casamento

Certa vez, um casal estava saindo para jantar na casa de uns amigos. Na ida, ela sugere que ele vire na próxima rua à esquerda, mas o marido tem certeza absoluta que é pela direita. Ela resolve ficar quieta para não discutir. Nisso, ele vira na rua que não devia e percebendo que tinha se enganado, admite que errou (com dificuldade) e faz o retorno. Ela sorri e diz que não tinha problema deles chegarem uns minutos atrasados. Após um tempo, ele pára, pensa e diz: “Se você tinha tanta certeza de que eu estava indo para o caminho errado, porque não insistiu um pouco mais?” A esposa, sabiamente respondeu: “Entre ter razão e ser feliz… eu prefiro ser feliz!”

Baseado nessa história, muitos casais não percebem que perdem tempo demais focalizados em “ter razão” e investem poucos momentos naquilo que realmente faz a relação dar certo. Esta foi a confirmação de John Gottman, um matemático que estudou relacionamento afetivo pelo período de três décadas.

Isso não quer dizer que devemos fingir que o problema não existe, mas ao contrário de tudo que já foi comprovado até então, quando o casal se mobiliza a pensar nos pontos positivos da relação, isso os dá mais entusiasmo para lidar com as tempestades da vida.

Não há problema que resista a um casal que se fortalece junto. Quer um exemplo? Quando você alimenta a curiosidade em saber como foi o dia de seu cônjuge ou se propõe a relembrar os momentos gostosos que passaram juntos, estes são apenas alguns dos remédios capazes de curar qualquer mal-estar da vida a dois. Se juntamente a isso, você busca ressaltar as qualidades dele (a) e investe tempo para se divertirem juntos (nem que seja dentro de casa), aí sim, afirmo-lhes que essa é a grande bússola capaz de mudar até o mais fracassado dos relacionamentos.

Um casal feliz não se mede pela ausência de discussões, mas pela maneira como cada um se trata quando tudo está indo bem. Se você olhar para seu passado, verá que ambos já enfrentaram tantas situações desafiadoras juntos, que não é justo anular o quanto já foram vitoriosos.

A maioria das brigas conjugais ocorre como um pedido de aproximação. Se você discute com seu marido porque ele trabalha demais, é porque implicitamente você quer que ele a valorize mais do que seus afazeres. Se ele implica que você só dá atenção aos filhos, é porque ele deseja que você de mais atenção a ele, pois também quer se sentir paparicado e reconhecido. Não há quem não deseja sentir-se amado (a), compreendido (a) e aceito. Gostamos que o outro saiba do que se passa no nosso universo interno e isso nos faz sentir valorizados.

Preste atenção em algo: Não há fatos eternos, assim como não há verdades absolutas. Os motivos pelos quais vocês brigam hoje pode parecer minúsculo daqui a dez anos, porque você vai estar com outra cabeça e certamente mais amadurecido (a). Se você se concentrar nos defeitos dele (a), nunca irá participar da vida, pois irá se contentar com as suas verdades e com a sua miopia.

A paz de um casal custa cara demais para entregarmos aos problemas. Por isso, cabe a pergunta: “Você quer estar certo ou ser feliz?”

Leia a história verídica deste homem contando sobre seu casamento:

“Houve uma noite que segurei a mão da minha esposa e disse: “Tenho algo importante para te dizer. Quero o divórcio”. Ela simplesmente  perguntou em voz baixa: “Por quê?” Eu evitei responder, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres e gritou “Você não é homem!” Pude ouví-la chorando e eu não queria dizer que meu coração não pertencia mais a ela e sim a Jane. Eu sentia pena dela e naquela noite discutimos até altas horas. Me sentia culpado, mas no fundo estava aliviado.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois tinha passado o dia com a Jane. Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada a mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir. Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: Não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram que o nosso filho faria vestibular no outro mês e precisava de um ambiente propício para se preparar bem. Isso me pareceu razoável. Ela me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse no colo todas as manhãs como eu fazia no início do nosso casamento. Ela estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo e no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo “O pai está carregando a mamãe no colo!”

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava e percebi o quanto ela tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho.

