filhos

Precisamos ficar atentos as características dos filhos, pois eles nos ensinam coisas que precisamos aprender ou a voltar a praticar em determinado momento de nossas vidas. A idade que cada filho tem, retrata a necessidade especial que devemos praticar.

Lembro-me de uma vez que nossa terceira filha tinha feito 11 meses. Ao final daquele ano fomos à praia e notamos que ela ficava horas olhando o comportamento de uma borboletinha e aquilo parecia mágico para ela. Nós tivemos um momento em família tão precioso que pulávamos ondas, brincamos na areia e nossa neném ria que parecia que ia explodir de tanta felicidade. Por hora, me toquei que a quase dez anos eu não entrava mais no mar para não melecar o bronzeador ou estragar o cabelo… quanta bobagem.  Fiquei pensando que filhos bebês vêm nos dar indicativos que estamos tão corridos no nosso dia a dia, que precisamos parar para contemplar as coisas “simples” da vida como o entardecer do sol ou a mudança da lua. Eles nos ajudam a ver que a vida profissional é importante, mas que nada se compara com o fato de aproveitar o núcleo familiar – sair comer milho verde de chinelo e olhar aqueles olhinhos curiosos em conhecer tudo e nós do contrário, já temos nossas verdades e deixamos de lado esse “olhar de aprendiz” em aprender com as coisas da vida.

Crianças pequenas, de igual forma, nos ensinam aproveitar melhor a vida e não só ficar atrás do sustento do lar ou coisas do gênero. Aqueles pais com filhos de mais de três anos, devem estar atentos a perceber a beleza em descansar após um longo dia de trabalho e poder ter seus momentos de lazer, assim como eles. As crianças em geral, se respeitam quando estão com sono e nós não deixamos nos entregar a ele, pois parece que não podemos. Além disso, filhos ainda crianças se contentam com coisas simples e isso é uma grande lição para nós que queremos sempre mais, que enquanto não alcançarmos tal e tal objetivo, não sossegaremos. Que lendo engano! As crianças podem até ter brigado com o irmãozinho e chorado porque deu problema na escola, mas quando vão à feirinha eles olham o pula-pula e ficam enlouquecidos. O que será que isso quer nos ensinar? Consegue perceber por quê eles são nossos professores?

Filhos adolescentes, é outro exemplo, pois estão em um momento da vida em que estão cheios de sonhos e lotados de amigos. Essa fase geralmente os pais já estão “ligados no automático”, repetindo as mesmas coisas e fazendo tudo igual. É hora dos adultos e se voltarem mais para os amigos (iguais a eles), refazer seus próprios sonhos que ficaram de lado enquanto se educavam os filhos. Isso é igualmente importante, mas nós temos sonhos pessoais que não podem se apagar.  

Por fim, os filhos se casam e já são adultos. Com isso, se voltam para si mesmos e em escrever suas próprias histórias. Os pais também devem se voltar para isso e pensar que coisas podem fazer por si mesmos para curtir, viajar, usufruir de tudo o que foi construído. Quem não está contente, tem a chance de se reformular e continuar a caminhada em busca da reconstrução. E nessa hora, aparecem os netos, e aí….. aí sim, nós viramos crianças outra vez.

Curiosa a vida, não! Não há nada que ocorra sem propósitos maiores!

O que você lerá agora não é algo escrito por mim. Achei tão interessante a escrita de um pai falando de seu filho, que resolvi repassar a você que gosta de refletir sobre as coisas importantes da vida. Sei que muitos pais estão passando pela mesma impressão que ele. O mesmo é de Belo Horizonte e atualmente está morando nos EUA. Leia-a com atenção:

“Eu peguei esse título emprestado de um artigo escrito pela Madame Guyon, uma mulher que viveu no século XVII. Quando o inverno chega, as folhas das árvores caem e a única coisa que aparece são os galhos secos e retorcidos. Não há mais a beleza trazida pelas cores das folhas e das flores, apenas a feiúra dos galhos secos. Contudo, ainda que do lado de fora a visão seja feia e triste, do lado de dentro, a árvore continua viva. E a primavera, a estação seguinte, revelará a vida no interior da árvore através das novas folhas e flores que começarão a brotar.

