amor

É natural que todo casal passe por tempos juntos e tempos separados no dia a dia. Quando se revêm no final do dia ou mesmo num encontro, é importante reconhecerem que não estão reencontrando as mesmas pessoas que deixaram naquela manhã ou na semana anterior, mas podemos descobrir quem ela é “agora”.

Parece algo bobo, mas a pergunta “Como você está?” vem carregada de vários significados, dos quais precisamos explora-los mais do que se possa traduzir.

Grande parte dos casais descobre que às vezes passam semanas ou mesmo meses sem fazer essa pergunta com uma escuta honesta. Servir o jantar e um cálice de vinho em um dia habitual de segunda-feira, deveria ser uma prática constante dos casais equilibrados, sem que esta pergunta soasse como educação ou força do hábito.

Moldamos-nos a realidade que nos cerca pelo que optamos perceber. Se você estiver passeando de carro e estiver com fome, só irá perceber os restaurantes. Se estiver viajando com saudades dos filhos, só enxergará bebês e crianças por todo o lado. Assim funciona com os casais também. No que você quer prestar atenção em seu parceiro ou em seus filhos, isso começara a crescer.

Todo parceiro é ao mesmo tempo, belo e feio, dependendo de como o enxergamos. Cada criança é um gênio e infantil, dependendo do que você quer olhar.

Um romance para ser mantido satisfatoriamente, necessita ver constantemente o companheiro como um estranho… pois fazendo isso, conseguimos perceber suas micro modificações diárias… seus sentimentos e mapear suas emoções.

Se quiser, pode até comentar:

– “Uau, é maravilhoso conversar com você assim…Há tempos não fazemos isso!”

Será, então, bem provável que seu parceiro responda algo parecido, com:

– “Obrigado. É bom para mim também”

Desenvolva o hábito de reprogramar a vida de casal para esta maneira.

A verdade mais profunda, é que beleza e juventude soam irrelevantes. Envelhecer e alcançar um conhecimento mais pleno de si mesmo, finalmente nos deixa no ponto em que o amor é realmente possível. Fazendo isso, poderemos descobrir que tudo não termina com a chegada das primeiras linhas no rosto. Ao contrario, pode ser que com a idade tudo esteja apenas começando, pois é ali que conhecemos nossa própria força, capacidade e desenvolvemos uma flexibilidade quanto aos desafios da vida.

Quando alguém vê a felicidade entre um homem e uma mulher que ultrapassaram o estado de estarem apaixonados e já se encontram além da zona de guerra, verá neles a cumplicidade de um olhar calmo e tranqüilo. Por isso, mude sua forma de enxergar a pergunta mais simples do mundo “Como você está?” e explore-a com a profundidade do qual ela merece.

O que você lerá agora não é algo escrito por mim. Achei tão interessante a escrita de um pai falando de seu filho, que resolvi repassar a você que gosta de refletir sobre as coisas importantes da vida. Sei que muitos pais estão passando pela mesma impressão que ele. O mesmo é de Belo Horizonte e atualmente está morando nos EUA. Leia-a com atenção:

“Eu peguei esse título emprestado de um artigo escrito pela Madame Guyon, uma mulher que viveu no século XVII. Quando o inverno chega, as folhas das árvores caem e a única coisa que aparece são os galhos secos e retorcidos. Não há mais a beleza trazida pelas cores das folhas e das flores, apenas a feiúra dos galhos secos. Contudo, ainda que do lado de fora a visão seja feia e triste, do lado de dentro, a árvore continua viva. E a primavera, a estação seguinte, revelará a vida no interior da árvore através das novas folhas e flores que começarão a brotar.

A nossa vida é plena de estações. E todas elas são boas e importantes. As estações fazem a vida ser bela e colorida, cheia de diversidade e sensações. Na nossa vida, existem os períodos de verão e também os de outono; os períodos de primavera e também os de inverno. Esses períodos vêm e vão de acordo com o relógio de Deus para cada um de nós. Aqui em Dallas, temos vivido um tempo de inverno. As folhas e as flores caíram, os galhos secos e retorcidos ficaram à mostra, mas aquilo que é mais importante. A vida continua nos ensinando em cada situação, e também a partir da nossa percepção de cada galho seco, que não pode mais se esconder por entre as folhas e as flores.