Certa manhã, ela estava na frente do espelho e disse: “Todos os meus vestidos estão grandes para mim”. Eu então percebi o quanto ela havia emagrecido e fiquei com uma ponta de remorso. Ela carregava tanta dor e tristeza em seu coração. Instintivamente, eu toquei seus cabelos e nisso nosso filho entrou no quarto e disse “Pai, está na hora de você carregar a mamãe”. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns segundos. Eu enchi meu olho de lágrima e tive que sair de perto. Em seguida, a carreguei em meus braços, quando sua mão repousava em meu pescoço e nesta hora lembrei-me do dia do nosso casamento.

No último dia, fui comprar um buquê de rosas para minha esposa e voltando para casa naquela noite, fui direto ao nosso quarto onde a encontrei deitada na cama – morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio – tentando proporcionar ao nosso filho a imagem boa de nós dois juntos. Isso me deixou acabado.

Obs: Encontre tempo para ser amigo de sua esposa… É da amizade que o amor se sustenta!

Conta a história que um casal tomava café da manhã no dia de suas bodas de prata. A mulher passou a manteiga na casca do pão e o entregou para o marido, ficando com o miolo.
Ela pensou: “Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais o meu marido e, por vinte e cinco anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quis satisfazer meu desejo. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida”.
Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse:
– Muito obrigado por este presente, meu amor. Durante vinte e cinco anos, sempre desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir!
Moral da história:

Você precisa dizer claramente o que deseja, não espere que o outro adivinhe… É preciso ser explícito e claro na conversa com alguém, pois isso diminui as chances de uma distorção na comunicação.
Deixe-o falar e quando não entender, não traduza, peça que ele explique melhor.

Essa mania que muitos tem que querer que o outro adivinhe o porque a pessoa ficou chateada não é adequada, pois o outro não tem obrigação de adivinhar seus sentimentos e nem seus pensamentos. Pode ter certeza que quando alguém não entende o que você quis falar, é praticamente certo que foi você que não passou com clareza suas idéias. Isso evita uma série de confusões.

Há dias quero escrever uma matéria sobre esse assunto, mas eu queria uma metáfora que pudesse traduzir exatamente a importância desse assunto. Os casais são muito beneficiados nos atendimentos de casal e na vida conjugal, quando passam a colocar em prática a importância de não deixar dúvidas na comunicação.

Certa feita uma esposa queria agradar o marido e começou a rossar sua perna, nas pernas dele debaixo da mesa, para que ele percebesse aquilo como um gesto de carinho. Ele, que estava conversando com os membros da família, parecia não reagir ao toque e como parecia indiferente, ela se fechou e ficou comedida pela ausência de retorno do esposo. Depois de dias, ela pergunta:

– Você não viu que eu tentei te fazer carinho debaixo da mesa, no almoço de domingo?

O esposo, responde:

– Sério, eu achei que você tivesse feito aquilo porque você não agüentava mais ouvir o Renato falar!

Esse é outro exemplo da importância de esclarecer a comunicação. Se a esposa não pergunta, ela ficaria frustrada, pensando em uma porção de idéias equivocadas a respeito do marido e se ele também não tivesse comentado, poderia não entender porque a esposa se fechou depois do almoço.

Duas histórias! Esses são dois exemplos claros de como devemos agir na comunicação, pois não é a toa que 93% dos problemas conjugais são motivados pela deficiência na expressão das falas.

Você ficará assustado(a) com as inúmeras conseqüências que lerá sobre os filhos que se sentem rejeitados pelos pais. A propósito, muitos pais nem imaginam que seus filhos se sentem assim e é por isso que estes devem estar sondando esses sentimentos de tempos em tempos nos filhos, para não terem os problemas emocionais que poderiam ser evitados.

Inquestionável é a diferença de personalidade de um filho que sente este amor com doses diárias de afeto, daquele que sente veladamente o sentimento  de ser deixado de lado. Eu diria sem medo de errar, que grande parte dos problemas de crianças, adolescentes e adultos, tem como causa, a raiz de rejeição carimbada em seu inconsciente.

A impressão desse sentimento, pode acontecer tanto pela percepção dos filhos na convivência com os pais, como na convivência com os irmãos, quando um deles detecta que o irmão é mais preferido do que outro.

Pais que rejeitam seus filhos ainda no ventre, quando desejam o bebê de um sexo e a criança nasce com outro ou até mesmo que contém uma das características já escritas no parágrafo anterior, podem apresentar as seguintes tendências:

– Descuidos com a alimentação;

– Excesso de fumo, álcool, drogas, tranquilizantes e soporíferos;

– Tendência a acidentes pequenos e leves descuidos consigo mesmo;

– Traços de desobediência;

– Tendência a ser mais retraído que outras pessoas da mesma idade;

– Agressividade, mesmo na ausência de alguém que provoque;

– Obesidade;

– Dificuldades escolares;

– Notas baixas;

– Desatenção escolar, entre outros.