A nossa vida é plena de estações. E todas elas são boas e importantes. As estações fazem a vida ser bela e colorida, cheia de diversidade e sensações. Na nossa vida, existem os períodos de verão e também os de outono; os períodos de primavera e também os de inverno. Esses períodos vêm e vão de acordo com o relógio de Deus para cada um de nós. Aqui em Dallas, temos vivido um tempo de inverno. As folhas e as flores caíram, os galhos secos e retorcidos ficaram à mostra, mas aquilo que é mais importante. A vida continua nos ensinando em cada situação, e também a partir da nossa percepção de cada galho seco, que não pode mais se esconder por entre as folhas e as flores.

Aqui em Dallas eu me dei conta do estilo acelerado de vida que eu tinha no Brasil. Eram atividades que começavam pela manhã e terminavam à noite, quando eu chegava em casa e ainda ia para o escritório. Sem perceber e sem querer, fui perdendo o coração do meu filho, Isaque. Eu achava que passava um tempo significativo com ele, mas eu estava enganado. As folhas e as flores escondiam os galhos secos e iludiam a minha visão. Não entendia porque ele ficava em silêncio quando eu lhe dizia: “Eu te amo, filho”. Eu achava que ele não entendia o que significavam essas palavras. Na verdade, ele, sim, as compreendia; mas eu não. Só percebi isso quando, meses atrás, depois de algum tempo em Dallas, ele não ficou em silêncio, mas me respondeu: “Eu também te amo, papai”.

Que dia maravilhoso! Pela primeira vez percebi que eu tinha galhos secos e retorcidos, e não apenas folhas e flores! Caminhei quase toda a minha vida sem perceber o que se passava no coração do meu filho. Ele via os galhos secos e retorcidos, mas eu só via as flores. Eu falava de amor, mas ele não sentia o meu amor. Eu mostrava as folhas, mas ele via só os galhos secos.

Até que o inverno veio: as folhas caíram, as flores sumiram, as atividades cessaram, os trabalhos pararam, os relacionamentos se distanciaram, os elogios acabaram e os galhos secos e retorcidos apareceram. Foi então que eu tive a oportunidade de estar com o meu filho e notar que, não eu, mas ele, sim, sabia o que é o amor.

Agradeço por essa estação. Agradeço a Ele que nos dá não apenas o verão e a primavera, mas também o outono e o inverno! Que não somente revela, mas também trabalha em uma árvore com galhos secos e retorcidos!

Ass: Um pai chamado Gustavo.

Quem nunca ouviu uma mãe dizer: “Meus filhos são tão diferentes que nem parecem ser da mesma família. O fulano é mais calmo, já o beltrano não pára sentado. Um adora estudar e o outro é uma briga diária para fazer as obrigações”. Todas as características que ouvimos até 12 anos de idade, tendem a definir a personalidade de cada indivíduo e isso terá reflexo direto nos relacionamentos pessoais.

Se um irmão ocupa um perfil de liderança na família, tenderá a ser líder na relação amorosa. Se outro ocupou um papel de rebelde, tenderá a ser mais questionador na vida afetiva. Se um terceiro tem características egocêntricas, certamente será um parceiro ou uma parceira com tendências a querer que só sua vontade seja satisfeita.

Um estudo feito com 7.000 casais coordenado pelo psicólogo americano Frank Sulloway, da Universidade de Harvard, em Boston, nos Estados Unidos, constatou-se o quanto é curioso notar alguns pontos em comum sobre as brigas dos casais segundo a ordem de nascimento. Baseado nesses resultados é preciso entender os motivos que levam as pessoas agir de formas diferentes um do outro. Com base nesses dados, isso auxiliara você a lidar melhor com seu parceiro. Vamos a elas:

Quem se relaciona com um filho mais velho, percebe que ele é responsável e comprometido – atitudes estas, que o fazem assumir o comando de tudo o que está ao seu redor. Primogênitos são autoexigentes e se concentram em seus próprios fracassos quando algo não vai bem. Sentem dificuldade em pedir desculpas quando erram, pois eles mesmos não se autorizam errar. Eles precisam aprender a equilibrar mais o prazer e não viver só das obrigações.

Em se tratando do filho do meio, os conflitos são outros. Os companheiros dos mesmos precisam ser muito bons para lidar com seus argumentos na hora de uma discussão. Como eles são treinados desde pequenos a se relacionar com o mais velho e o caçula, aprendem a ser ótimos negociadores e isso certamente se refletirá no amor. São muito

leais, tanto que filhos do meio são comprovadamente os parceiros com baixo índice de infidelidade. No entanto, eles precisam aprender a não levar as palavras do parceiro a “ferro e fogo”, pois agem hostilmente quando se sentem rejeitados. Esse tipo de atitude pode trazer problemas na área afetiva caso não filtrem o excesso de estresse de sua rotina.

