criticas

A agressividade manifestada pelas crianças, nada mais é, do que a forma que elas encontram manifestarem um sentimento de impotência em não conseguirem lidar com emoções específicas, como medo, frustração, raiva, entre outros.

Os pais, do contrário, não tem essa leitura no momento e por também não saberem o que fazer, se esquecem de ajudar a traduzir o sentimento da criança, independente se ela vai (ou não) receber castigo. O ato de tocá-los de forma firme e amorosa na hora crítica, sendo este, certamente é um dos fortes tranqüilizantes na condução das situações.

Hoje falaremos especificamente, sobre técnicas lúdicas que os pais podem acionar para desviar o clima de tensão no ar e saber transformá-los em momentos de distração, caso a briga se transmite para um irmão, amigo ou conhecidos.

Observe a orientação de alguns autores:

 

– BRINCANDO DE BRIGAR

Você tem percebido que seu filho tem acessos constantes de raiva? Transforme a briga em algo lúdico e estabeleça a brincadeira de brincar de brigar. Isso se faz quando você desvia o motivo da raiva, inventando outra razão para discussão e pede que ambos possam inventar um motivo diferente e finjam que estão brigando por aquilo. (Ex: O filho só fica provocando o irmãozinho mais novo, porque só ele que pode usar as canetinhas para pintar. Você pede que eles inventem outro motivo de briga e fala que ambos tem quatro minutos para fingirem que estão brigando. Podem começar!

 

– TROCA DE PAPÉIS

Esta técnica auxilia-os a treinar a habilidade de empatia diante de uma situação ameaçadora. O adulto pede para que cada criança entre no lugar da outra e cada uma irá defender seu ponto de vista, sem o outro ironizar, desrespeitar ou diminuir os sentimentos pessoais.

 

– POÇÕES MÁGICAS

Toda criança gosta de se sentir com super-poderes e elas apresentam ótimos resultados quando isso acontece. A mãe deverá fazer um “teatro” para explicar que vai fazer uma poção mágica (obviamente saudável), como suco de frutas, com raspas de limão, cereja e outros…e irá deixar em um lugar da geladeira para ela tomar todas as vezes que estiver precisando controlar suas emoções. Fazendo isso, você fará igual o espinafre do Popeye, ou seja, irá ativar sua força o que irá auxiliá-la. É importante salientar, no entanto, que a poção deve ser algo saudável, não chocolate, guloseimas ou bolachas.

 

– TÉCNICA DE REAÇÕES INVERSA DOS PAIS

Quando as crianças não fazem o que os pais pedem, os pais podem combinar de no dia seguinte não fazer o café, não deixar a mesa arrumada ou coisas afinis. Após o nível de tensão da criança ter aumentado, os pais aparecem e perguntam como a criança se sentiu quando viu que os pais não fizeram suas tarefas e seus combinados?

 

– TÉCNICA DO ESPELHO

Você começa a imitar o que a criança está fazendo. Se caso ela reclama em voz alta, coloca as mãos entre a cintura e faz cara feia reclamando, o adulto repete o mesmo comportamento, sem ser irônico(a). Isso é ótimo, pois eles percebem como se comportam diante dos fatos e que a birra não é uma forma inteligente de resolver um problema.

Aproveite as dicas e mãos a obra!

Seu trabalho é de palha, madeira ou de ouro? Pergunto-lhe isso porque todos nós, com sucesso ou com fracasso, com ação ou passividade, com mérito ou relaxo, seremos julgados no que fizermos. Se o que você faz for “meia boca”, ou seja, um trabalho razoável, será o mesmo que jogar fogo na palha ou madeira, porque tudo irá se consumir. Porém, se o que você faz é realmente bom, seu trabalho será como o ouro ou a prata, que mesmo que passem em grandes temperaturas, eles não desaparecem.

Quando escrevo sobre a palavra “teste”, a imagem que me vem a mente é algo como o teste que fazíamos na escola quando éramos pequenos, só que ao ficarmos adultos, há uma troca de personagens e a imagem da professora passa a ser de pessoas críticas e o teste de matemática, geografia e ciências, passa a receber o nome de outra matéria chamada “o resultado de nossas ações”. É aqui que acho que as críticas são ótimas avaliadoras, pois é através delas que você saberá qual foi sua nota.

Se juntarmos a analogia do teste com a metáfora do fogo, me proponho a pensar sobre isso nos mais diversos papéis que desempenhamos, tanto como pais, cônjuges e como trabalhadores.

– Se alguém fala que educa bem o seu filho, pode saber que a vida irá lhe preparar situações para ver se realmente isso é uma verdade. Se você não se empenha em dar atenção a isso enquanto eles são pequenos, a adolescência lhe trará problemas que o farão repensar.