Aqui em Dallas eu me dei conta do estilo acelerado de vida que eu tinha no Brasil. Eram atividades que começavam pela manhã e terminavam à noite, quando eu chegava em casa e ainda ia para o escritório. Sem perceber e sem querer, fui perdendo o coração do meu filho, Isaque. Eu achava que passava um tempo significativo com ele, mas eu estava enganado. As folhas e as flores escondiam os galhos secos e iludiam a minha visão. Não entendia porque ele ficava em silêncio quando eu lhe dizia: “Eu te amo, filho”. Eu achava que ele não entendia o que significavam essas palavras. Na verdade, ele, sim, as compreendia; mas eu não. Só percebi isso quando, meses atrás, depois de algum tempo em Dallas, ele não ficou em silêncio, mas me respondeu: “Eu também te amo, papai”.

Que dia maravilhoso! Pela primeira vez percebi que eu tinha galhos secos e retorcidos, e não apenas folhas e flores! Caminhei quase toda a minha vida sem perceber o que se passava no coração do meu filho. Ele via os galhos secos e retorcidos, mas eu só via as flores. Eu falava de amor, mas ele não sentia o meu amor. Eu mostrava as folhas, mas ele via só os galhos secos.

Até que o inverno veio: as folhas caíram, as flores sumiram, as atividades cessaram, os trabalhos pararam, os relacionamentos se distanciaram, os elogios acabaram e os galhos secos e retorcidos apareceram. Foi então que eu tive a oportunidade de estar com o meu filho e notar que, não eu, mas ele, sim, sabia o que é o amor.

Agradeço por essa estação. Agradeço a Ele que nos dá não apenas o verão e a primavera, mas também o outono e o inverno! Que não somente revela, mas também trabalha em uma árvore com galhos secos e retorcidos!

Ass: Um pai chamado Gustavo.

Há muitos anos atrás eu vi um livro do Gary Chapman que falava das quatro estações que o casamento passa. Não cheguei a ler o livro todo, mas entendi o recado quando ele disse que todos nós passamos por verões, primaveras, outonos e até invernos existenciais na vida afetiva. Difícil mesmo, é quando o casal se percebe congelado em um frio afetivo sem medidas, onde ambos sentem que os flocos de neve congelam até os sentimentos. Não sentem necessidade de investirem em tempo juntos, não ligam mais para a opinião do outro e até mesmo os beijos deixam de ser freqüentes. Mas o que deve ser feito para recuperar a força da relação?

Antes de mais nada, é necessário esclarecer algo que muitos confundem. As pessoas em geral, pensam que o amor é um sentimento, mas não é. Ele é muito mais do que isso – é uma decisão. Se você pautar seu amor nas alegrias que vive, você dirá que nos dias felizes está amando porque tudo está bem e quando vocês brigam ou estão com raiva é porque não sabem se amam mais um ao outro . Se alegrar e amar implica em uma decisão, ou seja, muitas vezes você terá tempestades e dias frios, mas não quer dizer que deixará de amar o outro por causa disso. Quando você DECIDE amar, essa decisão independe das circunstâncias, porque você automaticamente escolheu, decidiu amar aquela pessoa. Quando isso acontece, você fecha os espaços para um possível voto de infidelidade e até mesmo de pensar em separação, porque simplesmente fez sua escolha de viver a vida na alegria e na tristeza, na saúde e na doença com a pessoa que um dia foi sua escolha. Isso é um mito que precisa ser desfeito.

Mas voltando a pergunta inicial: Como podemos recuperar os “verões” da vida a dois?

A primeira atitude necessária para as chamas se reascenderem é o casal constatar junto o vazio em que se encontram, sem perderem tempo em culpabilizar um ao outro. Nesta hora, doses extras de maturidade são importantes, pois é o momento em que o casal assume que estão necessitando retomar algumas ações, mesmo que estejam sem vontade.

