mesada

No dia em você saiu de casa quando era jovem, qual era seu preparo para tomar decisões financeiras? Os pais gastam de 18 a 22 anos preparando os jovens para suas vidas profissionais, mas geralmente, gastam poucas horas para ensinarem-lhes a melhor forma de usar o dinheiro. Os pais precisam capacitar seus filhos a lidar com as finanças, independente da idade. Esta instrução é válida desde pequenos e até em situações como seu primeiro emprego e porque não dizer, quando o filho sai para construir sua própria família.

Há, no entanto, experiências de ensino que beneficiam os filhos na área do gerenciamento do dinheiro e observe algumas estratégias que tem auxiliado aos pais:

Renda: Caso o filho seja pequeno, os pais precisarão decidir se querem dar ao filho uma mesada ou se preferem que ele ganhe dinheiro com serviços extras. O importante é saber que no início dessa administração, provavelmente o filho fará inúmeros erros e os pais terão o desejo de ajudar. É interessante não livrá-los de situações de aperto, pois é nos erros iniciais que eles poderão aprender a se auto gerir.

Orçamento: Ensine-os a fazer um orçamento. Comece com um sistema simples de três caixas rotuladas com os nomes “receber”, “economizar” e “gastar”. Isso é um controle visual que auxilia a compreensão financeira e assim, a cada ganho que recebe, a criança distribui uma porção de sua renda para cada caixa e até uma criança de seis anos já pode executá-lo.

Ensine seu filho a diferenciar desejo de necessidade: Filhos compram muitas coisas que desejam, mas poucas coisas que tem necessidade. Exemplo: Um tênis é uma necessidade, mas ter um tênis da marca tal, da cor tal e da última coleção, já é um desejo. Se o filho quiser, ele terá que bancar seu desejo, pois o ideal é que os pais dêem o valor correspondente a necessidade, exceto em momentos de festa de aniversário ou natal.

Se você quer saber se realmente fez uma boa compra é só se perguntar: “Isto eu realmente preciso apenas desejo?

Recordo sempre um exemplo que li certa vez, no livro “Pai rico, Pai pobre”:

Quando o filho diz: “Pai, quero isso…!”

O pai pobre diz: “Não tem dinheiro, filho!”

O pai rico já diz: “O que você terá que fazer para conseguí-lo, meu filho!”

Este assunto é rico demais para abordarmos em apenas uma lauda, mas recomenda-se que os pais se atentem para esta importância, independente da idade que os filhos tenham.

Muitas pessoas tem dúvidas quanto a idéia de “dar” ou “não dar” a mesada aos seus filhos. Dúvidas como esta se estendem não somente ao ato, mas desde a idade que dá para esta regra se iniciar, até o valor estipulado pela dinâmica financeira dos pais. Alguns perguntam se os valores devem ser todos iguais ou se cada filho deve receber algo específico de acordo com a ordem de nascimento.

A maioria dos pais opta por não dar mesada. Outros já decidem dar R$ 1,00 a cada nova idade e já vi outros tipos de pais arrependidos por darem valores exorbitantes que no final, não acaba sendo nada educativo.

Particularmente não acho que tenha uma resposta certa para este tipo de dúvida, pois cada família decide fazer de acordo com aquilo que melhor lhe apraz. Entendo, porém, que a mesada deve ter um único fim, que é o de aprendizagem quanto a administração financeira e não de gastos desnecessários. Caso este processo decida ser executado, pode-se começar a partir dos sete anos de idade.

Eu gosto muito de um livro da Universidade da Família, cujo autor é o Altenir Farinhas, onde ele explica para os filhos de forma bastante construtiva, qual a melhor forma de conduzirem suas finanças. Não recordo exatamente o nome do mesmo, mas vale a pena a busca pela internet, para aqueles pais que entendem que ensina-los lidar com o dinheiro, é algo de suma importância para prepara-los para a vida.

No entanto, independente da conduta que os pais decidam ter, o objetivo desta matéria é me ater essencialmente a uma atitude interessante que teve um pai.

Ele tinha dois filhos e estipulou um valor que daria a eles, todo o final do mês. O que me chamou atenção, foi de que cada comportamento que os filhos tinham, tinha um valor específico que influenciava na mesada final. Se caso um deles não arrumava sua cama, era descontado 0,70 centavos, se um irmão desrespeitava os brinquedos um do outro, era descontado 0,90 centavos e a lista prosseguia assim:

– Fazer tarefas sem precisar mandar R$1,50

– Deixar roupas jogadas no quarto     R$1,30

– Escovar os dentes                             R$0,50

– Outros…

Para aqueles pais que são adeptos a mesada, é possível que esta seja uma boa estratégia para se pensar. No final de cada mês, estes valores eram contabilizados e interferiam na co-responsabilidade de cada filho, em relação a suas tarefas domésticas e pessoais.

Para os pais adeptos da mesada, fica aqui uma dica interessante que auxilia seu filho a lidar com as finanças, sendo ao mesmo tempo, aprimorado em seu comportamento moral.

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