brigas

Você sabia que os casais não sabem brigar? Pois é! Ninguém ensina. Hoje temos cursos de administração, de formação profissional, palestras de motivação, mas ninguém ensina como um casal deve brigar.

Vamos, então, para este passeio?

1 – Concentre-se no motivo da briga

Tenha em mente a razão por que você está brigando e qual é o assunto da briga. Não desvie para outros assuntos (no ano passado, a sua mãe, sua família…).

2 – Cuidado com palavras letais

Elas se tornam, progressivamente, aquilo que você diz que são.

Se você disser que não consegue se controlar, isso não é verdade. A boca é sua e você define o que sai dela.

3 – Mantenha-se no “Eu me sinto”

Ficar preso em justificativas ou em fatos, só faz o casal andar em círculos.

Quando falamos sobre como nos sentimos, desativamos as defesas.

4 – Evite palavras como “sempre” ou “nunca”.

5 – Evite fazer greve de silencio. Se há um problema, enfrente-o.

Combine sinais de intervalo, pois algumas vezes a briga fica intolerável cansativa, assustadora ou apenas acontece na hora errada. Combine um sinal qualquer, que leve a uma interrupção imediata, mas depois retome.

Esse intervalo de tempo, permite que você esclareça para si mesmo o que é apenas “besteira” e verá que perdeu o calor da raiva, o que o auxiliará na resolução.

6 – Faça algo separado no intervalo da briga

Uma atividade extra misturada aos seus sentimentos em conflitos será de grande ajuda pra identificar as partes que já estão quase resolvidas, aquelas que se referem a você e não a seu parceiro, incluindo aquelas que você está genuinamente desejando mudar nele. Algumas vezes seus sentimentos mudam, outras verá que precisa manter suas próprias opiniões – não por orgulho, mas porque é o coerente.

7 – Demonstre a mesma bondade e capacidade de perdoar, que gostaria que fosse demonstrada a você.

Lembre-se de que o objetivo de todas as brigas é a proximidade

O segredo é aprender que é possível ser emocionalmente intenso, sem ser destrutivo.

Não há duvida de que brigar honestamente exige habilidade, maturidade e controle.

O grande beneficio de seguir esses passos, é que sua família estará mais segura, pois não haverá um aumento silencioso de tensões esperando para explodir. Ao liberar energias e ressentimentos que bloqueavam o seu amor, você se sentirá aliviado e vivo, haverá uma clareza nova e um sentimento de que vocês são pessoas como individualidades diferentes, cada um com suas opiniões, mas ainda afetuosamente envolvidos um com o outro.

Você sabia que os casais não sabem brigar? Pois é! Ninguém ensina. Hoje temos cursos de administração, de formação profissional, palestras de motivação, mas ninguém ensina como um casal deve brigar.

Vamos, então, para este passeio?

1 – Concentre-se no motivo da briga

Tenha em mente a razão por que você está brigando e qual é o assunto da briga. Não desvie para outros assuntos (no ano passado, a sua mãe, sua família…).

2 – Cuidado com palavras letais

Elas se tornam, progressivamente, aquilo que você diz que são.

Se você disser que não consegue se controlar, isso não é verdade. A boca é sua e você define o que sai dela.

3 – Mantenha-se no “Eu me sinto”

Ficar preso em justificativas ou em fatos, só faz o casal andar em círculos.

Quando falamos sobre como nos sentimos, desativamos as defesas.

4 – Evite palavras como “sempre” ou “nunca”.

5 – Evite fazer greve de silencio. Se há um problema, enfrente-o.

Combine sinais de intervalo, pois algumas vezes a briga fica intolerável cansativa, assustadora ou apenas acontece na hora errada. Combine um sinal qualquer, que leve a uma interrupção imediata, mas depois retome.

Esse intervalo de tempo, permite que você esclareça para si mesmo o que é apenas “besteira” e verá que perdeu o calor da raiva, o que o auxiliará na resolução.

6 – Faça algo separado no intervalo da briga

Uma atividade extra misturada aos seus sentimentos em conflitos será de grande ajuda pra identificar as partes que já estão quase resolvidas, aquelas que se referem a você e não a seu parceiro, incluindo aquelas que você está genuinamente desejando mudar nele. Algumas vezes seus sentimentos mudam, outras verá que precisa manter suas próprias opiniões – não por orgulho, mas porque é o coerente.

7 – Demonstre a mesma bondade e capacidade de perdoar, que gostaria que fosse demonstrada a você.