Quando um dos cônjuges é o caçula, percebo que eles gostam de criar suas próprias regras, além de ficar facilmente emburrados quando são contrariados. Em geral, as brigas mais comuns ocorrem porque precisam receber alguns “empurrões para fazer as coisas”, pois na infância sempre havia alguém para fazer os deveres por eles. Em compensação, são alegres e engraçados, além de possuir um coração bondoso. Caso você se relacione com um deles, precisa deixar claro que não deseja assumir o papel de mãe/pai, mas sim de homem/mulher.

Este teórico citado acima cita que estes dados referem-se ao perfil geral, mas que sempre há exceções.

Após este quadro relacional, o convívio ficará menos conflituoso e mais respeitável ao aprenderem a lidar com as características de cada um. Esta é mais uma das ferramentas que o casal pode ter para enriquecer o conhecimento mútuo e solidificar a relação.

Ao longo de nossa vida passamos necessariamente por diversas perdas, sejam elas emocionais ou materiais e para sofrermos menos com esses momentos, é preciso compreender melhor a verdadeira causa da dor.

Toda dor da perda não advém absolutamente da perda em si, mas o que realmente causa dor dentro de nós é o nosso apego que temos em relação aquilo. Quanto mais apegados a algo, maior é o sofrimento, pois a dor da perda é proporcional ao tamanho do apego.

Todos nós temos apego em maior ou menor intensidade por algo, mas não podemos deixar com que esta seja a causa da nossa infelicidade. Se uma mãe é muito apegada aos objetos da sala de estar de uma casa, por exemplo, ela pode impedir que seus filhos possam usufruir do espaço necessário para brincar. Se uma pessoa for muito apegada a beleza e ao corpo, terá mais dificuldades de encarar a terceira idade onde a vaidade não é mais uma prioridade e isso é resultado do nosso apego.

Há aqueles que se apegam aos bens materiais e na eventualidade de sua perda ou destruição é como se perdessem a própria motivação de viver. Há também quem se apega desesperadamente a sua profissão ou status e qualquer sinal de perda nesta área, os deixam verdadeiramente deprimidos.

Mas o apego mais notável é aquele que se tem por alguém. Embora tão ou mais importante que os anteriores, com muita freqüência aquilo que tem a aparência de um grande amor é, na verdade, um disfarçado sentimento de apego e isso é lindo.

Há, no entanto, o apego bom e o apego ruim. O bom é aquele direcionado a alguém que você ama e o ruim é quando você transforma apego em posse. Apego que se iguala ao amor real (e não a posse) é aquele capaz de soltar, jamais de prender. Somente assim se estará verdadeiramente bem com o outro e se ele se for, a dor vêm mas a pessoa se recupera, porque o vazio foi ocupado pela certeza de um amor verdadeiramente vivido.

Mas isso não ocorre quando confundimos amor com possessividade. Alías, não é a toa que usamos tanto o pronome possessivo em nossas frases. Quem é dominado pela posse, tem dificuldade em entender o que é amar, além de interpretar qualquer atitude como desvalorização ou desinteresse. É claro que ninguém gosta de perder, mas quanto mais imaturo for a pessoa, mais tendência terá de construir relacionamentos baseado na posse.

É por isso que precisamos ser intensos no ato de amar e não perder tempo com pormenores. A posse é um sentimento egoísta que visa o bem estar próprio e não do outro e nem da relação.

E honestamente: Não dá para viver assim. Viver com o mal apego, sem a alegria estampada no rosto que é tudo o que mais merecemos e sermos enganados pelo egoísmo inútil de uma relação de posses.

Temos compromisso com a felicidade e quanto mais nos apegamos aquilo que é bom, menos tempo teremos para nos desapegar do que é ruim.

Nos dias de hoje, mais e mais homens mais centrados tem declarado que a paternidade é uma das atividades mais agradáveis e satisfatórias que já se dedicaram. Pensar assim, significa modificar profundamente a saúde emocional das gerações que virão e junto com isso, há ensinamentos encobertos em cada fase, que se os pais estiverem atentos, poderão se beneficiar de cada ciclo que passam.

Tudo o que é bom para o seu filho, é bom para você também:

Se um bebê precisa de descanso – Você também

Se uma criança de dois anos precisa andar com suas próprias pernas – Você precisa de um descanso as suas costas.

Se um adolescente precisa ir a casa dos amigos e formar sua identidade – Você precisa de um tempo para resgatar a sua e voltar a ter laços com seus próprios amigos.

