carinho

Você ficará assustado(a) com as inúmeras conseqüências que lerá sobre os filhos que se sentem rejeitados pelos pais. A propósito, muitos pais nem imaginam que seus filhos se sentem assim e é por isso que estes devem estar sondando esses sentimentos de tempos em tempos nos filhos, para não terem os problemas emocionais que poderiam ser evitados.

Inquestionável é a diferença de personalidade de um filho que sente este amor com doses diárias de afeto, daquele que sente veladamente o sentimento  de ser deixado de lado. Eu diria sem medo de errar, que grande parte dos problemas de crianças, adolescentes e adultos, tem como causa, a raiz de rejeição carimbada em seu inconsciente.

A impressão desse sentimento, pode acontecer tanto pela percepção dos filhos na convivência com os pais, como na convivência com os irmãos, quando um deles detecta que o irmão é mais preferido do que outro.

Pais que rejeitam seus filhos ainda no ventre, quando desejam o bebê de um sexo e a criança nasce com outro ou até mesmo que contém uma das características já escritas no parágrafo anterior, podem apresentar as seguintes tendências:

– Descuidos com a alimentação;

– Excesso de fumo, álcool, drogas, tranquilizantes e soporíferos;

– Tendência a acidentes pequenos e leves descuidos consigo mesmo;

– Traços de desobediência;

– Tendência a ser mais retraído que outras pessoas da mesma idade;

– Agressividade, mesmo na ausência de alguém que provoque;

– Obesidade;

– Dificuldades escolares;

– Notas baixas;

– Desatenção escolar, entre outros.

Quando a rejeição ocorre ainda no ventre da mãe, essas hipóteses se confirmam pelo sistema endócrino e do hipotálamo, que por sua vez, atuam sobre a vascularização e oxigenação uterina, interferindo diretamente no bebê, que capta essa rejeição.

Quando a rejeição ocorre somente no ventre, mas depois do nascimento, há uma maior aceitação por parte do(s) pai(s), sem dúvidas as consequências são diminuídas, mas quando a criança sente rejeições até seus doze anos, aí sim, podem ficar seqüelas emocionais para toda vida.

Teóricos acreditam que essas pessoas ficam presas a uma aspiral de rejeição, tendo vários outros comportamentos inadequados para fazerem os outros a rejeitarem, pois elas mesmas não se sentem dignas de amor. Esse ciclo vai se repetindo e se a pessoa não procura ajuda, ela não consegue sair desse redemoinho sem fim.

É por isso, que a cada dia eu me convenço mais de que aquela frase conhecida por todos, é muito verdadeira: “Permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor, mas a maior de todas elas, porém, é o amor”.

Se a rejeição pode provocar todos esses sintomas, imagine o poder e a força que o amor não tem para cura-las. Demonstrações reais de afeto curam qualquer tipo de ferida emocional.

Devido ao orçamento financeiro, os casais são obrigados a trabalhar. Como cada um tem suas obrigações, os filhos geralmente ficam entregues as outras pessoas, como empregadas, parentes, vizinhos ou amigos. O que chamou atenção nas últimas pesquisas sobre educação infantil feita nos EUA, é que nunca se valorizou tanto a figura dos avós na vida emocional dos netos como agora.

Constatou-se que três gerações vivendo sob o mesmo teto é mais aconselhável do que deixar uma criança com uma pessoa que não tenha experiência ao lidar com as necessidades infantis.

Outra pesquisa interessante é que o prejuízo da interferência negativa que os avós podem acarretar pelo excesso da generosidade e bondade, é menor do que deixar a criança isolada somente com um adulto desconhecido ou sem paciência. Há autores que dizem que se um avô ama realmente seu neto, ele saberá o limite adequado de atender as necessidades dos netos sem exagerar nos excessos de paparicos.

Um avô/avó jamais deve tirar a autoridade de um pai ou de uma mãe e esse é o princípio básico que deve ser obedecido, caso a família tenha interesse em se manter equilibrada. Se os pais disserem que os filhos não podem ver televisão antes de fazer os deveres de casa, os avós terão que qualificar as atitudes dos pais e auxilia-los a cumprir as regras sem fazer concessões. Os filhos devem perceber que os avós respeitam a opinião dos pais, porque muitos amam tanto seus netos que acabam desfazendo da autoridade dos mesmos, sem ver o quanto isso é prejudicial. É claro que uma vez ou outra não há problema, mas quando isso se torna constante, aí é preocupante. Por outro lado, as crianças compreendem que os pais tem suas razões em dar “broncas” e que os avós procuram desculpa-las. Crianças de famílias grandes, que vivem juntos apesar dos conflitos, são menos propensas a ter depressão e atitudes violentas.