Lembre-se de que o objetivo de todas as brigas é a proximidade

O segredo é aprender que é possível ser emocionalmente intenso, sem ser destrutivo.

Não há duvida de que brigar honestamente exige habilidade, maturidade e controle.

O grande beneficio de seguir esses passos, é que sua família estará mais segura, pois não haverá um aumento silencioso de tensões esperando para explodir. Ao liberar energias e ressentimentos que bloqueavam o seu amor, você se sentirá aliviado e vivo, haverá uma clareza nova e um sentimento de que vocês são pessoas como individualidades diferentes, cada um com suas opiniões, mas ainda afetuosamente envolvidos um com o outro.

Você já sabe que homens e mulheres são diferentes e isso talvez justifique algumas discussões. Também já leu vários livros sobre o assunto e chegou a conclusão que a comunicação é o melhor caminho para viver bons momentos, sendo que isso basta para que tudo lhe vá bem, certo? Errado.

É verdadeiro a afirmativa que todos querem ser felizes na área afetiva e que todo conhecimento pode ajudar, mas não lhe oferece a garantia de se livrar de problemas conjugais. De fato, alguns casais já aprenderam que conversar ajuda amenizar as dores emocionais, mas o que muitos não perceberam, é que podem ser escravos de uma armadilha onde só ficam unidos quando tem algum problema ou alguma dor para resolver. No momento em que tudo vai bem, ambos se distanciam, cada um vai para o seu mundo e só quando aparece outro problema, ambos se unem novamente.

Imagine como se cada casal tivesse sua própria dança. Uns tem seu relacionamento parecido com uma valsa, onde a leveza e o companheirismo são as características chaves da relação. Outros tem seu relacionamento similar ao tango, onde o que os une é a sensualidade e os picos súbitos de paixão. Há outros ainda, que se assemelham com uma lambada, onde a prioridade é curtir a vida, aproveitar os momentos felizes e só viver de festa.

Obviamente que um pouquinho de todos, resulta em uma ótima receita, mas quando você mistura no liquidificador doses cavalares de companheirismo e amor, com boas pitadas de sensualidade e duas colheres bem cheias de diversão, aí sim, vocês estão bem. Se acrescentar a isso uma música lenta para curtir doses extras de carinho, o que mais você quer da vida?

Casais que se unem pela dor, infelizmente não percebem que dançam moda sertaneja. A música pode ser uma delícia enquanto o casal se concentra nos “dois pra lá” e “um pra cá”. Neste momento, ambos estão unidos e compenetrados, mas quando já fizeram o que tinha que fazer, cada um passa a seguir seus próprios passos.

Quer exemplos da vida prática? Casais com este perfil não percebem que a briga é o fator que mais os une. Parece loucura, mas é verdade. Se não fosse elas, a relação não sobreviveria (o que é uma pena).

São casais que passam a maior parte do tempo empenhados em resolver problemas, sendo de ordem conjugal, uma doença, um problema de família e por aí vai. Nesta hora um auxilia ao outro, mas quando tudo começa a ficar bem, ambos se afastam… até que outro problema os una outra vez. Nesses casos, o lema de vida é: “Até que a felicidade nos separe!”

Mas Karine, e se eu quero dançar valsa e meu cônjuge sertanejo? Eu sempre quero paz e ele(a) vive querendo briga?

Sinto informar, mas não há como isso acontecer. Todos os casais (sem nenhuma exceção) vivem inconscientemente os mesmos compassos de uma dança. O maior problema não está no casal (nele ou nela), mas sim na forma como eles se relacionam.

Por que isso acontece? Porque vieram de famílias onde os próprios pais tinham relacionamento conturbado e mal resolvido (implícito ou explicitamente).

O que acontece com um casal que tem esse padrão? Geralmente eles tem filhos com problemas. Filhos são radares e detectam esse padrão inconscientemente.

Não deixe que a felicidade seja um real empecilho para vocês serem felizes! A felicidade deve ser uma constante, não uma raridade.

Conta a história que um casal tomava café da manhã no dia de suas bodas de prata. A mulher passou a manteiga na casca do pão e o entregou para o marido, ficando com o miolo.
Ela pensou: “Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais o meu marido e, por vinte e cinco anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quis satisfazer meu desejo. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida”.
Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse:
– Muito obrigado por este presente, meu amor. Durante vinte e cinco anos, sempre desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir!
Moral da história:

Você precisa dizer claramente o que deseja, não espere que o outro adivinhe… É preciso ser explícito e claro na conversa com alguém, pois isso diminui as chances de uma distorção na comunicação.
Deixe-o falar e quando não entender, não traduza, peça que ele explique melhor.