Se na juventude, eles precisam aprender a manter o compromisso com o que dizem e fazem –  Você precisa que eles sejam confiáveis.

Se na fase adulta eles precisam aprender a tomar decisões – Você precisa aceitar que eles sejam responsáveis por si mesmos, para que você possa voltar a fazer tudo o que desejava nas fases anteriores e não poderia. (viagens, planos e sonhos).

Se pensarmos assim, entenderemos como os pais são os arquitetos da vida familiar. Eles não ficarão frustrados de se dedicarem fortemente a cada etapa, justamente porque sabem que precisam delas para passar bem as etapas de suas próprias vidas.

Bil Cosby, um pai de família americana, disse que um dia sua filha pequena foi ao banheiro e só saiu seis anos depois… se não aproveitarmos bem essas fases, perdemos o melhor que elas tem a nos oferecer.

Um recém-nascido irá ajudá-lo a aprender sobre você ser humilde e não pensar tanto em si mesmo.

Crianças de três anos irão lhe ensinar a ser mais assertivo.

Na idade escolar elas irão iluminar seus caminhos para as possibilidades criativas e exploradoras do mundo, fazendo você voltar ao mundo da fantasia e dos próprios sonhos. Tanto você, quanto eles, precisam sonhar.

Adolescentes reacenderão a importância da sociabilidade, seu desejo de ser livre e trarão lembranças dos altos e baixos de primeiros amores e de intensos romances. Isso devera torna-lo mais importante como pais, porque é sua chance de entrar no universo íntimo deles e ao mesmo tempo, reviver os seus.

Filhos que já estão saindo de casa o farão lembrar-se da mortalidade, além de deixa-los livre para a outra metade de sua existência!

Use as necessidades e reações de seus filhos como pistas: crianças pequenas despertam um tipo de resposta, adolescente, outro. Você vai descobrir que a paternidade tornar-se-a, literalmente, uma viagem de volta através de sua própria infância, em lentas etapas, que irão lhe trazer cura e novo ensinamento.

Ninguém sente falta daquilo que soube viver bem!

Segundo os dados do IBGE, cresce 5% por ano o número de pais que tem assumido sozinhos a educação dos filhos, seja por separação conjugal, viuvez ou até por abandono da família por parte da mãe.

Essa tarefa pode ser gerida com maestria, mas também está implícita uma série de desafios. Entre várias delas há uma que todos questionam: Há como um pai fazer o papel de pai e mãe ao mesmo tempo ou uma mãe fazer o papel dos dois simultaneamente? A resposta é única: Não. É impossível uma pessoa suprir dois papéis ao mesmo tempo, até mesmo porque a diferença dos sexos faz com que um tenha padrões de comportamento diferentes do outro. Culturalmente afirma-se que a mulher se caracteriza através do aconchego emocional e o homem transmite noções de administração geral da vida. Quando um dos pais se ausenta, ocorre o nascimento de uma habilidade incrível por parte de quem fica sozinho, que é acionada naturalmente ajudando o progenitor suprir ambas as necessidades, mesclando razão e emoção, mas não há como haver a distribuição perfeita desta tarefa.

Isso não é fácil, mas tudo é facilitado quando se tem por base o estabelecimento de regras e limites, embasados na amorosidade e presença física. O pai precisa acompanhar a evolução, a rotina, os amigos, assuntos e necessidades de cada fase em que o filho apresenta.

Há uma informação que não é novidade a ninguém, mas vale muito reforçar: Passar uma imagem negativa ou destrutiva da imagem do progenitor é extremamente tóxico. Isso terá muita interferência na vida adulta e nas escolhas afetivas da parte de seus filhos.

Em caso da morte da mãe ou até abandono, o pai deve ser considerado o pilar central na educação, mas é recomendável eleger alguém que seja considerado substituto daquela que partiu, pois os filhos precisam ter uma figura de autoridade que preencha a falta da outra pessoa. Nesses casos, uma avó, professora, uma vizinha, tia ou parente que possa servir de apoio nas necessidades emocionais do filho. Isso deve acontecer independente de seus filhos serem crianças ou adolescentes.

Quando se está sozinho, é comum sentirem dó dos filhos e desenvolvem atitudes de superproteção para tentar suprir a falta do outro. Os pais que agem como tal, podem desmistificar essa atitude, pois não precisam agir com essa proteção exacerbada, pois isso não os auxiliará a evoluir.

