Ciúmes

Que ciúmes em excesso é ruim todo mundo sabe, mas o que muitos não tem conhecimento é que além da insegurança e o medo da perda, o medo da intimidade também pode ser uma de suas causas, que podem até distanciar o parceiro. Sendo assim, cada um tem uma forma diferente de sentir e de expressar o ciúme. Compreender quais são essas formas, podem ajudar os casais a se relacionarem melhor.

Você sabia que o ciúme de mulher é diferente do ciúme do homem?

O ciúme na mulher apresenta-se como o medo de ser abandonada ou trocada por outra mulher. A mulher tende a expressar seus sentimentos de forma mais clara e aberta e quando se sente em segundo lugar, isolada, insegura e com sentimentos de baixa auto-estima, a intensidade de seu ciúmes aumenta, porque seu maior desejo é se amada e se sentir única.

Já o homem é diferente. Ele manifesta seu ciúme pelo medo de perder o poder, o domínio. Quando se sente em segundo lugar, sente-se humilhado e fracassado ao manter a pose. Ele receia que o vejam como alguém inferior e desacreditado, acionando atitudes de aspereza com a parceira quando este se depara com o ciúme.

Entre vários estudos sobre ciúme, alguns deles levam a vestígios de parceiros ciumentos que escondem o desejo inconsciente de trair. Procuram indícios de infidelidade no outro, ruminando fantasias que ele mesmo constrói como possibilidade de traição. Um ciumento que está lendo isso agora, certamente poderia não concordar com essa afirmação, pois dificilmente assumiria que essa informação pode ser verdadeira. Com isso, transformam a vida de seu parceiro em uma constante instabilidade e insatisfação, levando-o a buscar alguém que lhe proporcione mais satisfação amorosa.

O ciúme é visto como algo prejudicial, porque vai invadindo o pensamento e a mente do indivíduo, que se der corda para o ciúme, esse sentimento vai penetrando no relacionamento íntimo do casal e é aí que se constrói verdadeiros chifres em cabeça de cavalo.

A mudança só ocorre quando o casal clarifica normas para a relação, estabelecendo o que é bom e o que não é bom para o relacionamento, desde que ambos não se sintam agredidos em seus sentimentos. Depois de feito isso, o casal precisa tomar consciência de quanto isso desgasta e consome a relação, fazendo com o que eles percam bons momentos que poderiam estar vivendo, se prendendo a fatos e a amarguras que só contaminarão ainda mais a relação.

Mesmo o ciúme sendo algo que provoque tanto sofrimento para quem sente, não é justo o casal deixar se levar por estresses assim, pois é eles que tem que controlar o ciúme e não o ciúme controlar a relação, mas isso só acontecerá se o próprio casal por um ponto final nesse vírus que pode estragar as mais belas histórias de amor.

Os pais que sofrem por causa dos ciúmes entre irmãos não precisam se preocupar, pois não é necessário a entrada para atendimento psicológico por este motivo.

O importante mesmo é eles entenderem as reações dos filhos, para auxilia-los a detectar quando o ciúmes entra em vigor e ficarem atentos para que essa rivalidade diminua, pois o grau de ciúmes entre irmãos dependerá exclusivamente a atitudes dos pais.

Entre as primeiras atitudes que os filhos mostram quando estão com ciúmes é a regressão no comportamento. Aquele filhinho amável que nunca dava problema, agora começa a querer mamar na mamadeira ou no seio da mãe novamente, volta a reagir como um bebezinho precisando de colo ou ainda em idades mais avançadas, volta a condutas de períodos anteriores da vida, quando ainda se sentia mais seguro. A criança pode estar sentindo um misto de frustrações, desejos, inveja e vontade de agredir o(a) irmãozinho(a).

Outra atitude comum é que a criança começa a mostrar uma reação de oposição e negativismo em relação a tudo o que está ao seu redor ou contra o próprio irmão. Ele começa a teimar, choramingar, contrariar ou desafiar aos pais, fazendo de tudo para obter exclusividade. Nessa hora, é importante os pais tentarem acalma-lo para que ela saiba que tem seu lugar garantido em casa e que ninguém é melhor ou mais importante que o outro. Após compreender seus sentimentos e externaliza-los ao filho, não é necessário dar atenção aos choros ou resmungos.

Em alguns casos, a criança encontra soluções mais adequadas de ajustamento frente ao ciúmes, quando os pais auxiliam ao filho reconhecer o irmãozinho como um cuidador dele, tornando-se mais maternal e mais prestativo, o ciúmes pode ser diminuído radicalmente. Outro método é quando o filho consegue descarregar as fantasias agressivas nos jogos que brinca em casa, pois isso aprimora sua capacidade de se sentir mais seguro e faz com que o ciúmes seja menos valorizado.

Se caso os pais percebam que esse ciúmes persista, aí sim é importante dar atenção maior, podendo ser resolvido com sessões de aconselhamento com um profissional que fará intervenções diretas com os pais.

Caso o ciúmes sofra oscilações, sendo que um dia o filho trata bem seu irmão e no outro lhe trata mal, então, não há com o que se preocupar. Isso é característica das fases de evolução.

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