Quando a rejeição ocorre ainda no ventre da mãe, essas hipóteses se confirmam pelo sistema endócrino e do hipotálamo, que por sua vez, atuam sobre a vascularização e oxigenação uterina, interferindo diretamente no bebê, que capta essa rejeição.

Quando a rejeição ocorre somente no ventre, mas depois do nascimento, há uma maior aceitação por parte do(s) pai(s), sem dúvidas as consequências são diminuídas, mas quando a criança sente rejeições até seus doze anos, aí sim, podem ficar seqüelas emocionais para toda vida.

Teóricos acreditam que essas pessoas ficam presas a uma aspiral de rejeição, tendo vários outros comportamentos inadequados para fazerem os outros a rejeitarem, pois elas mesmas não se sentem dignas de amor. Esse ciclo vai se repetindo e se a pessoa não procura ajuda, ela não consegue sair desse redemoinho sem fim.

É por isso, que a cada dia eu me convenço mais de que aquela frase conhecida por todos, é muito verdadeira: “Permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor, mas a maior de todas elas, porém, é o amor”.

Se a rejeição pode provocar todos esses sintomas, imagine o poder e a força que o amor não tem para cura-las. Demonstrações reais de afeto curam qualquer tipo de ferida emocional.

Cada caso é um caso, mas há alguns perfis de casais que estão juntos e ainda não formaram uma união concreta. Não me refiro aos namorados ou noivos. Estou escrevendo sobre aqueles que são casados, mas ainda não entenderam isso. Observe, então, se você se encaixa em uma dessas características:

– Na relação de vocês, geralmente a mulher se comporta como “mãe” e ele como “filho”?

– Vocês agem mais como se fossem dois amigos do que de fato, enamorados?

– Sem que vocês queiram, a relação parece mais entre dois irmãos, onde ambos não conseguem assumir o casamento e preferem ficar “para sempre” um em cada casa, sem assumir de vez a relação?

– Vocês já casaram, mas ainda não conseguiram lidar com as mudanças, tendo dificuldades em arcar com as responsabilidades e funções de casados?

– Você percebe que todas as vezes que vocês brigam, um ou ambos tem a mania de recorrer aos familiares, como se buscassem aliados para se sentirem mais fortes e compreendidos? Ou pior do que isso, vocês recorrem financeiramente aos pais, pois sentem que juntos não conseguem arcar com as despesas?

Espero que seu caso não se encaixe em nenhum dos perfis escritos até agora. Quando os casais se veem nessas circunstâncias, eles ficam presos a armadilhas que os conduzirão a horas de discussões e dias de brigas intermináveis.

Eles tendem apresentar alguns sintomas como problemas sexuais, falta de desejo de ambos os sexos, brigas pela irresponsabilidade de um ou o excesso de chatisse do outro, conflitos de pais e filhos, vontade de estarem sempre com amigos, mas dificilmente a sós, etc…

Se você se encaixou em uma dessas referências, saiba que a relação precisa se reordenar e nesses casos, a terapia de casal seria de grande auxílio, pois muitas vezes o casal tem dificuldade de conseguir sair desse ciclo vicioso sozinho.

São tantas as “esquisitisses” dos casais da atualidade, que muitos se encontram perdidos, sem saber o que é saudável ou não em um relacionamento afetivo. Fala-se tanto sobre problemas conjugais, que o bom mesmo é saber identificar quando um casal é realmente equilibrado.

Fique atento a essas características para ver se você se encaixa:

– Casais equilibrados procuram dividir as funções. Nenhum dos dois fica sobrecarregado, porque a educação dos filhos, administração do lar, administração financeira entre outros, é tudo compartilhado de forma que fica agradável para o casal.

– Casais mais saudáveis sempre procuram criar momentos românticos para a relação. Mesmo quando não há tempo, não deixam de dar atenção aos esses detalhes, pois sabem que isso é a base para a manutenção de uma boa relação. Gostam de viver uma lua-de-mel, mas têm plena consciência de que na vida, tem hora para tudo.