Por outro lado, outros se sentem tão responsáveis que se entregam inteiramente ao ato de cuidar. Isso é importante e necessário, mas o progenitor deve abrir espaço para outros compromissos sociais, porque mais cedo ou mais tarde esse filho vai sair de casa e o período de solidão será difícil de suportar. Mesmo com as expectativas frustradas, vale lembrar da frase de Consuelo quando diz que “A vida é aquilo que acontece enquanto você faz planos para o futuro.”

Muitos pensam que não vão dar conta de cuidar de tudo e de todos, até porque, essa tarefa envolve muitas surpresas, medos, lágrimas e boas descobertas, mas acredite: É nessas horas que conhecemos nossas maiores forças e nos descobrimos por demais habilidosos.

Você provavelmente é uma pessoa cheia de compromissos, com agenda lotada e com uma série de coisas para resolver. Conversa com muitas pessoas, atende bem a outras e as coisas estão indo conforme o planejado. Seu salário não dá para reclamar e nessas horas tudo o que você faz quando pára e pensa é: “Ótimo! Estou feliz!”

Imagine, no entanto, se tudo isso acabasse do dia para noite. Se as pessoas parassem de te procurar, seu tempo começasse a ter intervalos de ociosidade e você percebesse que não estava com a bola toda. Medos que nem lembrava mais que tinha passassem a te perseguir, além de que a sua fama de “Super Incrível”, poderia ser substituída pela de “Mister Invisível”.

O que iria sobrar de toda essa glória? Para onde iria todo seu esforço e sua fama?

Seu poder na vida um dia pode acabar, mas provavelmente nesta hora lhe restará duas, três ou quatros pessoas muito importantes que estarão ao seu lado – sua família.

Se isso acontecesse, você se arrependeria de ter dado pouca atenção aos filhos, de não ter desfrutado melhor da sua vida com a mulher ou o homem que você ama e todos seus conceitos atuais seriam reavaliados. Você iria olhar para seu passado e se lembrar da simplicidade que tinha seu coração e da humildade de como tudo começou.

Você e seu cônjuge eram mais jovens e cheios de sonhos. O que almejavam foi se realizando, mas a vida foi te engolindo e sem que dessem conta, você mesmo ficou mais insensível – não porque queria, mas pelas próprias circunstâncias.

É nesta hora que me remeto aos três porquinhos e pergunto que tipo de casa você está construindo:

É de palha? Onde sua dedicação ao trabalho é impecável, mas sua casa é sempre deixada em último lugar e você ainda justifica dizendo que faz isso para o bem de todos.

É de madeira? Onde você parece o Adam Sandler, no filme “Click”. Você sabe que sua família deve estar na lista da suas prioridades, mas luta arduamente para primeiro ter estabilidade financeira e uma segurança pessoal e depois quer usufruir tudo o que tem com sua família? Cuidado, pois não são todas as casas de madeira de resistem ao sopro do lobo mal.

Ou sua casa é de material? Onde você se preocupa com a questão financeira e com seu trabalho, mas entende que a noite e nos fins de semana, seu foco é completamente familiar.

Quem opta por construir uma casa de material, certamente não será pego por um vendaval ou tempestade, pois os alicerces foram bem estruturados.

Entenda que na vida, confiar na segurança que será sempre estável, é o mesmo que alimentar uma ilusão. Sua vida começa a decair no exato momento em que você troca “humildade” por “orgulho”.

No final, todos nós somos como o orvalho que aparece em um dia de frio, mas com a mesma velocidade que aparece, também some. Nossa vida é assim e tudo acontece muito rápido, mas lembre-se que quando os aplausos forem embora e quando as noites frias chegarem, sua família estará lá …. ao seu lado e não vão te deixar sozinho!

Gosto de um teórico chamado Dobson, que estudou por longos anos, os comportamentos de 35.000 crianças para explicar porque algumas são geniosas e outras não. De forma objetiva, eis um resumo da quantidade de informações que foram apresentadas pelos pais acompanhados:

1 – O autor cita o exemplo de que a criança geniosa precisa ser disciplinada constantemente e é sujeitada a uma porção de ameaças e sermões, enquanto o seu irmão angelical, o “lindinho da mamãe”, lustra a auréola e se refestela na aprovação dos pais.

2 – A maioria dos pais sabe que tem um filho genioso logo cedo. Um terço identifica essa característica logo após o nascimento. Dois terços descobrem antes do primeiro aniversário e 92% têm certeza absoluta antes do terceiro aniversário. Pais de filhos dóceis identificam essas características ainda mais cedo.