Essa mania que muitos tem que querer que o outro adivinhe o porque a pessoa ficou chateada não é adequada, pois o outro não tem obrigação de adivinhar seus sentimentos e nem seus pensamentos. Pode ter certeza que quando alguém não entende o que você quis falar, é praticamente certo que foi você que não passou com clareza suas idéias. Isso evita uma série de confusões.

Há dias quero escrever uma matéria sobre esse assunto, mas eu queria uma metáfora que pudesse traduzir exatamente a importância desse assunto. Os casais são muito beneficiados nos atendimentos de casal e na vida conjugal, quando passam a colocar em prática a importância de não deixar dúvidas na comunicação.

Certa feita uma esposa queria agradar o marido e começou a rossar sua perna, nas pernas dele debaixo da mesa, para que ele percebesse aquilo como um gesto de carinho. Ele, que estava conversando com os membros da família, parecia não reagir ao toque e como parecia indiferente, ela se fechou e ficou comedida pela ausência de retorno do esposo. Depois de dias, ela pergunta:

– Você não viu que eu tentei te fazer carinho debaixo da mesa, no almoço de domingo?

O esposo, responde:

– Sério, eu achei que você tivesse feito aquilo porque você não agüentava mais ouvir o Renato falar!

Esse é outro exemplo da importância de esclarecer a comunicação. Se a esposa não pergunta, ela ficaria frustrada, pensando em uma porção de idéias equivocadas a respeito do marido e se ele também não tivesse comentado, poderia não entender porque a esposa se fechou depois do almoço.

Duas histórias! Esses são dois exemplos claros de como devemos agir na comunicação, pois não é a toa que 93% dos problemas conjugais são motivados pela deficiência na expressão das falas.

Renato e Roberta estão discutindo a relação. Ela está furiosa porque ele fez algo que a magoou e ele por sua vez, também está bravo devido a reação inadequada dela de te-lo exposto. Eles estão exacerbados em suas emoções, até que um deles se cala, diz que não dá mais para continuar a conversa, até que o casal passa quatro dias sem conversar e sem trocar olhares. Resultado: Ambos emburrados, conversa não resolvida e um muro de silêncio afastando um do outro.

Muitos casais acham que o silêncio pode auxiliar nas brigas conjugais. Algumas pessoas chegam até a dizer que “ficar quieto” ajuda o casal a se acalmar. De fato, há casos em que dar um tempo para os ânimos abaixarem é excelente, mas não quer dizer que não tenhamos que voltar no assunto da briga mais tarde.

Entre os infinitos rumos que o silêncio pode levar a relação, há um deles que pode ser venenoso e destrutivo para o casal: É quando as pessoas usam o silêncio como instrumento de poder e de controle sobre o outro.

Analise esses dois exemplos abaixo:

O casal A se dá muito bem, mas como todos os casais, sofrem um episódios curtos de conflitos. O marido chega em casa nervoso do trabalho, justamente no dia em que a mulher está na TPM. Ele resolve meter a boca nas coisas que ela está fazendo, porque ela não está controlando o gasto do mercado e as luzes da casa vivem acesas, sem ela conferir se os filhos estão ou não cuidando do consumo excessivo. Ela ouve as reclamações, fica quieta, desliga as luzes da casa e vai preparar a janta para as crianças. Esse é um exemplo onde você percebe que o silêncio é construtivo e conveniente, pois a esposa já entendeu que o marido está nervoso com alguma coisa do trabalho e “ficar em silêncio” fará naturalmente com que ele se acalme.

Já o casal B entra em conflito por que ele a tratou mal na frente dos amigos. Ele justifica, tentando provar que não fez nada de mais e ela se irrita tanto que o chinga. Ele irredutível, fica bravo e se nega a conversar, bantendo a porta do quarto. Ambos ficam sem se falar e quando ela tenta novamente conversar com ele, ele finge que não está escutando, como forma de provar que está certo. Esse sim, é um exemplo onde o silencio é nocivo e tóxico para a relação, porque o casal não resolveu o problema e o silêncio foi utilizado como arma para se ter o controle da situação.