Em um segundo momento, é salutar ver que se o casal tentou reaproximação, mas mesmo assim a relação ficou travada, é porque lá no fundo eles não estão vendo a relação como uma prioridade. Nesta hora é importante analisar se os filhos, os afazeres, o trabalho ou coisas extras não estão tomando mais espaço do que a relação a dois. É importante para os filhos saberem que o pai e a mãe tem o “dia do namoro”, pois assim eles crescem mais seguros.

Em terceiro lugar, o casal precisa fazer uma revisão do que falta para restaurar as ações, antes já vividas. É nesta hora em que é bom voltarmos no tempo onde tudo estava bem e lembrarmos das coisas que fazíamos anteriormente e que por motivos de forças maiores, deixamos de fazer: Temos dado menos risadas, temos estado menos afetivos um com o outro, precisamos tirar mais tempo para falar de nós dois ou de sair mais juntos? Você que está lendo essas palavras pode ser usado(a) como um instrumento para produzir isso no seu relacionamento, comentando essas soluções com seu ou sua parceiro(a).

De atenção a esses três pontos: Constatar juntos, priorizar a relação e fazer um levantamento de atitudes que precisam ser retomadas. Isso irá reaproximando o casal, onde dentro de alguns meses se sentiram reavivados novamente. Que os adolescentes sejam nossos professores quando olhamos seus exemplos e vemos que eles nunca deixam o amor em segundo plano. Amar é uma escolha.

Certa vez, um casal estava saindo para jantar na casa de uns amigos. Na ida, ela sugere que ele vire na próxima rua à esquerda, mas o marido tem certeza absoluta que é pela direita. Ela resolve ficar quieta para não discutir. Nisso, ele vira na rua que não devia e percebendo que tinha se enganado, admite que errou (com dificuldade) e faz o retorno. Ela sorri e diz que não tinha problema deles chegarem uns minutos atrasados. Após um tempo, ele pára, pensa e diz: “Se você tinha tanta certeza de que eu estava indo para o caminho errado, porque não insistiu um pouco mais?” A esposa, sabiamente respondeu: “Entre ter razão e ser feliz… eu prefiro ser feliz!”

Baseado nessa história, muitos casais não percebem que perdem tempo demais focalizados em “ter razão” e investem poucos momentos naquilo que realmente faz a relação dar certo. Esta foi a confirmação de John Gottman, um matemático que estudou relacionamento afetivo pelo período de três décadas.

Isso não quer dizer que devemos fingir que o problema não existe, mas ao contrário de tudo que já foi comprovado até então, quando o casal se mobiliza a pensar nos pontos positivos da relação, isso os dá mais entusiasmo para lidar com as tempestades da vida.

Não há problema que resista a um casal que se fortalece junto. Quer um exemplo? Quando você alimenta a curiosidade em saber como foi o dia de seu cônjuge ou se propõe a relembrar os momentos gostosos que passaram juntos, estes são apenas alguns dos remédios capazes de curar qualquer mal-estar da vida a dois. Se juntamente a isso, você busca ressaltar as qualidades dele (a) e investe tempo para se divertirem juntos (nem que seja dentro de casa), aí sim, afirmo-lhes que essa é a grande bússola capaz de mudar até o mais fracassado dos relacionamentos.

Um casal feliz não se mede pela ausência de discussões, mas pela maneira como cada um se trata quando tudo está indo bem. Se você olhar para seu passado, verá que ambos já enfrentaram tantas situações desafiadoras juntos, que não é justo anular o quanto já foram vitoriosos.

A maioria das brigas conjugais ocorre como um pedido de aproximação. Se você discute com seu marido porque ele trabalha demais, é porque implicitamente você quer que ele a valorize mais do que seus afazeres. Se ele implica que você só dá atenção aos filhos, é porque ele deseja que você de mais atenção a ele, pois também quer se sentir paparicado e reconhecido. Não há quem não deseja sentir-se amado (a), compreendido (a) e aceito. Gostamos que o outro saiba do que se passa no nosso universo interno e isso nos faz sentir valorizados.

Preste atenção em algo: Não há fatos eternos, assim como não há verdades absolutas. Os motivos pelos quais vocês brigam hoje pode parecer minúsculo daqui a dez anos, porque você vai estar com outra cabeça e certamente mais amadurecido (a). Se você se concentrar nos defeitos dele (a), nunca irá participar da vida, pois irá se contentar com as suas verdades e com a sua miopia.