Na Suécia, por exemplo, foi verificado que a freqüência de resfriados em bebês que ficam mais tempo com os familiares são menores do que deixa-los com outros tipos de adultos. Exceto em casos de babás onde há um vínculo afetivo verdadeiro ou em escolas onde o filho se sinta a vontade.

Você sabia que o contato com os avós favorece as crianças no respeito pelos mais velhos, indo desde os pais, professores e até uma autoridades municipais? Há estudos que comprovam que crianças que convivem com seus avós, se tornam adultos mais maduros com relação ao seu próprio envelhecimento (tanto por parte da criança quanto por parte dos adultos).

Há também inúmeras vantagens que os avós tiram da relação com os netos. Enquanto eles ensinam o que sabem de suas experiências, os netos os levam a reviver o passado, o que os auxiliam a resolver melhor suas lembranças e a própria história. São também as crianças que colocam os mais velhos a par do universo da informática e de tantas outras novidades, fazendo-os até alongar o ânimo pela sua existência. Na companhia dos netos, eles descobrem como ocupar melhor seu tempo e passam a se sentir mais úteis, evitando a depressão e outros problemas de ordem geral.

Nota-se que diante de tantos benefícios, o carinho e o convívio entre netos e avós deve ser sempre preservado, pois é nobre o ato de desfrutar desses momentos singulares.

É comum as pessoas exaltarem somente a importância da mãe na educação dos filhos, mas hoje você irá saber qual é a real diferença que um pai faz na vida dos mesmos. O envolvimento do pai propicia o desenvolvimento de competências diferentes no cérebro das crianças, sobretudo na área das relações sociais.

Segundo as teorias feitas por John Gottman, sustenta-se que toda criança precisa realmente de um pai, mas nem todo pai serve. O verdadeiro pai é aquele que é um preparador emocional, ou seja, aquele que está emocionalmente presente, capaz de confortar a criança quando está triste, que não é excessivamente crítico e emocionalmente frio, mas que está por dentro do dia da criança, sabendo os nomes de amigos, do que eles brincaram e como foi ter ido mal na prova da escola.

Me aprofundei nas pesquisas científicas sobre a importância da figura paterna e veja só o que descobri:

– Os pais podem influenciar os filhos de uma maneira que as mães não conseguem, especialmente no que diz respeito ao relacionamento da criança com os colegas e seu desempenho na escola.

– Pesquisas indicam, por exemplo, que meninos com pais ausentes tem mais dificuldade de encontrar equilíbrio entre a afirmação da masculinidade e o autocontrole.

Consequentemente, eles tem mais dificuldade de aprender a se controlar e a lidar com as frustrações, sendo essas, características que adquirem importância cada vez maior a medida que a criança cresce.

– As meninas cujos pais são presentes e interessados, são menos propensas a cair precocemente na promiscuidade sexual e mais propensas a estabelecer relacionamentos saudáveis com os homens quando se tornam adultas.

– As crianças cujos pais tinham dado mais carinho, tinham relacionamentos sociais melhores.

– Os bebês de cinco meses do sexo masculino que tinham contato com os pais, estranhavam menos as pessoas e eram bebês que se atiravam mais no colo de pessoas estranhas do que aqueles cujos pais não eram tão envolvidos. Esses bebês quando tinham um ano, perceberam que choravam menos quando deixados com um estranho.

– Constataram que as crianças de três a quatro anos, onde os pais brincavam em sessões de vinte minutos por dia e nas brincadeiras havia contato físico, os filhos eram mais populares com os colegas. Esse mesmo estudo comprovou algo curioso e significativo: Esse mesmo índice de popularidade era baixíssimo naqueles filhos cujos pais eram autoritários e críticos nas brincadeiras, pois eram crianças que tinham medo de se expor ao colegas, por acharem que iriam analisar seus defeitos.

– As crianças que foram humilhadas pelos pais costumam ser mais difíceis. Acabam sendo mais agressivas com os amigos e geralmente são os que se saem pior na escola, com alguns sinalizadores de violência e delinqüência.

– A interação mãe/filho também é importante, mas verificaram surpreendentemente que comparada com a relação do pai, o contato com a mãe não fazia prever com tanta certeza o sucesso ou o fracasso da criança na escola e com os amigos. Agora que você já sabe disso, use, abuse e explore essas informações!

Você sabia que a maior influência que você passa ao seu filho, não virá de seu papel como pai ou mãe, mas sim de suas atitudes como marido e mulher? Pois é! A qualidade do relacionamento entre pais e filhos exerce menos influência no cérebro da criança e do adolescente, do que as atitudes que o esposo tem com a esposa e vice-versa. Isso aumenta a segurança e a autoconfiança dos filhos, prevenindo-os de complexos de inferioridade e insegurança. Você pode ser a melhor mãe do mundo ou até o pai mais “herói” do universo, mas se sua relação de esposo e esposa sempre está indo de mal a pior, então é melhor rever seus conceitos.