Se o casal não cuida, o silêncio vai formando um muro tão grosso entre eles, que a relação vai esfriando e ambos começam a ficar distantes, sempre esperando que o outro mude, mas eles mesmos não fazem nada para mudar. É a sua mudança que fará com que o outro mude.

Não pense em continuar se utilizando do silêncio para ganhar uma briga só porque dá certo hoje, pois chegará o momento em que o outro também passará a agir assim e você não irá gostar de sofrer essas conseqüências, ou vai?

Que ciúmes em excesso é ruim todo mundo sabe, mas o que muitos não tem conhecimento é que além da insegurança e o medo da perda, o medo da intimidade também pode ser uma de suas causas, que podem até distanciar o parceiro. Sendo assim, cada um tem uma forma diferente de sentir e de expressar o ciúme. Compreender quais são essas formas, podem ajudar os casais a se relacionarem melhor.

Você sabia que o ciúme de mulher é diferente do ciúme do homem?

O ciúme na mulher apresenta-se como o medo de ser abandonada ou trocada por outra mulher. A mulher tende a expressar seus sentimentos de forma mais clara e aberta e quando se sente em segundo lugar, isolada, insegura e com sentimentos de baixa auto-estima, a intensidade de seu ciúmes aumenta, porque seu maior desejo é se amada e se sentir única.

Já o homem é diferente. Ele manifesta seu ciúme pelo medo de perder o poder, o domínio. Quando se sente em segundo lugar, sente-se humilhado e fracassado ao manter a pose. Ele receia que o vejam como alguém inferior e desacreditado, acionando atitudes de aspereza com a parceira quando este se depara com o ciúme.

Entre vários estudos sobre ciúme, alguns deles levam a vestígios de parceiros ciumentos que escondem o desejo inconsciente de trair. Procuram indícios de infidelidade no outro, ruminando fantasias que ele mesmo constrói como possibilidade de traição. Um ciumento que está lendo isso agora, certamente poderia não concordar com essa afirmação, pois dificilmente assumiria que essa informação pode ser verdadeira. Com isso, transformam a vida de seu parceiro em uma constante instabilidade e insatisfação, levando-o a buscar alguém que lhe proporcione mais satisfação amorosa.

O ciúme é visto como algo prejudicial, porque vai invadindo o pensamento e a mente do indivíduo, que se der corda para o ciúme, esse sentimento vai penetrando no relacionamento íntimo do casal e é aí que se constrói verdadeiros chifres em cabeça de cavalo.

A mudança só ocorre quando o casal clarifica normas para a relação, estabelecendo o que é bom e o que não é bom para o relacionamento, desde que ambos não se sintam agredidos em seus sentimentos. Depois de feito isso, o casal precisa tomar consciência de quanto isso desgasta e consome a relação, fazendo com o que eles percam bons momentos que poderiam estar vivendo, se prendendo a fatos e a amarguras que só contaminarão ainda mais a relação.

Mesmo o ciúme sendo algo que provoque tanto sofrimento para quem sente, não é justo o casal deixar se levar por estresses assim, pois é eles que tem que controlar o ciúme e não o ciúme controlar a relação, mas isso só acontecerá se o próprio casal por um ponto final nesse vírus que pode estragar as mais belas histórias de amor.