3 – O temperamento das crianças tende a refletir o temperamento dos pais. Apesar de haver muitas exceções, a probabilidade de dois pais geniosos terem um filho genioso é maior, sendo que se aplica igualmente ao temperamento dócil.

4 – Pais de crianças geniosas podem esperar conflitos intensos durante a adolescência, mesmo que tenham educado seus filhos adequadamente. Cerca de 74% das crianças geniosas se rebelam significativamente durante a adolescência. Quanto mais fraca a autoridade dos pais quando as crianças são pequenas, maiores conflitos eles tem a tendência de ter no futuro.

5 – Um dado surpreendente é que apenas 3% das crianças dóceis demonstram uma rebeldia intensa durante a adolescência e apenas 14% demonstram algum traço de rebeldia. Começam a vida com um sorriso no rosto e continuam assim até o início da idade adulta.

6 – A melhor notícia para os pais de filhos geniosos é o decréscimo acentuado da rebeldia no início da idade adulta. Essa característica sofre uma redução quase de imediato no início da casa dos vinte anos de idade e, daí pra frente, só diminui.

7 – A criança dócil se mostra consideravelmente mais ajustada a sociedade do que a criança geniosa. Ao que parece, os jovens que gostam de desafiar a autoridade dos pais, também se mostram mais propensos a se comportar de maneira ofensiva com seus colegas.

8 – De modo geral, a criança dócil tem uma auto-estima mais elevada do que a criança geniosa. Trata-se de uma descoberta extremamente importante. Apenas 19% dos adolescentes mais geniosos, 35% não gostam de si mesmo e 8% se detestam intensamente. A criança geniosa parece ter uma força interior que a leva a se aborrecer, brigar, testar, questionar, resistir e desafiar.

E aí? Gostou?

Pelo menos você já pode ler uma síntese de seu estudo e se beneficiar de seus resultados. Aproveite-os, bem!

Lembro-me de uma aula que tive na primeira especialização, onde a professora dizia que os casais tinham que cuidar para não deixar a relação deles parecida com a de seus próprios pais. Com a prática clínica, comecei a lidar tanto com isso que percebi como era forte essa influência, pois a grande maioria repetia os mesmos padrões da família de origem, sem ao menos perceber. Isso se retratava nos momentos onde ambos brigavam e um dizia para o outro: “Você está igualzinho ao seu pai” e “Você é a cópia da sua mãe!”

Duas dúvidas me inquietavam a mente: Por que a maioria dos casais que viam os pais errarem, repetiam os mesmos atos negativos? E o mais importante: Como sair desse ciclo, de forma que todos os casais possam viver bem?

Um dia consegui me responder isso sozinha.

Um casal só consegue se dá realmente bem, quando eles não desempenham nem a relação dos sogros, nem de seus próprios pais, mas sim, deles mesmos. Isso parece muito simples, mas é incrivelmente profundo se você parar para analisar. Isso deve ocorrer independente dos modelos serem bons ou ruins.

Lembro-me de um dia quando me casei, houve na noite em que meu marido e eu sentamos na sala, pegamos um papel e separamos em duas partes: Em uma delas nós escrevemos quais coisas boas nos queríamos “manter” da nossa família e na outra escrevemos as coisas nós queríamos “fazer diferente” dos nossos pais. Cada um escreveu sobre suas próprias famílias e eu mal tinha noção o quanto aquilo foi bom para construção da nossa vida a dois.

Conforme o casal define isso, eles criam uma identidade própria da relação, o que os faz se afinarem ainda mais e se darem melhor, pois se programam a escrever suas próprias histórias e não ficam reféns do passado.

Quando casamos, levamos para a nova vida uma bagagem contendo todos os valores, medos, crenças e idéias que aprendemos. Ao juntar um ao outro, essas bagagens são misturadas e abertas, o que influenciará diretamente na vida do casal. Quando o casal consegue se desprender dos defeitos da relação conjugal dos pais, eles estão atestando sua maturidade emocional e escolhendo viver uma vida diferente daquela já vista, independente se foi um bom ou mal exemplo.

Isso significa que não é porque alguns filhos viram seus pais falarem mal um do outro ou brigarem na frente deles que vocês vão achar isso normal e fazer o mesmo. Do mesmo modo que não é porque os pais passaram por uma separação conjugal que os filhos precisam repetir a mesma história, bem como não é porque não se via os pais ficarem juntos um do outro, que a pessoa vai achar que isso é natural.