– Casais mais equilibrados não deixam de falar sobre as coisas que incomodam. Mesmo quando o assunto não é sério, eles procuram conversar para não deixar “nada para trás” ou mal resolvido. No entanto, não fazem do desconforto um estardalhaço, pois já atingiram um nível de maturidade que os permite conversar, sem fazer maiores escândalos.

– Eles se fortalecem através das dificuldades da vida a dois, abrindo mão da busca pela perfeição idealizada do outro, fugindo do engano de que o outro nunca pode cometer erros. Eles costumam pensar: “Poxa, ele(a) agiu errado, mas sei que ele não é sempre assim!”. É diferente dos casais mais problemáticos, onde qualquer erro é visto como uma falha sobrenatural.

– Casais mais equilibrados conseguem rir mais das situações, mesmo que estejam em circunstâncias difíceis. Um tem senso de humor com o outro.

– Preocupam-se em dar o melhor de si mesmos, sem depender tanto de um parceiro para ficar de bem com a vida, ou seja, eles agem mais e exigem menos do outro.

– Combinam amor eró­tico com amizade e essa combinação ocorre de forma onde um procura agradar ao outro.

– Casais com relacionamento mais saudável procuram entender o outro e o que acontece com os seus sentimentos, ao invés de ficar parecendo que estão no tribunal para confirmar se a pessoa é réu ou culpado da situação.

Enfim, como se pode perceber, casais mais saudáveis sabem aproveitar melhor os momentos em geral e conseguem compreender melhor os sentimentos um do outro, pois ambos ficam focados na relação. Há momentos onde a relação pode esfriar, mas nunca deixam de se preocupar um com o outro ou com a relação conjugal.

Tendo isso como base, já dá para você ter uma idéia de como está sua própria relação afetiva. Se caso não estiver boa, nada o impede de vocês mudarem de time, começando a diminuir as deficiências da relação, com pitadas dessas características que foram abordadas acima.

Imagine uma noiva prestes a chegar no dia de seu casamento! Ela não vê a hora de entrar no altar; já repassou todos os preparativos da festa, um dia antes verificou as flores, fez a mala para a lua de mel e finalmente, chega o grande Dia! Seu coração bate forte, as trombetas tocam, a porta se abre, a noiva entra e quando fita o olhar no noivo, ela tem uma surpresa: O noivo está de bermudas! Não só está de bermudas, mas de chinelo, com palito nos dentes e como se não bastasse, com ramela nos olhos.

A moral da história?

Todos nós corremos o risco de sermos “o noivo de bermudas”, se não estivermos prontos para manter nosso relacionamento afetivo. “Você está preparado(a) para manter quem você ama, apaixonado(a) por você?”

Se você pensa que sim, então porque tem tempo para tantas outras prioridades e investe somente o “resto” do seu tempo para curtir um momento a dois? É o resto do dia, o resto do fim de semana e por aí a lista continua.

Para se ter qualidade em uma relação, há de se ter investimento na quantidade de tempo e isso não tem haver com o quanto o outro faz por merecer; isso tem a ver com sua capacidade de manutenção de vínculo emocional.

Fico cada dia mais admirada com casais que percebem isto sozinhos, antes mesmo de sofrerem o impacto do congelamento emocional. Um tempo a sós não significa sair uma vez no ano, no dia do aniversário de casamento. Pessoas que escolhem uma noite na semana para jantar juntos, que priorizam as quartas-feiras para ir ao cinema, casais que entendem que se morressem hoje seriam facilmente remanejados no trabalho e com o tempo seriam esquecidos, mas dentro da família, seu lugar seria insubstituível.

Você sabia que a maior influência que você passa ao seu filho não virá de seu papel como pai ou mãe, mas sim de suas atitudes como marido e mulher? Pois é! Isso se comprova em estudos, através da influência cerebral que isso exerce, pois aumenta a segurança e a autoconfiança dos mesmos, prevenindo-os de complexos de inferioridade e insegurança. Um exemplo disso, é quando o marido viaja e traz um presente para as crianças e se lembra se sua esposa, nem que seja com um bombom. Mudanças familiares ocorrem, mas as regras nos relacionamentos quem faz somos nós.

Qualquer relacionamento afetivo vence uma tempestade e um inverno emocional, mas cada dia que passa me convenço de uma verdade incontestável: Nos tempo atuais, dificilmente um casal conseguirá sobreviver a relação, se não dedicar um tempo a sós, pois a distância pode ser tanta que é capaz deles não mais conseguirem se enxergar.