– O mesmo acontece com casais, cujas forças estão concentradas em lutar para manter o casamento, pois mesmo depois de anos com o teste das altas temperaturas, eles concluirão que valeu a pena porque escolheram honrar a aliança, que por sinal é de ouro (onde o fogo não consome) e justamente por ser redonda, denota que não tem fim. Se for um casal que não se empenhou para que a relação fosse válida, pode saber que o fogo mostrará se eles se conformaram em ser como a palha ou a madeira.

– Isso também vale para os empresários e colaboradores que falam que são bons, mas podem não ser. É só com os frutos e os resultados que podemos saber com que tipo de material eles são feitos, pois se for de metal, este perdurará. Se quiser enganar os outros em um mundo onde ninguém mais engana ninguém, depois é bom não reclamar.

Para saber se você passou no teste, é preciso contar com a espera do tempo, pois pode levar anos para saber se foi aprovado.

Ninguém de nós vem pronto, pois somos aperfeiçoados conforme as experiências. É por isso também, que não dá para julgar ninguém isoladamente, só por um episódio de erros. Você não pode julgar uma mãe, só porque seu filho foi mal educado uma vez em público; você não pode julgar um casal só porque uma vez eles brigaram na sua frente, assim como você não pode julgar alguém no trabalho, só por um erro que cometeu que nem sempre é freqüente.

Empenha-te pelo casamento, pela educação dos teus filhos e se esforce em ser perito em seu trabalho, pois aí sim, você saberá que mesmo depois de anos mais tarde, lá estará os respingos de seus feitos (sejam eles bons ou ruins).

João cobra Maria que ela só dá atenção para os filhos e nunca faz algo que o agrada. Maria, por outro lado, reclama que João só pensa em trabalho e que nunca mais a levou jantar em um lugar romântico. Ambos reclamam um do outro, dizendo praticamente as mesmas coisas: Não existe mais carinho, você vive me cobrando das coisas que eu não faço e todas as minhas atitudes erradas se agigantam, como se eu não fizesse nada certo.

Pergunto a você: Qual está sendo o maior erro desse casal?

A resposta é simples: O título já responde a questão.

Quando uma pessoa deposita todas suas expectativas em esperar do outro, um ato de carinho, essa pessoa corre o grande risco de sofrer frustrações. Não estou dizendo que não devemos criar desejos saudáveis nos relacionamentos (como querer um perfil de pessoa amorosa, companheira, carinhosa), mas quando a cobrança começa a fazer parte da vida de um casal, pode ter certeza que ambos irão se desgastar emocionalmente para resolver seus problemas…. se é que irão resolver.

Quer um exemplo metafórico de como funciona uma relação onde impera a cobrança? Imagine que ambos são como pulgas. Ao invés de cada um se preocupar em fazer seu próprio trabalho, ambos ficam perdendo tempo em sugar um do outro coisas que acabam tirando ainda mais a força do relacionamento. É por isso que a cobrança esmaga a espontaneidade.

O exemplo acima dado pela Maria, ela reclamaria a João que ele não a leva para jantar, mas se caso ele a convidasse, era capaz dela dizer:

_ “Agora eu não quero. Você só está me convidando porque eu falei, não por ser algo natural..” (mas pelo menos ele a está convidando, não acha?)

Ser espontâneo e sem cobranças de como o outro deve (ou não deve) se comportar, garante a liberdade e a maturidade de duas pessoas em um relacionamento.

Isso não significa que não devamos dar ao outro indicativos de que ele possa melhorar, mas isso é muito diferente do que fazer cobranças exageradas, sem garantias de sucesso (pois o máximo que pode acontecer, é a pessoa melhorar por um tempo, mas voltar a fazer as mesmas coisas que você não gosta posteriormente, pois a mudança é temporária)

Há poder naquilo que você diz – e no que você não diz.

Tente a experiência de deixar de cobrar ou criticar seu cônjuge por um semana e veja que vai reproduzir um impacto interessante em seu relacionamento.

Grave isso: Se críticas e cobranças dessem resultados para relacionamentos darem certo, não haveria ninguém com problemas afetivos. Tente estratégias que dêem resultado ou então, pare de reclamar da escolha que você mesmo(a) fez, pois além de esmagar a espontaneidade, você corre o risco de acabar com o restinho de amor que possa existir.

Dúvidas curiosas em relação a educação dos filhos

Karine Rizzardi

Todo filho tem nos pais, seus maiores referenciais de vida e uma das características mais predominantes nos filhos é o desejo de aprovação. Desde uma criança pequena, até um adulto de 2mts, revelam a busca por se sentir reconhecidos. Desde um filho que seja amoroso, até aquele que parece nem ligar para o que os pais dizem, no fundo lutam por um sentido para esses pais.

