem a aumentar o cortisol do cérebro (hormônio do estresse), onde o excesso do mesmo libera no corpo um desejo enorme da pessoa consumir excessos de doces e/ou gorduras, como batatas fritas, frituras, etc…

Esse estudo foi publicado na revista Pediatrics e o levantamento acompanhou 841 crianças, onde foi percebido que o risco dos pequenos se tornarem obesos aumenta quando a mãe apresenta sintomas de depressão e ansiedade.

De certa forma, isso é transferido para a criança, onde a mesma passa a ingerir mais alimentos, como forma de proteger a mãe das tristezas. A criança então, tenta transferir o problema da mãe, para ela mesma, no intuito de aliviar a tensão dos pais.

Além de observar que os nervos a flor da pele influenciam no peso da garotada, os autores notaram que isso acontece principalmente em casas onde ocorre o excesso de comida, ou seja, naqueles lares onde os filhos estão longe de passar fome.

Esta análise foi realizada com crianças e adolescentes com idade de 03 a 17 anos. Segundo os autores, no entanto, o alerta só é considerado relevante para garotos e garotas dos 03 aos 10 anos, pois depois dessa fase, meninos e meninas encontram outras válvulas de escape.

Isso é para vermos o quanto os pais exercem influência no comportamento dos filhos, mesmo que estes não percebem a profundidade e importância da mesma.

“Tive uma festa de aniversário no meio da semana.”

A mente de gordo já pensa: “Está tudo perdido! Vou estragar toda a minha dieta e o resto da semana já foi por água baixo. O pior é que como já sabia que ia comer mesmo, eu resolvi dar uma passadinha no mercado e comprei algumas guloseimas que eu gosto e não posso comer quando estou em dieta.” Tristeza, culpa, arrependimento e….mais comida. Final de outro recomeço!

A mente magra já pensa: “Os salgadinhos da festa da Eva estavam muito bons, mas nós nos divertimos tanto que até esqueci dos pratos. Após a festa, fomos para casa, assisti a um filme legal e nem lembro o que jantei…Ah! Jantei um chá com bauru.”

Percebeu a diferença entre uma mente gorda e uma mente magra? Mesmo em situações iguais, suas reações elas são visivelmente diferentes.

Para quem pensa gordo, o ato de comer provocou (por experiências anteriores já vividas), pensamentos automáticos e mentirosos que a mente gorda acredita, sem perceber que é uma armadilha mental:

“Tudo está perdido!”, “Eu não tenho jeito mesmo. Nasci para ser gordo!”.

Esses pensamentos enganosos geram tanta culpa que provocam uma compulsão maior ainda. A maneira errônea de pensar leva o indivíduo aceitar o pensamento distorcido como uma verdade absoluta, onde se aceita a derrota antes mesmo de compulsionar. Toda recaída com compulsões ou vícios ocorre primeiramente na mente, para depois partir para a ação.

Se a pessoa se negar a ser escrava desses pensamentos, terá que bloquear essa conversa interna antes mesmo de atacar o bolo inteiro.

No caso de quem pensa magro, a pessoa percebe a comida como “um dos prazeres” e não como “o grande prazer” de sua vida. A mente magra volta a sua realidade, sem ficar supervalorizando a comida ou pensando se vai ou não compensar na janta, deixando de comer isso ou aquilo. Sua vida é tocada para frente, inclusive em termos alimentares.

Caso eu pense como gordo, como eu poderia agir para pensar como a mente magra? Afinal, você quer ser magra ou emagrecer?

O primeiro ponto é saber que não é por causa de uma festa de aniversário ou por um jantar na casa de um amigo que sua dieta está perdida. Fazendo isso você já está começando a treinar sua mente a pensar magro. Para isso, você deve contestar seus pensamentos distorcidos que tentam minar sua cabeça. Quando aquela voz interna falar: “Estraguei tudo!”, você deve pensar: “SERÁ que eu realmente estraguei tudo?”. “Em que estou me baseando para confirmar essa afirmativa?” Eu passei do meu limite calórico hoje, mas posso ter controle sobre minha próxima refeição.

Não se concentre em sua derrota temporária. Se você comer dois, dez ou vinte brigadeiros, todos terão o mesmo sabor, não é mesmo?

Uma coisa é certa: se você já começou a dieta desanimado, então nem perca seu tempo, porque ninguém pode vencer aquele que já sabe que vai perder.  

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