É inevitável que algumas discussões conjugais aconteçam entre marido e mulher. Muitas delas, no entanto, ocorrem no período da noite, por ser um horário em que ambos se encontram em casa ou que tem mais tempo para ficar juntos, mas deixar a briga para o dia seguinte pode se tornar uma grande armadilha.
Há épocas na vida de qualquer casal que a relação é de calmaria e há outras onde uma agulhinha é transformada em um iceberg. Muitas pessoas na hora dos desentendimentos se calam, engolem o que foi dito pelo(a) parceiro(a) e como um jogo de manter o poder para si, vão dormir com a “bunda virada para o lado”, encerrando qualquer tipo de comunicação. Outros não tem a intenção de fazer joguinho, mas se calam para evitar que o clima fique ainda mais pesado.
Independente da situação, se o casal for realmente amadurecido, vai chegar a um consenso mútuo de como vão se resolver. Na hora da discussão, os ânimos ficam alterados e é em um momento de briga onde fala-se as piores coisas e as que mais podem causar mágoas. Por outro lado, deixar a discussão para o dia seguinte pode se tornar um hábito que vai afastando o casal cada vez mais. Por isso, fique atento a alguns detalhes:
– A única exceção que deve fazer com que o casal deixe o assunto para o dia seguinte é quando eles sentem que a conversa já saturou, não vai chegar a lugar nenhum, mas que certamente irão se propor a conversar no dia seguinte. Isso seria ótimo se conversassem depois, mas a maioria não volta a falar do assunto e muitos casais ficam dois, três dias e até uma semana sem sequer um falar com o outro. Pior ainda é quando um fica a espera que o outro inicie a conversa, porque ambos estão magoados. Sinto em dizer, mas passar dias sem falar sobre o ocorrido pode deixar as coisas muito piores do que quando se iniciou a briga.
– Entre a enorme lista de malefícios que há quando o casal vai dormir sem se resolver, cito apenas algumas delas: O sono de ambos se torna inválido, a mente não descansa, sua produtividade no trabalho no dia seguinte certamente não será o mesmo (mesmo que você pense que não), o casal se distancia emocionalmente, passa-se a dar lugar para que outras pessoas entrem na relação (sendo pais, amigos e até amantes) e o pior de todas elas, é que o cérebro arquiva essa mágoa e o casal pode estar brigando por esse mesmo motivo dez anos após o ocorrido. Essa mágoa vai sendo retida porque não foi resolvida e eles começam a viver uma infelicidade constante, onde ambos já não sabem nem onde começar. Quem quer pagar o preço de viver infeliz deste jeito?
Evite dormir sem resolver seus problemas afetivos. Quando você perceber que está a ponto de estourar e sabe que seu nervosismo não irá ajudar a resolver a discussão, a atitude mais sábia é dizer a ele(a): “Eu infelizmente estou muito nervoso(a) e acho que continuar esta conversa hoje irá terminar de uma forma muito pior. Amanhã, sem falta, voltaremos a falar sobre isso. O que você acha?”
O casal que faz isso uma vez ou outra não há problema, mas isto se torna danoso quando vira um padrão natural e aceitável na relação, até chegar o ponto de ambos acharem normal dormir em camas separadas. Aí sim, teremos vários problemas a resolver.

Todo mundo sabe que não é bom viver um clima pesado dentro de casa e pior ainda é quando o casal briga na frente dos filhos. Eu já falei isso em outras colunas, mas os pais não imaginam o estrago que fazem quando colocam seus próprios filhos envolvidos em seus conflitos pessoais. Há até aqueles que agem pedindo conselhos e outros ficam incansavelmente desfazendo da figura do(a) esposo(a), como se o filho fosse apenas um amigo com quem você estivesse contando uma briga.

Ocorre duas coisas quando os filhos se envolvem nos contextos das brigas conjugais: Uma delas é que o filho começa a se sentir a vontade de opinar sobre o que um deve ou não fazer (isso não é nada bom) e a outra atitude é que o filho começa a se sentir responsável pela felicidade dos pais, como se ele mesmo tivesse que salva-los dos desentendimentos e se ele não conseguir, começa pensar que ele é um fracassado.

Conseqüências desse mal? A pior de todas elas é que este filho crescerá com a idéia de querer salvar o mundo. Você pode me perguntar: Mas desde quando isso é um problema, Karine?

Eu lhe digo sem medo de errar, que o filho que se acostuma viver em ambientes familiares conflituosos, tende a se envolver afetivamente com uma pessoa que sempre terá motivos para brigar e/ou que precisará de cuidados emocionais. Um exemplo disso é quando há um pai dependente de álcool e uma filha que está sempre envolvida nessas confusões. Quando ela cresce, ela tem fortes tendências de se atrair por um “homem- problema”, que se duvidar também é dependente de álcool. Isso se justifica porque a filha cresceu tendo que corrigir, ajudar e aceitar o que o pai fazia e quando se torna adulta, ela sente necessidade de também ajudar, cuidar e aceitar uma outra pessoa problemática, pois aprendeu a conviver no meio do conflito.

Para esta criança, viver em clima harmonioso e pacífico é um pouco estranho e a pessoa não consegue se sentir a vontade. Sem perceber, ela mesmo acaba produzindo brigas, pois foi assim que ela foi criada. Alguns passam até a “achar chifre na cabeça do cavalo” com outras pessoas que convive, porque foi assim que ela foi acostumada a viver. Isso a afasta cada vez mais de se sentir feliz, pois terá sempre ao seu redor, pessoas que precisem ser dependentes delas.