É inegável a influencia exercida por esses modelos, mas cabe a cada pessoa um exame interno para tentar não se autoboicotar e repetir episódios semelhantes. Ignorar fatos ruins não resolve o problema, mas perceber que ela existe e lutar contra a repetição é uma forma sábia de conduzir sua própria vida.

Se você está lendo esta matéria e percebe que ela não se aplica a você, pois teve bons exemplos, então sinta-se privilegiado por ter vindo de uma família estruturada e lembre-se que tudo o que você está mostrando a seus filhos é o que eles tenderão a repetir no futuro. Tenham consciência deste legado!

Você já sabe que homens e mulheres são diferentes e isso talvez justifique algumas discussões. Também já leu vários livros sobre o assunto e chegou a conclusão que a comunicação é o melhor caminho para viver bons momentos, sendo que isso basta para que tudo lhe vá bem, certo? Errado.

É verdadeiro a afirmativa que todos querem ser felizes na área afetiva e que todo conhecimento pode ajudar, mas não lhe oferece a garantia de se livrar de problemas conjugais. De fato, alguns casais já aprenderam que conversar ajuda amenizar as dores emocionais, mas o que muitos não perceberam, é que podem ser escravos de uma armadilha onde só ficam unidos quando tem algum problema ou alguma dor para resolver. No momento em que tudo vai bem, ambos se distanciam, cada um vai para o seu mundo e só quando aparece outro problema, ambos se unem novamente.

Imagine como se cada casal tivesse sua própria dança. Uns tem seu relacionamento parecido com uma valsa, onde a leveza e o companheirismo são as características chaves da relação. Outros tem seu relacionamento similar ao tango, onde o que os une é a sensualidade e os picos súbitos de paixão. Há outros ainda, que se assemelham com uma lambada, onde a prioridade é curtir a vida, aproveitar os momentos felizes e só viver de festa.

Obviamente que um pouquinho de todos, resulta em uma ótima receita, mas quando você mistura no liquidificador doses cavalares de companheirismo e amor, com boas pitadas de sensualidade e duas colheres bem cheias de diversão, aí sim, vocês estão bem. Se acrescentar a isso uma música lenta para curtir doses extras de carinho, o que mais você quer da vida?

Casais que se unem pela dor, infelizmente não percebem que dançam moda sertaneja. A música pode ser uma delícia enquanto o casal se concentra nos “dois pra lá” e “um pra cá”. Neste momento, ambos estão unidos e compenetrados, mas quando já fizeram o que tinha que fazer, cada um passa a seguir seus próprios passos.

Quer exemplos da vida prática? Casais com este perfil não percebem que a briga é o fator que mais os une. Parece loucura, mas é verdade. Se não fosse elas, a relação não sobreviveria (o que é uma pena).

São casais que passam a maior parte do tempo empenhados em resolver problemas, sendo de ordem conjugal, uma doença, um problema de família e por aí vai. Nesta hora um auxilia ao outro, mas quando tudo começa a ficar bem, ambos se afastam… até que outro problema os una outra vez. Nesses casos, o lema de vida é: “Até que a felicidade nos separe!”

Mas Karine, e se eu quero dançar valsa e meu cônjuge sertanejo? Eu sempre quero paz e ele(a) vive querendo briga?

Sinto informar, mas não há como isso acontecer. Todos os casais (sem nenhuma exceção) vivem inconscientemente os mesmos compassos de uma dança. O maior problema não está no casal (nele ou nela), mas sim na forma como eles se relacionam.

Por que isso acontece? Porque vieram de famílias onde os próprios pais tinham relacionamento conturbado e mal resolvido (implícito ou explicitamente).

O que acontece com um casal que tem esse padrão? Geralmente eles tem filhos com problemas. Filhos são radares e detectam esse padrão inconscientemente.

Não deixe que a felicidade seja um real empecilho para vocês serem felizes! A felicidade deve ser uma constante, não uma raridade.

Há tempos desejo escrever sobre “natais”.

Não a memória dos natais atuais, marcados por impressões mais frias, na vida de adultos racionais e sem brilho.

Desejo trazer a memória, lembranças de natais infantis… bolinhas coloridas nas árvores, uma família inteira atrás dos pratos que seriam preparados, crianças correndo pelos corredores, mães, avos e filhas interagindo, músicas gostosas tocando e lembranças antigas sendo relembradas…

Isso é um natal que não pode se perder.

O tempo passa e agora nós somos os protagonizadores. Ontem éramos expectadores cheios de expectativas para aquilo que íamos receber. Hoje somos artistas que criam com o desejo de dar…. dar ou devolver.

Devolver às crianças dessa geração, um pouco das lembranças que um dia nos deram.