A paz de um casal custa cara demais para entregarmos aos problemas. Por isso, cabe a pergunta: “Você quer estar certo ou ser feliz?”

Mãe! Quando eu tinha sete anos, lembro que um dia você apagou todo meu caderno e me mandou refazer a tarefa de português. Não me recordo ao certo a reação que tive, mas lembro que aquela lição me ensinou a fazer tudo bem feito, dando o meu melhor em cada pequena coisa que eu me propusesse a fazer na vida.

Lembro das maneiras desmedidas de você fazer meu quarto ficar organizado e quando eu chegava do colégio e via uma placa em cima do meu tênis, escrito: “Me lave, por favor…Estou precisando respirar!” ou as centenas de folhas coladas no guarda-roupa, do tipo: “Olá! Eu preciso de atenção. Você pode me ajudar?”…

Quando eu era adolescente, houve um dia em que um colega da escola me chamou de gordinha e eu fiquei arrasada. Fui chorar para você e lembro que você não deu a solução das minhas dificuldades, mas incentivou que minhas forças fossem suficientes para que eu pudesse me superar sozinha.

Houve uma vez que você estava ganhando bastante dinheiro trabalhando fora e não entendi por quê você chegou em casa um dia e disse a todos nós: “Eu não vou mais trabalhar!” Eu te perguntei: “Mas por quê, mãe?” E você:

“É porque seu pai, você e suas irmãs são muito mais importantes do que qualquer outra coisa na minha vida.”

Anos atrás eu tive minhas três filhas e parece que seu valor se agigantou, pois, posso dizer que o amor que hoje dou, é aquele que um dia eu recebi.

Você me ensinou duas grandes verdades na vida:

1 – Uma delas é que eu sempre deveria respeitar e amar meu marido, pois ele seria a pessoa mais valiosa que Deus me daria, pois dali sairiam os filhos. Aprendi isto, vendo seu cuidado com o pai, em honra-lo e respeita-lo, cuidando para ninguém fizesse barulho em seu cochilo após o almoço. Você sempre o elogiava e não é a toa que ele baba em você até hoje.

2 – A outra verdade é da importância das palavras na vida dos filhos. Você sempre me fortaleceu com seus incentivos, nunca me protegeu em meus erros e sempre me encorajou a ir além – Ah… Você sempre dizia que eu poderia ir mais além.

Tudo bem! Confesso que até hoje eu lembro que você jogou fora as cartas que eu guardava com tanto carinho e ainda não consigo acreditar que você me dava ovo para levar de lanche da escola, mas tudo bem… ninguém é perfeito.

Só tenho algo a dizer:

Há muito de você e do pai dentro de mim. Obrigada por me amarem e acreditarem em mim!

Leia a história verídica deste homem contando sobre seu casamento:

“Houve uma noite que segurei a mão da minha esposa e disse: “Tenho algo importante para te dizer. Quero o divórcio”. Ela simplesmente  perguntou em voz baixa: “Por quê?” Eu evitei responder, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres e gritou “Você não é homem!” Pude ouví-la chorando e eu não queria dizer que meu coração não pertencia mais a ela e sim a Jane. Eu sentia pena dela e naquela noite discutimos até altas horas. Me sentia culpado, mas no fundo estava aliviado.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois tinha passado o dia com a Jane. Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada a mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir. Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: Não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram que o nosso filho faria vestibular no outro mês e precisava de um ambiente propício para se preparar bem. Isso me pareceu razoável. Ela me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse no colo todas as manhãs como eu fazia no início do nosso casamento. Ela estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo e no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo “O pai está carregando a mamãe no colo!”

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava e percebi o quanto ela tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho.

Certa manhã, ela estava na frente do espelho e disse: “Todos os meus vestidos estão grandes para mim”. Eu então percebi o quanto ela havia emagrecido e fiquei com uma ponta de remorso. Ela carregava tanta dor e tristeza em seu coração. Instintivamente, eu toquei seus cabelos e nisso nosso filho entrou no quarto e disse “Pai, está na hora de você carregar a mamãe”. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns segundos. Eu enchi meu olho de lágrima e tive que sair de perto. Em seguida, a carreguei em meus braços, quando sua mão repousava em meu pescoço e nesta hora lembrei-me do dia do nosso casamento.