Por isso meu amigo(a), trate de se pré-parar para ser a noiva ou então, se contente com as conseqüências de viver com o noivo de bermudas!

Você sabia que a maior influência que você passa ao seu filho, não virá de seu papel como pai ou mãe, mas sim de suas atitudes como marido e mulher? Pois é! A qualidade do relacionamento entre pais e filhos exerce menos influência no cérebro da criança e do adolescente, do que as atitudes que o esposo tem com a esposa e vice-versa. Isso aumenta a segurança e a autoconfiança dos filhos, prevenindo-os de complexos de inferioridade e insegurança. Você pode ser a melhor mãe do mundo ou até o pai mais “herói” do universo, mas se sua relação de esposo e esposa sempre está indo de mal a pior, então é melhor rever seus conceitos.

Filhos exigem certas necessidades que precisam ser atendidas, mas isso é muito diferente do que centralizar sua existência em função deles. Atender as necessidades filiais é saudável e necessário, mas viver no filhocentrismo é pedir para arranjar sarna para se coçar. Os pais não devem suprir todas as necessidades dos filhos, simplesmente porque o mundo não vai girar em torno do umbigo deles e isso não os prepara para os desafios da vida.

Mudanças ocorrem, mas as regras nos relacionamentos quem faz somos nós. Para isso, se o marido sai para viajar e sempre traz um presentinho para as “crianças de 23 anos”, então, lembre-se de trazer também para a esposa, como sinal de carinho. Se a esposa vai ao mercado e traz uma guloseima para agradar aos filhos, porque não lembrar de trazer um pequeno petisco para o maridão, como sinal de ter se lembrado dele?

Antes de vocês serem pais, vocês são marido e mulher, ou será que isso ficou esquecido? O que você acha que seus filhos irão reproduzir ao longo da vida: um modelo familiar estruturado ou viver somente relações descartáveis. De onde será que eles tiraram essa idéia? Por acaso é influência só do mundo afora? Não existe influência sem causa.

Filhos são presentes de Deus e excedem a qualquer medida de valor, mas nunca podemos esquecer que eles só existem, devido ao produto de relacionamento entre um homem e uma mulher. Se por acaso, você tinha uma noite de namoro por semana antes dos filhos nascerem, retome isso o mais rápido possível. Caso não tinha, comece agora e isso independe da idade em que eles se encontram.

Lembre-se pais: Vocês não precisam sair de casa sempre para namorarem sozinhos. É importantíssimo os filhos saberem, desde pequenos, que os pais gostam de ficar um tempo juntinhos, pois isso os ensina a repetirem o mesmo padrão, além de que eles precisam respeitar esse espaço. É por isso, que antes de sermos pais, somos seres humanos, com necessidades e desejos. Quando vocês respeitam os de vocês, eles também, certamente o farão.

Seu trabalho é de palha, madeira ou de ouro? Pergunto-lhe isso porque todos nós, com sucesso ou com fracasso, com ação ou passividade, com mérito ou relaxo, seremos julgados no que fizermos. Se o que você faz for “meia boca”, ou seja, um trabalho razoável, será o mesmo que jogar fogo na palha ou madeira, porque tudo irá se consumir. Porém, se o que você faz é realmente bom, seu trabalho será como o ouro ou a prata, que mesmo que passem em grandes temperaturas, eles não desaparecem.

Quando escrevo sobre a palavra “teste”, a imagem que me vem a mente é algo como o teste que fazíamos na escola quando éramos pequenos, só que ao ficarmos adultos, há uma troca de personagens e a imagem da professora passa a ser de pessoas críticas e o teste de matemática, geografia e ciências, passa a receber o nome de outra matéria chamada “o resultado de nossas ações”. É aqui que acho que as críticas são ótimas avaliadoras, pois é através delas que você saberá qual foi sua nota.

Se juntarmos a analogia do teste com a metáfora do fogo, me proponho a pensar sobre isso nos mais diversos papéis que desempenhamos, tanto como pais, cônjuges e como trabalhadores.

– Se alguém fala que educa bem o seu filho, pode saber que a vida irá lhe preparar situações para ver se realmente isso é uma verdade. Se você não se empenha em dar atenção a isso enquanto eles são pequenos, a adolescência lhe trará problemas que o farão repensar.

