crises

Muitas pessoas não percebem que vivem tendo crises em uma mesma área da vida e tudo parece um ciclo que se repete. É quando a pessoa nunca consegue ficar com as contas em dia porque gasta mais do que ganha, é quando os pais brigam com um filho sempre pelo mesmo motivo, quando os casais voltam no assunto de dez anos atrás na hora de uma discussão e enfim, são infinitos exemplos que poderíamos citar.

Quando algo ruim acontece uma vez nas nossas vidas, considera-se um ocorrido inesperado e acidental, mas quando a situação se repete três ou mais vezes, aí é hora de analisar por que os problemas estão se repetindo.

Imagine, por exemplo, que você dirige há vários anos e de repente você bate o carro. Passa-se três meses do ocorrido e você bate outra vez. Como se não bastasse, oito meses depois, você novamente bate na traseira de outro. De quem será a culpa? Uma vez, tudo bem, mas quando se repete as circunstâncias, são sinalizadores que merecem nossa atenção para revermos nossas condutas.

Há uma frase que acho o máximo: “Não sejais como o cavalo ou a mula que são sem entendimento e que precisam de freios e cabrestos para serem dominados, porque de outra sorte não obedecem”

Muitos sofrimentos são reservados para aqueles que vivem deste jeito, pois viver assim não deixa de ser uma escolha.

Quando alguém sempre se envolve amorosamente com pessoas erradas ou quando já foi traída mais que três vezes e não toma atitude, porque será que precisa viver com esses freios de continuar repetindo a mesma dor e reprisando todo o sofrimento? Não é mais fácil ser feliz? Não digo isso de forma impulsiva, mas a vida é curta demais para ficarmos presos a circunstâncias que nos prendem.

A oportunidade de fazer escolhas inteligentes, controlar seus comportamentos para não repetir os vícios, as compulsões e os erros é o mínimo o que se espera de pessoas que ao contrário da mula, pensam e raciocinam. Creio que não precisamos repetir o sofrimento para aprendermos com eles.

Há também um detalhe nessa história que nos cabe pensar: Se somos seres pensantes e inteligentes, então, é valido considerar os erros dos outros e não precisar nem passar pelo erro. Tudo bem que é uma proposta ousada e difícil (até porque tem situações que não funcionam assim), mas é preciso usar o máximo da nossa capacidade de raciocínio. Isso é possível, pois, é só aguçar sua atenção. Um exemplo disso são os casais. Se todos eles nunca conseguem resolver seus problemas por culpar o outro dos problemas, então é válido fazermos diferentes para termos resultados mais satisfatórios.

Façamos diferentes! Sejamos mais aprimorados!

Quando dizem que se conselho fosse bom não se daria, questiono se isso é realmente verdade. É sábio tirar proveito das lições dos outros, sem precisar sofrer para mudar.

O processo de divórcio já é difícil, mas se o divórcio é feito sem um preparo para administração de suas futuras crises, o período de reorganização familiar pode ser ainda mais complexo. Por esta razão, o casal precisa ficar atento aos sintomas que os filhos podem apresentar em diferentes etapas de suas vidas.

Este processo não tem como ser indolor. A rotina e a vida saem fora do lugar, pelo fato de tudo ser novo para os membros da família. Não é a toa que leva-se em média, de seis meses a dois anos para a pessoa se acostumar com esse período de mudança. Esse momento é semelhante a um vulcão em erupção, que quando explode, estraga com tudo o que está ao seu redor. É nessa hora em que todos precisam de força para superar os desconfortos.

Quando os filhos estão em idade pré – escolar os efeitos não tardam a surgir, pois a criança fica agitada, confusa e sente-se muito vulnerável, tendendo a culpar-se, assumindo a responsabilidade pelo que aconteceu, ex: “O pai foi-se embora porque eu sou mau”. Certa vez, ouvi um menininho dizendo: “Meu pai e minha mãe estão se separando porque eles sempre brigam na hora de me levar na casa do meu amiguinho. Tudo isso é por minha culpa.”

Quando os filhos estão em idade escolar, sobrevêm a tristeza e a depressão na maioria das situações, tendo os transtornos psicossomáticos como sinalizadores de dores de cabeça, dores de barriga, vomitos, diarréia, etc. A ausência da interação do pai nessa idade, pode resultar em dificuldades de relacionamento com amigos, professores, familiares e da própria criança consigo mesma. A figura do pai representa segurança e proteção e sua ausência pode acarretar um filho de personalidade insegura.