No último dia, fui comprar um buquê de rosas para minha esposa e voltando para casa naquela noite, fui direto ao nosso quarto onde a encontrei deitada na cama – morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio – tentando proporcionar ao nosso filho a imagem boa de nós dois juntos. Isso me deixou acabado.

Obs: Encontre tempo para ser amigo de sua esposa… É da amizade que o amor se sustenta!

Encontro seguidamente nos casais, relacionamentos afetivos que são carregados de extremos entre o amor e o ódio, onde estranhamente isso é visto como expressão de afeto.

Muitos casais que não percebem que tem essa dinâmica, possuem um relacionamento intenso, onde se constata a existência de muito amor da parte dos envolvidos, mas proporcionalmente a esse sentimento vibrante de afeto, encontra-se outro igualmente forte que é um ódio avassalador que se manifesta quando um dos dois, não satisfaz os desejos que o outro esperava.

Um exemplo típico onde isso acontece, é quando o cônjuge é visto como ótimo em todos os aspectos e este só é considerado “o parceiro ideal”, desde que o outro concorde com tudo o que ele disser, desde que ele(a) aceite somente os programas que ele(a) inventa e desde que a pessoa satisfaça todas as suas necessidades, sem nem um chance de dizer não. Convenhamos: Qualquer pessoa é um amor até o momento em que suas vontades são contrariadas.

A pessoa que possui um bom amadurecimento emocional é aquela capaz de saber lidar com as diferenças de opiniões e que aceita algumas diferenças de atitudes do outro.

Quando uma pessoa quer exigir que o outro se comporte de tal ou tal maneira, que fica emburrada quando algo não sai como imaginava ou quando fica furioso(a) quando o cônjuge pensa diferente de como ele(a) queria, é o tipo de pessoa que precisa se reciclar em suas percepções, pois certamente estará caminhando para viver uma relação eterna de amor e ódio que desgastará muito a relação a dois.

Um exemplo disso, é quando a parceira não é independente financeiramente e seu relacionamento conjugal é ótimo até o dia em que ela resolve procurar um emprego ou se envolve em alguma atividade que lhe ofereça uma identidade como pessoa. Aí o jogo de acusações e agressões verbais começa, porque esse marido não suportaria vê-la se desenvolvendo em alguma outra área que não seja o ato de cuidar da família. Outro exemplo é quando a esposa é boa, somente até o momento em que o marido discorda dela por alguma razão. Isso a faz jogar toda sua insatisfação sobre ele, como se coubesse somente a ele o sucesso da relação, deixando-o sufocado em seus sentimentos. Exemplos assim mostram que com o passar dos anos, esses casais passam a viver de forma distante e fria, tendo por trás dessa posição, muita raiva, ódio e posse (menos o ato de amar genuíno).

Isso é um padrão altamente disfuncional e egoísta de ambas as partes. Quando nos relacionamos com alguém, precisamos entender que em algum momento essa pessoa discordará de nossas idéias e que isso não os torna criminosos por pensar diferente. O ser humano quer tanto viver uma vida perfeita na área afetiva, que não dá margem para os erros que podem e devem ser cometidos ao longo da caminhada a dois.

Que arrogância extrema tem a pessoa que quer exigir que o outro se comporte sempre como ele(a) deseja, se nem a própria pessoa é perfeita para saber lidar com suas emoções.

Pessoas com boa auto estima, sentem condições de amar verdadeiramente o outro, apesar de suas limitações e, desde cedo, entendem que amar está muito acima de controlar ou de satisfazer seu próprio ego… amar é uma permissão para que o outro colabore com o meu crescimento, mesmo que isso seja a custa de ouvir alguns “Nãos”.

Cada caso é um caso, mas há alguns perfis de casais que estão juntos e ainda não formaram uma união concreta. Não me refiro aos namorados ou noivos. Estou escrevendo sobre aqueles que são casados, mas ainda não entenderam isso. Observe, então, se você se encaixa em uma dessas características:

– Na relação de vocês, geralmente a mulher se comporta como “mãe” e ele como “filho”?