– O mesmo acontece com casais, cujas forças estão concentradas em lutar para manter o casamento, pois mesmo depois de anos com o teste das altas temperaturas, eles concluirão que valeu a pena porque escolheram honrar a aliança, que por sinal é de ouro (onde o fogo não consome) e justamente por ser redonda, denota que não tem fim. Se for um casal que não se empenhou para que a relação fosse válida, pode saber que o fogo mostrará se eles se conformaram em ser como a palha ou a madeira.

– Isso também vale para os empresários e colaboradores que falam que são bons, mas podem não ser. É só com os frutos e os resultados que podemos saber com que tipo de material eles são feitos, pois se for de metal, este perdurará. Se quiser enganar os outros em um mundo onde ninguém mais engana ninguém, depois é bom não reclamar.

Para saber se você passou no teste, é preciso contar com a espera do tempo, pois pode levar anos para saber se foi aprovado.

Ninguém de nós vem pronto, pois somos aperfeiçoados conforme as experiências. É por isso também, que não dá para julgar ninguém isoladamente, só por um episódio de erros. Você não pode julgar uma mãe, só porque seu filho foi mal educado uma vez em público; você não pode julgar um casal só porque uma vez eles brigaram na sua frente, assim como você não pode julgar alguém no trabalho, só por um erro que cometeu que nem sempre é freqüente.

Empenha-te pelo casamento, pela educação dos teus filhos e se esforce em ser perito em seu trabalho, pois aí sim, você saberá que mesmo depois de anos mais tarde, lá estará os respingos de seus feitos (sejam eles bons ou ruins).

O tempo não está dando tempo para vocês ficarem juntos?

 

Karine Rizzardi

 

Que casal da atualidade não é vítima da pressa do dia-a-dia que os impede de ficarem juntos, curtindo um ao outro ou até ficar aquele tempo sem fazer absolutamente nada?

Independente de serem namorados, noivos ou casados, a cena é sempre a mesma, só mudam os personagens: ele chega mais tarde em casa devido ao trabalho, ela atrasa porque teve que passar no supermercado. Eles querem deixar tudo pronto para o dia seguinte e o celular precisa de atenção devido ao whatts app ou facebook e quando ambos começam namorar, um olha no relógio e…… “Eu não acredito? Já é tarde de novo?

Viver assim dois, três e até quatro meses não tem problema, mas quando começa a se tornar rotina na relação, não há relacionamento que resista.

Há muitos casais que se amam e que se dão bem, mas precisamos cuidar para que o pouco tempo não se torne um inimigo e o celular não vire uma espécie de “amante” que vai afastando um do outro, fazendo-os até se estranharem quando sabem que podem de fato, ficar juntos.

Sem perceber, o casal vai ficando afastado e certamente não vão chegar para um terapeuta de casal e dizer: “Boa tarde, estamos aqui porque a falta do tempo está acabando com nosso relacionamento!” Os casais relatam ausência de carinho, falta de prioridade e sentimento de desvalorização, mas não percebem que muitos desses sintomas, ocorrem por culpa da falta de tempo E NÃO PELA FALTA DE AMOR.

Mas, o que fazer quando percebemos que a falta do tempo começa a interferir na intimidade do casal? Como posso lidar com a pressão do dia, sem comprometer a afetividade?

A resposta é curta e simples: Invistam em atitudes que não levam mais que sessenta segundos para executar. Essa é uma grande estratégia que tem auxiliado os casais em tratamento, pois já que o tempo não colabora com vocês, façam coisas que vocês possam colaborar com ele:

Eis aí algumas dicas:

– Torpedo no celular

– Bilhete na toalha de banho

– Frase carinhosa registrada no descanso da tela do computador

– Bilhete no bolso da calça

– Frase romântica na bolsa ou na carteira da mulher/homem

– Comprar algum doce ou lanche que ele(a) gosta após um dia cansativo de trabalho

– Preparar um prato de comida com um guardanapo contido um recado

– Uma flor ou objeto embaixo do travesseiro na hora de dormir

– Deixar bombom/bilhete dentro do carro

– Colocar algo na mala quando o parceiro viaja

– Deixar um cartaz na porta de entrada da casa

– Bilhete colado no imã de geladeira

O importante é criar. Fazer coisas rápidas e carinhosas, sem tomar tempo do seu precioso tempo é uma forma eficaz para o casal se manter conectado emocionalmente, alimentando o carinho e o afeto, mas é só tentando na prática que você vai saber. Está feito o convite!

A autora é psicóloga especialista de casais e famílias

(45) 3224-4365

drakarinerizzardi@gmail.com

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