emagrecer

Buscar estar bem consigo mesmo e com sua imagem corporal é um dos grandes desafios do mundo moderno. O fato das pessoas engordarem e emagrecerem com oscilações, faz com que as pessoas fiquem presas a balança, gerando um ciclo vicioso na comida, capaz de intensificar ainda mais a dificuldade de emagrecer.

Após vinte anos de estudos científicos e terapias de grupo, Judith Beck chegou a algumas conclusões consideráveis sobre os principais fatores que levam as pessoas viverem em constante luta para manter a forma. Ela descobriu que um dos motivos que mais interferem para a pessoa não conseguir manter o peso são seus pensamentos sabotadores. Toda recaída na alimentação começa primeiramente no pensamento, depois na ação, ou seja, se a pessoa consegue dominar seus pensamentos, ela certamente conseguirá ter controle alimentar, mas para isso é preciso descobrir quais são esses pensamentos sabotadores.

Eu li todo o material dessa autora e resolvi resumi-lo para você obter as informações necessárias. São estes:

– “Não há nada de mal comer essa comida, porque isso não vai me engordar”. Quem pensa assim não percebe que de grãozinho em grãozinho, a galinha enche o papo e o resultado pode ser o aumento de peso.

– “Comer isso não vai fazer diferença”. A pessoa que pensa assim está subestimando as conseqüências que se apresentarão futuramente. Cuidado!

– “Já que exagerei um pouquinho, posso também comer tudo o que quiser no resto do dia.” Esse pensamento ilusório pode custar muito caro.

– “Minha amiga pensará que eu farei pouco caso da comida dela se eu comer só isso”. Pensar assim pode ajudar sua amiga, mais pode acabar com o esforço de uma semana inteira de empenho com a alimentação.

– “É muito difícil fazer dieta. Acho que vou desistir.” Uma dieta pode se tornar mais fácil ou mais difícil, de acordo com aquilo que você pensará sobre ela. Tente facilitar as coisas e pensar que os obstáculos são muito menores do que os resultados que você irá colher.

– Eu sou muito ansiosa e não tenho autocontrole. Sei que isso nunca vai mudar.” Não pense assim, pois todos que já lutaram contra a balança já tiveram esse pensamento, mas não deram atenção para ele. Se você acreditar nessa mentira, você poderá se arrepender profundamente, além de não conhecer quais são suas verdadeiras habilidades.

Lembre-se: Você tem que viver cada dia como se fosse único. Um dia de cada vez fica mais fácil tolerar as dificuldades, do que você pensar no sofrimento de todas as semanas. Na verdade, o cuidado é para toda vida, mas há como diminuir esse sofrimento, mudando apenas a maneira como você pensa.

Todas as vezes que esses pensamentos sabotadores resolverem se manifestar, acabe com eles para não facilitar uma recaída. É você que controla o problema e não o problema que controla a sua vida. Atente-se para isso.

“Tive uma festa de aniversário no meio da semana.”

A mente de gordo já pensa: “Está tudo perdido! Vou estragar toda a minha dieta e o resto da semana já foi por água baixo. O pior é que como já sabia que ia comer mesmo, eu resolvi dar uma passadinha no mercado e comprei algumas guloseimas que eu gosto e não posso comer quando estou em dieta.” Tristeza, culpa, arrependimento e….mais comida. Final de outro recomeço!

A mente magra já pensa: “Os salgadinhos da festa da Eva estavam muito bons, mas nós nos divertimos tanto que até esqueci dos pratos. Após a festa, fomos para casa, assisti a um filme legal e nem lembro o que jantei…Ah! Jantei um chá com bauru.”

Percebeu a diferença entre uma mente gorda e uma mente magra? Mesmo em situações iguais, suas reações elas são visivelmente diferentes.

Para quem pensa gordo, o ato de comer provocou (por experiências anteriores já vividas), pensamentos automáticos e mentirosos que a mente gorda acredita, sem perceber que é uma armadilha mental:

“Tudo está perdido!”, “Eu não tenho jeito mesmo. Nasci para ser gordo!”.

Esses pensamentos enganosos geram tanta culpa que provocam uma compulsão maior ainda. A maneira errônea de pensar leva o indivíduo aceitar o pensamento distorcido como uma verdade absoluta, onde se aceita a derrota antes mesmo de compulsionar. Toda recaída com compulsões ou vícios ocorre primeiramente na mente, para depois partir para a ação.

Se a pessoa se negar a ser escrava desses pensamentos, terá que bloquear essa conversa interna antes mesmo de atacar o bolo inteiro.

No caso de quem pensa magro, a pessoa percebe a comida como “um dos prazeres” e não como “o grande prazer” de sua vida. A mente magra volta a sua realidade, sem ficar supervalorizando a comida ou pensando se vai ou não compensar na janta, deixando de comer isso ou aquilo. Sua vida é tocada para frente, inclusive em termos alimentares.

Caso eu pense como gordo, como eu poderia agir para pensar como a mente magra? Afinal, você quer ser magra ou emagrecer?

O primeiro ponto é saber que não é por causa de uma festa de aniversário ou por um jantar na casa de um amigo que sua dieta está perdida. Fazendo isso você já está começando a treinar sua mente a pensar magro. Para isso, você deve contestar seus pensamentos distorcidos que tentam minar sua cabeça. Quando aquela voz interna falar: “Estraguei tudo!”, você deve pensar: “SERÁ que eu realmente estraguei tudo?”. “Em que estou me baseando para confirmar essa afirmativa?” Eu passei do meu limite calórico hoje, mas posso ter controle sobre minha próxima refeição.

Não se concentre em sua derrota temporária. Se você comer dois, dez ou vinte brigadeiros, todos terão o mesmo sabor, não é mesmo?

Uma coisa é certa: se você já começou a dieta desanimado, então nem perca seu tempo, porque ninguém pode vencer aquele que já sabe que vai perder.  

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