– Vocês agem mais como se fossem dois amigos do que de fato, enamorados?

– Sem que vocês queiram, a relação parece mais entre dois irmãos, onde ambos não conseguem assumir o casamento e preferem ficar “para sempre” um em cada casa, sem assumir de vez a relação?

– Vocês já casaram, mas ainda não conseguiram lidar com as mudanças, tendo dificuldades em arcar com as responsabilidades e funções de casados?

– Você percebe que todas as vezes que vocês brigam, um ou ambos tem a mania de recorrer aos familiares, como se buscassem aliados para se sentirem mais fortes e compreendidos? Ou pior do que isso, vocês recorrem financeiramente aos pais, pois sentem que juntos não conseguem arcar com as despesas?

Espero que seu caso não se encaixe em nenhum dos perfis escritos até agora. Quando os casais se veem nessas circunstâncias, eles ficam presos a armadilhas que os conduzirão a horas de discussões e dias de brigas intermináveis.

Eles tendem apresentar alguns sintomas como problemas sexuais, falta de desejo de ambos os sexos, brigas pela irresponsabilidade de um ou o excesso de chatisse do outro, conflitos de pais e filhos, vontade de estarem sempre com amigos, mas dificilmente a sós, etc…

Se você se encaixou em uma dessas referências, saiba que a relação precisa se reordenar e nesses casos, a terapia de casal seria de grande auxílio, pois muitas vezes o casal tem dificuldade de conseguir sair desse ciclo vicioso sozinho.

São tantas as “esquisitisses” dos casais da atualidade, que muitos se encontram perdidos, sem saber o que é saudável ou não em um relacionamento afetivo. Fala-se tanto sobre problemas conjugais, que o bom mesmo é saber identificar quando um casal é realmente equilibrado.

Fique atento a essas características para ver se você se encaixa:

– Casais equilibrados procuram dividir as funções. Nenhum dos dois fica sobrecarregado, porque a educação dos filhos, administração do lar, administração financeira entre outros, é tudo compartilhado de forma que fica agradável para o casal.

– Casais mais saudáveis sempre procuram criar momentos românticos para a relação. Mesmo quando não há tempo, não deixam de dar atenção aos esses detalhes, pois sabem que isso é a base para a manutenção de uma boa relação. Gostam de viver uma lua-de-mel, mas têm plena consciência de que na vida, tem hora para tudo.

– Casais mais equilibrados não deixam de falar sobre as coisas que incomodam. Mesmo quando o assunto não é sério, eles procuram conversar para não deixar “nada para trás” ou mal resolvido. No entanto, não fazem do desconforto um estardalhaço, pois já atingiram um nível de maturidade que os permite conversar, sem fazer maiores escândalos.

– Eles se fortalecem através das dificuldades da vida a dois, abrindo mão da busca pela perfeição idealizada do outro, fugindo do engano de que o outro nunca pode cometer erros. Eles costumam pensar: “Poxa, ele(a) agiu errado, mas sei que ele não é sempre assim!”. É diferente dos casais mais problemáticos, onde qualquer erro é visto como uma falha sobrenatural.

– Casais mais equilibrados conseguem rir mais das situações, mesmo que estejam em circunstâncias difíceis. Um tem senso de humor com o outro.

– Preocupam-se em dar o melhor de si mesmos, sem depender tanto de um parceiro para ficar de bem com a vida, ou seja, eles agem mais e exigem menos do outro.

– Combinam amor eró­tico com amizade e essa combinação ocorre de forma onde um procura agradar ao outro.

– Casais com relacionamento mais saudável procuram entender o outro e o que acontece com os seus sentimentos, ao invés de ficar parecendo que estão no tribunal para confirmar se a pessoa é réu ou culpado da situação.

Enfim, como se pode perceber, casais mais saudáveis sabem aproveitar melhor os momentos em geral e conseguem compreender melhor os sentimentos um do outro, pois ambos ficam focados na relação. Há momentos onde a relação pode esfriar, mas nunca deixam de se preocupar um com o outro ou com a relação conjugal.

Tendo isso como base, já dá para você ter uma idéia de como está sua própria relação afetiva. Se caso não estiver boa, nada o impede de vocês mudarem de time, começando a diminuir as deficiências da relação, com pitadas dessas características que foram abordadas acima.