A pior coisa que pode acontecer em uma separação, é quando um dos pais utiliza a criança para denegrir a imagem do outro, fazer chantagem, ameaças e agressões. Isso pode comprometer o bom desenvolvimento emocional do filho no futuro e causar um estrago irreversível em suas atitudes. É por isso que não canso de repetir que pais que amam verdadeiramente seus filhos, não ficam denegrindo a imagem do (ex) cônjuge para eles. É preciso ter maturidade para separar os filhos da separação conjugal (há também muitos pais que são casados que tentam denegrir a imagem do cônjuge para os filhos e isso também vale para eles).

Com um pouco mais de idade, entre 8 a 10 anos, o filho pode apresentar uma tentativa desesperada de aproximar seus pais e nessa fase, as atividades escolares vão sendo deixadas de lado, as notas podem baixar, o interesse pelas brincadeiras diminui, os seus interesses e fantasias vão estar voltados para o desejo de uni-los.

Quando a criança tem 10 anos e na adolescência, um dos sintomas que aparece é começar a apresentar uma maturidade que na realidade não tem. O filho pode apresentar um controle excessivo de si mesmo, a fim de neutralizar a ansiedade e de vergonha pela situação. Ele também pode ser impelido a experimentar drogas e álcool, iniciar a vida sexual como forma de arranjar companhia e combater o sentimento de abandono gerado pelo desfazer da família e também apresentar um comportamento agressivo e hostil.

Sabendo desses dados, os pais poderão ficar mais atentos para auxiliar seus filhos a enfrentar um dos muitos problemas da separação.

Como nos manter firmes diante de momentos que julgamos ser difíceis de aguentar?

Todo ser humano alimenta expectativas do que almeja alcançar para ser feliz, mas nem sempre a vida se apresenta como esperamos. Há vários sintomas físicos e emocionais que se manifestam quando estamos com dificuldade em “digerir” as adaptações que precisamos fazer para superar uma crise.

Quem nunca sentiu que estava perdido e/ou sem direção em algum momento da vida? Mesmo não sabendo qual será o próximo passo, há pessoas que não conseguem dividir o peso de suas dores com alguém e por isso, levam tudo nas costas sempre tentando encontrar a melhor solução. O ato de autorizar a outrem, a participar dos momentos difíceis de sua vida, faz com que seu caminhar esteja mais fortalecido e o auxilia a aliviar o peso dos problemas. (não é por acaso que muitas pessoas sentem dores na região dos ombros. Isso nada mais significa, de que a pessoa está com uma sobrecarga elevada ao ter que agüentar tantas coisas sozinho).

Permita-se chorar, para recuperar forças. A superação de momentos difíceis implica em ficar um tempo sozinho para se situar, além de uma fiel determinação pessoal, objetivando trabalhar firmemente para conseguir achar uma luz no fim do túnel.

As soluções chegam mais rápido quando você se foca em dois pontos principais:

1 – Qual qualidade minha tem me feito suportar tanta pressão que está a minha volta? É minha esperança? Minha força de vontade? Meu desejo de superar?

2 – Tenho me fortalecido espiritualmente para que as crises sejam reduzidas de forma que eu consiga sair mais rápido das tempestades?   

Quando nos focamos nesses dois pontos, os problemas não sumirão, mas a carga certamente irá diminuir. Assim, passamos a conquistar gradativamente sucessivas experiências de crescimento pessoal.

Nossa força está em reconhecer que há momentos em que precisamos parar e rever a direção de onde concentramos nossas forças.

Conviva com pessoas de outros universos, aprenda com o “olhar diferente”. Isso expande seu conhecimento e fará com que a situação possa ser vista de forma mais ampliada. Se no meio disso tudo, você conseguir transmitir serenidade, saiba que esta é uma característica absolutamente importante em momentos de crise.

É GRAÇAS AS DIFICULDADES QUE TEMOS QUE SOMOS RECOMPENSADOS PELO PRÊMIO DE CONHECER AINDA MAIS AS NOSSAS FORÇAS!

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