Existe coisa pior do que você ver seus próprios filhos sendo escravos de algo que você mesmo causou? É por isso que briga de marido e mulher deve ficar dentro de quatro paredes. Há casais que buscam alternativas que não desrespeitem os filhos: Uns saem para conversar dentro do carro, outros vão para o quarto e se fecham e há terceiros que tentam falar baixinho para que os filhos não escutem a conversa.

Ressalto que não há nenhum mal dos filhos saberem que há dias onde o pai e a mãe não estarão bem um com o outro, mas quando isso se torna um padrão constante, aí sim, os pais estão favorecendo para que o filho ter problemas.

Muitos pais ainda dizem: “Mas nós já brigamos tantas vezes na frente deles, que agora é tarde para mudar.” Eu digo para você que jamais é tarde para desfazer um erro. Se você tem sequer “um pingo” de amor pelos seus filhos, tentará priva-los de viver em ambientes ácidos, porque problemas de casais não tem nada a ver com os filhos. Aprender separar o “feijão do arroz” é o mínimo que podemos fazer quando o assunto é amar e ter o respeito por eles.

Não é fácil quando nos deparamos com as frustrações.  Sem dúvida, em algum momento de sua vida, você já se sentiu desmotivado. Seja no lado afetivo, no seu papel como pai/mãe, como profissional ou até naquela dieta que você já iniciou pela nonagésima vez. Há momentos onde a vida parece andar em “slow motion” e nessas horas, parece que nem força temos para prosseguir, mas é aí que devemos parar tudo o que está ao nosso redor e dizer “calma”, “eu preciso ter paciência com as situações”.

Quando sonhamos com algo ou projetamos expectativas que acabam não dando certo, é comum as desvantagens superar as vantagens de continuar lutando. Nessas horas, o sentimento mais predominante é a rebeldia e o ressentimento. Afinal, foram tantas buscas de solução, que não tem algo pior do que a sensação de não ter vencido.

Ruim mesmo é quando nos deixamos dominar pelas decepções. Tristezas e reviravoltas todos nós sabemos que iremos e temos que enfrentar, mas quando elas acontecem de fato, aí tudo parece um teste para saber como nós lidamos com as adversidades. Esse teste é ainda mais forte quando ocorre algo que está fora do seu controle, ou seja, quando algo está na mão de algo ou de outra pessoa para resolver e você não pode fazer nada.

Qual foi a última vez que se sentiu derrubado por algum acontecimento? E como foi que você reagiu, quando tudo deu certo? Pois é, nós temos memória curta para as vitórias que já conseguimos superar. Se você se lembrou de qual foi sua última decepção, perceberá que de uma forma incrivelmente mágica, você conseguiu vencer, sem ao menos perceber. Talvez foram coisas que hoje você nem considere tão importante, mas você conseguiu e isso que é importante. Muitos não se lembram como foi difícil dar um laço no cadarço do tênis e hoje é uma tarefa tão simples que nem damos valor.

Muitos se perguntam: “Por que comigo?”, mas eu te pergunto: “Por que não com você? Porque você acha que as decepções não podem acontecer com você?” Os obstáculos nos aperfeiçoam.

As coisas não saíram conforme o planejado? Paciência.

Me esforcei de todas as maneiras e não consegui o que queria? Paciência.

Estou me sentindo impotente? Paciência, apenas tenha paciência. Não gostamos que as coisas sejam assim, mas não tenho outra escolha a não ser aceitar o ocorrido e seguir em frente.

Prestou atenção no que leu? Está escrito: “Aceitar” e “Seguir em frente”. “Aceitar” porque diante de uma frustração, não há muito o que fazer a não ser se conformar com o ocorrido, pois sua indignação não irá mudar o resultado das coisas e “seguir em frente” deve ser seu novo foco, pois ficar remoendo o que já passou só deixará as coisas piores ainda. Seguir em frente, esquecer o passado e recomeçar, continua sendo a escolha mais inteligente que você pode fazer. Todas as situações são temporárias!

Você ficará assustado(a) com as inúmeras conseqüências que lerá sobre os filhos que se sentem rejeitados pelos pais. A propósito, muitos pais nem imaginam que seus filhos se sentem assim e é por isso que estes devem estar sondando esses sentimentos de tempos em tempos nos filhos, para não terem os problemas emocionais que poderiam ser evitados.

Inquestionável é a diferença de personalidade de um filho que sente este amor com doses diárias de afeto, daquele que sente veladamente o sentimento  de ser deixado de lado. Eu diria sem medo de errar, que grande parte dos problemas de crianças, adolescentes e adultos, tem como causa, a raiz de rejeição carimbada em seu inconsciente.