Entre todos os obstáculos que as empresas precisam ter para se fixar no mercado, conquistar seu espaço e contar com a rentabilidade, a empresa familiar tem uma escala de desafios duplamente desafiadora. Quando o assunto em questão é o pai trabalhando com filhos, a esposa com o marido ou parente com parente, é preciso se ter muito mais que perspicácia: é preciso estabelecer alguns limites claros, para que conflitos sejam evitados.

Mas, Karine, você não é psicóloga? O que é que tem haver esse tema com a sua profissão? Eu diria que, justamente por ser psicóloga, me sinto na obrigação de repassar o alto registro de famílias que brigam no ambiente profissional.

Geralmente, a raiz dos conflitos das empresas familiares ocorre sempre pelo mesmo motivo: Não há limites claros entre aquilo que é profissional e o que é familiar. Com isso, o pai pode agir como empresário e magoar o filho que se mostra apenas filho, ou tratar o filho como sendo apenas filho, desqualificando-o como profissional. Isto pode acontecer, também, nas relações conjugais. O marido quer que a empresa siga uma direção e a mulher quer que a empresa siga outra. Ao invés de chegarem em casa e falar sobre assuntos que não condizem com o trabalho, acabam se relacionando como empresários e não como homem e mulher, estremecendo assim, a relação conjugal.

Se a família não cuida para dividir os espaços de forma objetiva, o que resta no final é uma empresa mal administrada, um casal insatisfeito e uma família que só vive a profissão e não a relação familiar.

Nem sempre o que o pai e a mãe querem para os filhos e a empresa, é aceito pelo filho mais velho, pela filha que deseja ser independente ou pelo caçula que quer ser, por exemplo, trabalhar em uma área muito diferente do ramo da família. Algumas vezes, as relações de negociação complicam-se mais quando entra em cena o genro ganancioso, a nora que quer mudança de “status” social, ou o filho que deseja, a todo custo, tirar o pai da administração do negócio da família.

O duplo desafio que as empresas familiares enfrentam, é ser competente e rentável no mundo dos negócios e proporcionar bem-estar e felicidade para todos os membros da família. Para isso, é necessário atitudes que valorizem os membros que participam da empresa, mas é emergencial que as regras que os colaboradores seguem, devem ser criteriosamente similar as regras que os filhos deverão seguir também. Caso contrário, não é de se admirar quando as coisas não vão bem. Pode-se recorrer também a recursos externos, caso a família não esteja conseguindo administrar, como a contratação de profissionais especializados em consultoria e assessorias específicas, para evitar prejuízos significativos.

Compreender a dinâmica da família e da empresa é importante para definir as diferenças entre dinheiro da empresa e o dinheiro para casa; atitudes de empresários e laços familiares; tempo para a família e tempo para o trabalho e em todos outros aspectos. Se o objetivo a se focar é esse, a família e a empresa só tem a crescer e se desenvolver.

A infidelidade carrega um raio devastador para aqueles que por ela, são atingidos. Esse texto não trata de defender a fidelidade, mas foca-se exclusivamente no sofrimento que as pessoas que estão envolvidas nesta situação se aprisionam.

A atração por outra pessoa pode surgir a qualquer momento na vida de uma pessoa, mas a escolha de se liberar para que este impulso seja vividamente concretizado, vai depender exclusivamente dos cuidados que a pessoa toma em aceitar (ou não) as investidas sedutoras.

Quando a pessoa opta por liberar o impulso de trair, inicialmente ela não pensa em ter que escolher entre o cônjuge e a pessoa que resolveu sair. Está entusiasmada pelo sentimento agradável que a atração e conquista provocam, e no fundo, deseja manter o cônjuge e a família. Depois descobre, com surpresa e dor, haver conseqüências dessa escolha, pois como diz Pittman, “A infidelidade pode não ser a pior coisa que um parceiro faça ao outro, mas é com certeza a mais perturbadora, desorientadora e consequentemente, a mais capaz de destruir uma relação”.