É conhecido de todos, que o elogio é o maior antídoto contra o mau comportamento dos filhos (além de ser um remédio para o vínculo afetivo), mas que cuidados devemos ter para não sermos mentirosos e ficar só no “Parabéns para tudo”? Vamos, inicialmente, a alguns exemplos do cotidiano:

O que acontece quando os pais buscam o boletim do filho no colégio? “O que é isso meu filho! Duas notas vermelhas? Você poderia ter se esforçado mais!”

Damos tanta ênfase ao defeito, que desconsideramos aquilo que ele é bom.

A maioria dos pais ressalta a rebeldia, o nervosismo e a irritação do filho, mas dão pouca importância quando este acerta algo ou se comporta de forma esperada.

É claro que como toda moeda tem dois lados, nenhum filho ganha fama de “pestinha” caso seja um “anjinho”, mas se ficarmos congelados na imagem negativa do filho, realmente é muito difícil mudá-lo. Observe dois pontos:

1 – Entre as pesquisas feitas com crianças americanas, consideradas difíceis, o percentual de mudança realizado através do elogio foi considerado 32% mais efetivo do que qualquer outro método já tentado. Se este for associado a imposição de regras e cumprimento de punição dos erros, este índice duplica indo para a média de 67.8%, segundo os dados da Universidade de Chicago – IL.

2 – Ter esse dado não significada que os pais agora terão que mentir para os filhos caso eles estão realmente fora de controle. O fato de nós querermos que eles correspondam com todas as expectativas é algo ilusório como acreditar em Papai Noel, pois cada filho é único e talvez não mude, apenas melhore.

Lembro-me de um casal que tinha o hábito de fazer certificados todos os anos para os filhos, destacando suas maiores conquistas. Tinha um filho que tinha ido mau nas notas e apresentado um comportamento péssimo na aula. Com isso, eles realmente não sabiam onde iriam elogiá-lo, pois se mentissem iriam gerar algo ainda pior. Eu e eles verificamos todo seu histórico escolar, até que já cansados, vimos que ele tinha tido 100% de presença na escola e não tinha faltado nem nos dias em que estava doente. Encontramos, assim, o seu mérito e curiosamente, foi daí o que menino começou a reagir em busca da melhora.

É por isso que, desde quando o filho junta uma colher que caiu da mesa, até quando o filho ajuda os pais a arrumar a casa, em tudo eles estarão com aquele olhar atento de criança em busca de aprovação. Além dos pais os ensinarem a ter prazer por fazer o que é certo, isso tem interferência direta na autoestima e na forma como eles vão lidar com dificuldades que a própria vida irá oferecer.

A autora é psicóloga especialista em casais e família

(45) 3224-4365

drakarinerizzardi@gmail.com

Não fale mal do ex aos filhos

 

Karine Rizzardi

 

“Seu pai nem sabe o que acontece nessa casa!”

“Sua mãe que é culpada por vocês terem aprontado!”

“Eu não agüento mais teu pai. Ele nunca vai mudar, mesmo!”

“Tua mãe é insuportável!”

Imagine se o feitiço virasse contra o feiticeiro e tudo o que você falou de seu(sua) esposo(a) virasse contra você? Como você reagiria se ouvisse seus filhos lhe desqualificando perante aos amigos ou para seu próprio (ex) cônjuge?

Em famílias de pessoas casadas ou divorciadas, não é difícil encontrar lares que se encaixam nesse padrão. Curiosamente, muitos pais não têm maturidade emocional para diferenciar o que é uma “briga de casal” de uma “briga familiar”. São duas situações distintas que, no momento da raiva, são desconsideradas para usarem os filhos como arma dentro da própria relação, intoxicando todo sistema familiar.

Não é novidade para ninguém, o fato de que é preciso preservar os filhos de desconfortos conjugais, mas quando essa regra não é seguida, o pai ou a mãe acusador(a) pode entrar em uma armadilha de ver seu próprio nome sendo comprometido no futuro. Obviamente que não é necessário inventar um mundo de fantasias onde tudo é perfeito, até porque, os filhos são muito ligeiros em perceber quando a relação dos dois não vai bem, mas atitudes como criticar, desfazer e/ou desqualificar o(a) parceiro(a), atinge diretamente aos filhos porque atinge a identidade deles. Aquele que critica precisa rever suas motivações, pois visa “beneficiar” a si mesmo esquecendo-se que maturidade emocional significa fazer o que é melhor para a “relação” e não aquilo que é melhor para “si”.

Muitos pais podem pensar: “Mas tudo o que eu falo é verdade mesmo! Os fatos não negam!” Eu diria a você, que fazer isso não lhe dá o direito de reforçar ainda mais a negligência da própria pessoa que você escolheu para ter filhos.