A impressão desse sentimento, pode acontecer tanto pela percepção dos filhos na convivência com os pais, como na convivência com os irmãos, quando um deles detecta que o irmão é mais preferido do que outro.

Pais que rejeitam seus filhos ainda no ventre, quando desejam o bebê de um sexo e a criança nasce com outro ou até mesmo que contém uma das características já escritas no parágrafo anterior, podem apresentar as seguintes tendências:

– Descuidos com a alimentação;

– Excesso de fumo, álcool, drogas, tranquilizantes e soporíferos;

– Tendência a acidentes pequenos e leves descuidos consigo mesmo;

– Traços de desobediência;

– Tendência a ser mais retraído que outras pessoas da mesma idade;

– Agressividade, mesmo na ausência de alguém que provoque;

– Obesidade;

– Dificuldades escolares;

– Notas baixas;

– Desatenção escolar, entre outros.

Quando a rejeição ocorre ainda no ventre da mãe, essas hipóteses se confirmam pelo sistema endócrino e do hipotálamo, que por sua vez, atuam sobre a vascularização e oxigenação uterina, interferindo diretamente no bebê, que capta essa rejeição.

Quando a rejeição ocorre somente no ventre, mas depois do nascimento, há uma maior aceitação por parte do(s) pai(s), sem dúvidas as consequências são diminuídas, mas quando a criança sente rejeições até seus doze anos, aí sim, podem ficar seqüelas emocionais para toda vida.

Teóricos acreditam que essas pessoas ficam presas a uma aspiral de rejeição, tendo vários outros comportamentos inadequados para fazerem os outros a rejeitarem, pois elas mesmas não se sentem dignas de amor. Esse ciclo vai se repetindo e se a pessoa não procura ajuda, ela não consegue sair desse redemoinho sem fim.

É por isso, que a cada dia eu me convenço mais de que aquela frase conhecida por todos, é muito verdadeira: “Permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor, mas a maior de todas elas, porém, é o amor”.

Se a rejeição pode provocar todos esses sintomas, imagine o poder e a força que o amor não tem para cura-las. Demonstrações reais de afeto curam qualquer tipo de ferida emocional.

Cada caso é um caso, mas há alguns perfis de casais que estão juntos e ainda não formaram uma união concreta. Não me refiro aos namorados ou noivos. Estou escrevendo sobre aqueles que são casados, mas ainda não entenderam isso. Observe, então, se você se encaixa em uma dessas características:

– Na relação de vocês, geralmente a mulher se comporta como “mãe” e ele como “filho”?

– Vocês agem mais como se fossem dois amigos do que de fato, enamorados?

– Sem que vocês queiram, a relação parece mais entre dois irmãos, onde ambos não conseguem assumir o casamento e preferem ficar “para sempre” um em cada casa, sem assumir de vez a relação?

– Vocês já casaram, mas ainda não conseguiram lidar com as mudanças, tendo dificuldades em arcar com as responsabilidades e funções de casados?

– Você percebe que todas as vezes que vocês brigam, um ou ambos tem a mania de recorrer aos familiares, como se buscassem aliados para se sentirem mais fortes e compreendidos? Ou pior do que isso, vocês recorrem financeiramente aos pais, pois sentem que juntos não conseguem arcar com as despesas?

Espero que seu caso não se encaixe em nenhum dos perfis escritos até agora. Quando os casais se veem nessas circunstâncias, eles ficam presos a armadilhas que os conduzirão a horas de discussões e dias de brigas intermináveis.

Eles tendem apresentar alguns sintomas como problemas sexuais, falta de desejo de ambos os sexos, brigas pela irresponsabilidade de um ou o excesso de chatisse do outro, conflitos de pais e filhos, vontade de estarem sempre com amigos, mas dificilmente a sós, etc…

Se você se encaixou em uma dessas referências, saiba que a relação precisa se reordenar e nesses casos, a terapia de casal seria de grande auxílio, pois muitas vezes o casal tem dificuldade de conseguir sair desse ciclo vicioso sozinho.

Quando eu era criança, lembro me que todas as vezes que eu brigava com as minhas irmãs eu percebia que elas sempre tinham uma resposta na ponta da língua que acabava com meus argumentos. Um dos meus grandes desejos, era um dia responder como elas, que eram rápidas e deixavam todo mundo sem respostas.