Esperança, comunhão, unidade e… amor.

Salvo algumas brigas naturais de família, mas até isso nos trás saudades…

Aquela tia sem noção, o tio que extrapolava e até mesmo aquela pessoa que nunca ajudava….

Bem ou mal, felizes ou não, todos nós temos memórias… e a memória emocional que guardamos dos natais jamais devemos esquecer.

Que você nunca possa dizer: “Estou cansada(o) demais para fazer uma árvore com meus filhos!”… “Eu não sei cozinhar e não sei nem o que fazer nesse dia!”.

Assim como muitos não mediram esforços para nos alegrar nesses momentos quando éramos pequenos… que nós também, possamos nos esforçar para não limitar as lembranças das crianças que um dia crescerão e também formarão suas famílias.

Uma boa lembrança de natal, precisa de no mínimo, três gerações para serem memoráveis.

Que você não seja o primeiro a quebrar esse ciclo lindo de bons momentos!

Seus filhos precisam desse referencial para dar continuidade a esse tempo de laços familiares e de lembranças mágicas e únicas.

Que este natal seja a lembrança vívida de um natal infantil!

Há muitos pais cansados com o fato dos filhos usarem a internet para tudo, menos para trabalhos escolares e pesquisas da escola. Eles conversam uma vez, avisam outras, ameaçam que vão tirar a internet e dependendo da idade do filho, tudo acaba resultando em briga.

De forma objetiva e sintética, escreverei alternativas que podem auxiliar os pais a lidar com o tempo excessivo dos filhos na internet, podendo equilibrar os momentos off e onlines. Certamente que hoje temos o próprio celular que substitui esse vício, mas isso eu falarei em outra matéria. Meu recado aqui é para pais de filhos pequenos:

Observe se realmente seu filho está viciado na net. Como fazer isso? Note  se o uso está afetando seu sono ou relacionamento com os amigos ou familiares. Acrescente a isso um tempo em excesso no uso, o que confirmará esta hipótese.

Estipule o tempo que seu filho tem que ficar no computador. Caso ele não cumpra, você irá faze-lo cumprir através de punições como diminuir o tempo do dia seguinte ou instalar um programa que controla o tempo usado na internet, no horário em que os pais não estão em casa ou em períodos muito tarde da noite. Ele terá que saber que existem regras a serem cumpridas.

Negocie com seus filhos as regras: Você pode libera-los ao uso do computador, depois que eles já tiverem feito as tarefas escolares. Eles podem inventar que não tem nada da escola para fazer, mais isso vai dos pais controlarem para saber se é ou não verdade. Após o período de tarefas e obrigações com arrumação de quarto ou outro afazer doméstico, aí sim pode ser usado com objetivo de entretenimento. Outra negociação a ser feita é a divisão de tempo, se há mais irmãos. Cada um deve ter seu tempo estipulado, para benefício de todos e não vantagem maior para um do que para outro. Por isso é bom nunca ter dois ipads, 4 televisões, etc…

– Coloque o computador em um local comum da casa: Não pense em deixar o computador no quarto de seu filho, porque você certamente terá problemas. Deixe em um local da casa onde todos tem acesso livre, até mesmo para os pais monitorarem os tipos de sites que são mais utilizados.

– Observe seus próprios hábitos na internet: Tem pais que reclamam que o filho não sai do computador, mas os próprios pais só ficam na internet depois que chegam do trabalho ou tarde da noite. Assim também não dá…

– Proibir não resolve nada: Filhos são experts em descobrir fórmulas e técnicas eficazes de enganarem os pais e continuar usando. Ao invés disso, invista nas regras que já foram citadas acima, pois o computador faz parte da vida social das crianças. Você não vai se descabelar por ele não cumprir a regra. Se caso ele desobedecer, as desvantagens serão todinhas deles, pois são eles que terão suas cortesias cortadas.

Procure ajuda profissional se o caso está feio: Há muitos filhos que estão trocando a vida social pela da internet e isso é um sinalizador de problemas. Se caso isso esteja ocorrendo, seu filho precisa de ajuda terapêutica, pois ele pode estar camuflando uma depressão, baixa autoestima, timidez ou outros problemas pessoais.

– Estimule também outras atividades offline. Seu filho precisa ter vida social e caso eles sejam tímidos ou tem dificuldade para fazer amigos, estimule-os a fazer um curso de computação, onde ele interaja com outras pessoas ou até mesmo cursos de interesses semelhantes aos dele. Aproveite essas dicas!

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