Como tudo no mundo é passageiro, hoje seus filhos podem estar ao seu favor, mas em geral, filhos são leais a cada um dos pais, mesmo não aparentando e o fato de ficarem ao seu lado hoje, não significa que ficarão do seu lado amanhã, pois como ocorrem mudanças no ciclo de vida familiar, é esperado que ocorra afastamento e proximidade em diferentes situações da vida, como a entrada da adolescência e o início da fase adulta. Por isso, não se iluda!

Querida mãe! Querido pai! Tenham postura e apresentem uma conduta refinada ao agirem. Não se submetam a entrar em jogos de argumentos ou competição, pois suas atitudes falam muito mais alto que suas palavras.

Jamais se arrependa de fazer o que é certo e mesmo que o próprio cônjuge ou ex fale de você, mantenha-se com atitudes que jamais desqualifiquem a pessoa que você é. Carl Jung, psicólogo, dizia uma frase que gosto muito: “O que você é fala tão alto, que ninguém escuta o que você diz.”

A autora é psicóloga especialista em casais e família

(45) 3224-4365

drakarinerizzardi@gmail.com

Não agüento mais discutir!

Karine Rizzardi

Quando começo a escrever algumas matérias que considero especiais, ocorre um brainstorming de idéias que parecem não caber em apenas um espaço do papel. Como o mundo prático de hoje não nos permite sermos prolixos, muitas vezes sou obrigada ter que resumir em técnicas e estratégias de aconselhamento, mesmo sabendo que a diversidade do ser humano jamais nos deixaria reduzí-lo desta forma. “Como posso querer ficar tão longe dessas estratégias “fast-answer”, se quando eu menos percebo, estou tendo que escrever textos que se resumem exclusivamente em respostas prontas que não são tão prontas assim?

Por mais paradoxal que isso seja, há algumas regras que norteiam os relacionamentos e há algumas “estratégias” (de novo – elas não largam do meu pé), que se referem a relatos que as pessoas se esquecem de praticar nos momentos de uma discussão, independente se esta for afetiva, familiar ou profissional.

Quando o assunto é briga, o que estraga demais os relacionamentos é fazer uso direto da crítica. Se você quer ter resultados eficazes em uma briga a dois, é obrigatoriamente necessário aprender a fazer queixas e não críticas. Quando você diz:

– Você é estressado, nervoso e não agüento mais esse seu jeito de achar que sempre está certo!

Neste caso você está fazendo uma crítica. Quando você diz, apenas:

– Me senti mal com sua forma de agir e gostaria que pudesse cuidar mais com sua forma de se expressar, para que possamos brigar menos! Isso sim, é uma queixa.

Quando uma pessoa procura fazer a queixa e não criticar ao outro, esta faz referência ao comportamento e não da forma de ser da pessoa. “Você se comportou…..” e não “Você é assim…..” A queixa não atinge o ego da pessoa, e faz o outro ficar mais receptivo para conversas e menos defensivo na discussão. É importante que nós ataquemos o problema e não a pessoa em si, se você quiser ter resultados eficazes.

Comunicação com qualidade, é ter a língua sob controle.

Outro fator importante (mas aparentemente insignificante) é o uso do silêncio. Evite pensar que o silêncio resolverá seus problemas. Eles são excelentes em momentos específicos, porém, jamais resolverão um problema propriamente dito.

Quando assisto a filmes, sempre observo algo que me chama atenção na briga de casais, quando um diz: “Você SEMPRE me trata assim!” ou “O que aconteceu que você vai me levar para jantar, pois você NUNCA faz isso!”, mas será que as palavras “sempre” e “nunca” são realmente verídicas? É impossível alguém casado NUNCA ter levado o outro para jantar, ou mesmo, é pouco provável que uma pessoa se comporte SEMPRE da mesma forma com a outra, sem ter nenhuma oscilação de humor.

O ser humano não “é”, ele apenas se comporta!  Muitos casais, se fixam na parte ruim do outro ou naquilo que ele(a) deixou a desejar, ignorando os momentos bons que passaram juntos, mas se você analisar a fala das pessoas em uma discussão, soa como se “NUNCA” houvesse bons momentos e isso é uma inverdade.

Registre isso na sua mente: Nas discussões, evite dizer “nunca” ou “sempre”, lembre-se que ficar “de bico fechado” não resolverá seus problemas e faça queixas ao invés de críticas.

Mesmo estas sendo algumas técnicas resumidas, aproveite pelo menos uma para que suas discussões sejam mais eficazes, porque brigar machuca e pode deixar feridas abertas difíceis de serem saradas!

A autora é psicóloga especialista em casais e família

(45) 3224-4365

drakarinerizzardi@gmail.com

X