Não quero dizer que eu esteja estimulando as brigas entre irmãos, mas a verdade é que elas acabam trazendo alguns benefícios. O ato de lidar com as diferenças entre eles é que os ensinará a lidar com as diferenças de personalidade dos outros no futuro.

Certa vez perguntaram para um pesquisador, por que irmãos brigam tanto e ele respondeu: “Todos os filhos de seres humanos e filhotes de animais (com exceção do porco-espinho) adoram correr, rolar pelo chão e lutar entre eles. Isso melhora seus reflexos e prepara para a vida real. Um filho que luta com seu irmão(ã) ou mesmo um animal que faz o mesmo, tem mais probabilidade de sobreviver as hostilidades do mundo adulto.”

Para os pais, ao menor sinal de desentendimento, o primeiro impulso é agir como as Nações Unidas, tentando pacificar. Em geral, o filho que mais reclama é o que mais tem culpa e a intervenção pacificadora pode até trazer alguns momentos de paz, mas este pode ser curto. A questão é que, vendo que conseguem atenção, os irmãos se sentem tentados a provocar novas brigas.

Mas como lidar com as brigas entre irmãos?

– O estabelecimento de limites não impede as disputas, mas, pelo menos, os combatentes ficam sabendo até onde podem ir. Dar um de juiz não dá certo, por isso, quando vierem a você com reclamações, não julgue. Em vez disso, pergunte: Como vocês irão resolver esse problema?

– Ignore pequenas disputas. Selecione as discussões aparentemente mais preocupantes para intervir.

– Quando os filhos estão em harmonia, pontue a eles a satisfação que isso provoca: “Gosto tanto quando vocês brincam juntos assim…”

– Quando as brigas estão freqüentes demais, atribua pontos ou estrelinhas as horas passadas sem disputas. Elogie-os por isso, mas não exalte aquele que é mais pacífico ou recompense quem mais colaborou, pois isso só provocará ainda mais disputa. O ato de se dar bem, não é mais do que obrigação mútua.

– Aquela velha estratégia de mãe, quando tira o brinquedo ou desliga o computador, por incrível que pareça é a técnica mais eficaz para acabar as disputas.

– Quem quebrar um objeto pertencente ao outro vai ter que pagar o conserto, substituir o brinquedo com a própria mesada ou até mesmo, oferecer em troca algo de valor equivalente.

– Se nada funcionar, deixe os dois por algum tempo em cômodos diferentes.

Atenção: Pode acontecer de uma criança nutrir sentimentos inaceitáveis de ressentimento e vingança em relação ao irmão(ã). Isso vai além da rivalidade normal entre irmãos e exige a intervenção de um profissional.

Estudos da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostram que a ansiedade da mãe pode estar relacionada ao excesso de peso da criança.

Teoricamente falando, esse estudo comprovou que as crianças também se utilizam do excesso de comida, para compensar o estresse. Isso se explica porque a criança que cresce em um ambiente estressante, onde há sempre agitação excessiva, lugar de muitas gritarias e momentos de brigas nos horários das refeições, onde deveria se ter harmonia e conversas saudáveis, eles tendem a aumentar o cortisol do cérebro (hormônio do estresse), onde o excesso do mesmo libera no corpo um desejo enorme da pessoa consumir excessos de doces e/ou gorduras, como batatas fritas, frituras, etc…

Esse estudo foi publicado na revista Pediatrics e o levantamento acompanhou 841 crianças, onde foi percebido que o risco dos pequenos se tornarem obesos aumenta quando a mãe apresenta sintomas de depressão e ansiedade.

De certa forma, isso é transferido para a criança, onde a mesma passa a ingerir mais alimentos, como forma de proteger a mãe das tristezas. A criança então, tenta transferir o problema da mãe, para ela mesma, no intuito de aliviar a tensão dos pais.

Além de observar que os nervos a flor da pele influenciam no peso da garotada, os autores notaram que isso acontece principalmente em casas onde ocorre o excesso de comida, ou seja, naqueles lares onde os filhos estão longe de passar fome.

Esta análise foi realizada com crianças e adolescentes com idade de 03 a 17 anos. Segundo os autores, no entanto, o alerta só é considerado relevante para garotos e garotas dos 03 aos 10 anos, pois depois dessa fase, meninos e meninas encontram outras válvulas de escape.

Isso é para vermos o quanto os pais exercem influência no comportamento dos filhos, mesmo que estes não percebem a profundidade e importância da mesma.

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