Filhos exigem certas necessidades que precisam ser atendidas, mas isso é muito diferente do que centralizar sua existência em função deles. Atender as necessidades filiais é saudável e necessário, mas viver no filhocentrismo é pedir para arranjar sarna para se coçar. Os pais não devem suprir todas as necessidades dos filhos, simplesmente porque o mundo não vai girar em torno do umbigo deles e isso não os prepara para os desafios da vida.

Mudanças ocorrem, mas as regras nos relacionamentos quem faz somos nós. Para isso, se o marido sai para viajar e sempre traz um presentinho para as “crianças de 23 anos”, então, lembre-se de trazer também para a esposa, como sinal de carinho. Se a esposa vai ao mercado e traz uma guloseima para agradar aos filhos, porque não lembrar de trazer um pequeno petisco para o maridão, como sinal de ter se lembrado dele?

Antes de vocês serem pais, vocês são marido e mulher, ou será que isso ficou esquecido? O que você acha que seus filhos irão reproduzir ao longo da vida: um modelo familiar estruturado ou viver somente relações descartáveis. De onde será que eles tiraram essa idéia? Por acaso é influência só do mundo afora? Não existe influência sem causa.

Filhos são presentes de Deus e excedem a qualquer medida de valor, mas nunca podemos esquecer que eles só existem, devido ao produto de relacionamento entre um homem e uma mulher. Se por acaso, você tinha uma noite de namoro por semana antes dos filhos nascerem, retome isso o mais rápido possível. Caso não tinha, comece agora e isso independe da idade em que eles se encontram.

Lembre-se pais: Vocês não precisam sair de casa sempre para namorarem sozinhos. É importantíssimo os filhos saberem, desde pequenos, que os pais gostam de ficar um tempo juntinhos, pois isso os ensina a repetirem o mesmo padrão, além de que eles precisam respeitar esse espaço. É por isso, que antes de sermos pais, somos seres humanos, com necessidades e desejos. Quando vocês respeitam os de vocês, eles também, certamente o farão.

João cobra Maria que ela só dá atenção para os filhos e nunca faz algo que o agrada. Maria, por outro lado, reclama que João só pensa em trabalho e que nunca mais a levou jantar em um lugar romântico. Ambos reclamam um do outro, dizendo praticamente as mesmas coisas: Não existe mais carinho, você vive me cobrando das coisas que eu não faço e todas as minhas atitudes erradas se agigantam, como se eu não fizesse nada certo.

Pergunto a você: Qual está sendo o maior erro desse casal?

A resposta é simples: O título já responde a questão.

Quando uma pessoa deposita todas suas expectativas em esperar do outro, um ato de carinho, essa pessoa corre o grande risco de sofrer frustrações. Não estou dizendo que não devemos criar desejos saudáveis nos relacionamentos (como querer um perfil de pessoa amorosa, companheira, carinhosa), mas quando a cobrança começa a fazer parte da vida de um casal, pode ter certeza que ambos irão se desgastar emocionalmente para resolver seus problemas…. se é que irão resolver.

Quer um exemplo metafórico de como funciona uma relação onde impera a cobrança? Imagine que ambos são como pulgas. Ao invés de cada um se preocupar em fazer seu próprio trabalho, ambos ficam perdendo tempo em sugar um do outro coisas que acabam tirando ainda mais a força do relacionamento. É por isso que a cobrança esmaga a espontaneidade.

O exemplo acima dado pela Maria, ela reclamaria a João que ele não a leva para jantar, mas se caso ele a convidasse, era capaz dela dizer:

_ “Agora eu não quero. Você só está me convidando porque eu falei, não por ser algo natural..” (mas pelo menos ele a está convidando, não acha?)

Ser espontâneo e sem cobranças de como o outro deve (ou não deve) se comportar, garante a liberdade e a maturidade de duas pessoas em um relacionamento.

Isso não significa que não devamos dar ao outro indicativos de que ele possa melhorar, mas isso é muito diferente do que fazer cobranças exageradas, sem garantias de sucesso (pois o máximo que pode acontecer, é a pessoa melhorar por um tempo, mas voltar a fazer as mesmas coisas que você não gosta posteriormente, pois a mudança é temporária)

Há poder naquilo que você diz – e no que você não diz.

Tente a experiência de deixar de cobrar ou criticar seu cônjuge por um semana e veja que vai reproduzir um impacto interessante em seu relacionamento.

Grave isso: Se críticas e cobranças dessem resultados para relacionamentos darem certo, não haveria ninguém com problemas afetivos. Tente estratégias que dêem resultado ou então, pare de reclamar da escolha que você mesmo(a) fez, pois além de esmagar a espontaneidade, você corre o risco de acabar com o restinho de amor que possa existir.

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