Tenho ficado cada dia mais preocupada com as conseqüências que a infidelidade esta gerando na vida dos filhos. Os pais que traem jamais irão saber o que passa na mente dos filhos que vivenciam essa influência. Além da quebra pelo respeito da figura de autoridade, isso abre portas para esse sofrimento se repetir em gerações futuras, além da falta do exemplo que é quebrado em casa, que não recupera a admiração daquele que se tinha antes. O estrago é real.

Percebo, no entanto, que alguns padrões de interação entre o casal, acabam formando campos férteis para a traição. Vou citar alguns deles, para que pessoas em geral, possam se prevenir desse mal, tentando assim, evitar sofrimentos futuros:

 

1 – A falta de intimidade e o distanciamento emocional

Este padrão pode se desenvolver com o passar dos anos, caso o casal fica cego quanto aos sentimentos e as necessidades um do outro;

2 – Evitação de conflitos

Aqui o casal luta para manter uma paz aparente, mas não falam de suas verdadeiras insatisfações.

3 – Conflitos freqüentes;

4 – Vida sexual insatisfatória ou ausente;

5 – Desequilíbrio de poder

Relacionamentos que não dão abertura para negociação das diferenças e impera geralmente a vontade de somente uma pessoa.

6 – Idéia equivocada de que o parceiro jamais faria isso (porque sente segurança demais na relação).

Fique atento a essas dicas, mas acima de tudo, lembre-se que os atos que você tem para com seu cônjuge nos dias de hoje, refletirão diretamente nos dias de amanhã.

Imagine uma noiva prestes a chegar no dia de seu casamento! Ela não vê a hora de entrar no altar; já repassou todos os preparativos da festa, um dia antes verificou as flores, fez a mala para a lua de mel e finalmente, chega o grande Dia! Seu coração bate forte, as trombetas tocam, a porta se abre, a noiva entra e quando fita o olhar no noivo, ela tem uma surpresa: O noivo está de bermudas! Não só está de bermudas, mas de chinelo, com palito nos dentes e como se não bastasse, com ramela nos olhos.

A moral da história?

Todos nós corremos o risco de sermos “o noivo de bermudas”, se não estivermos prontos para manter nosso relacionamento afetivo. “Você está preparado(a) para manter quem você ama, apaixonado(a) por você?”

Se você pensa que sim, então porque tem tempo para tantas outras prioridades e investe somente o “resto” do seu tempo para curtir um momento a dois? É o resto do dia, o resto do fim de semana e por aí a lista continua.

Para se ter qualidade em uma relação, há de se ter investimento na quantidade de tempo e isso não tem haver com o quanto o outro faz por merecer; isso tem a ver com sua capacidade de manutenção de vínculo emocional.

Fico cada dia mais admirada com casais que percebem isto sozinhos, antes mesmo de sofrerem o impacto do congelamento emocional. Um tempo a sós não significa sair uma vez no ano, no dia do aniversário de casamento. Pessoas que escolhem uma noite na semana para jantar juntos, que priorizam as quartas-feiras para ir ao cinema, casais que entendem que se morressem hoje seriam facilmente remanejados no trabalho e com o tempo seriam esquecidos, mas dentro da família, seu lugar seria insubstituível.

Você sabia que a maior influência que você passa ao seu filho não virá de seu papel como pai ou mãe, mas sim de suas atitudes como marido e mulher? Pois é! Isso se comprova em estudos, através da influência cerebral que isso exerce, pois aumenta a segurança e a autoconfiança dos mesmos, prevenindo-os de complexos de inferioridade e insegurança. Um exemplo disso, é quando o marido viaja e traz um presente para as crianças e se lembra se sua esposa, nem que seja com um bombom. Mudanças familiares ocorrem, mas as regras nos relacionamentos quem faz somos nós.

Qualquer relacionamento afetivo vence uma tempestade e um inverno emocional, mas cada dia que passa me convenço de uma verdade incontestável: Nos tempo atuais, dificilmente um casal conseguirá sobreviver a relação, se não dedicar um tempo a sós, pois a distância pode ser tanta que é capaz deles não mais conseguirem se enxergar.

Por isso meu amigo(a), trate de se pré-parar para ser a noiva ou então, se contente com as conseqüências de viver com o noivo de bermudas!

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