Pais de filhos pequenos

Encorajados pela idéia de construir uma família, chega uma hora em que os casais decidem dar aquele passo importante e começar uma família…e lá vão eles pelas Cataratas do Niágara. Requisitar a própria infância é como um remédio: faz bem a você, mas nem sempre o gosto é bom. Criar filhos nos coloca numa jornada de desenvolvimento pessoal, excitante e assustadora – ela corresponde a nada menos do que uma completa revisão da sua própria personalidade, pois obrigatoriamente, os filhos vão fazer os pais crescerem.

A primeira lição que nossos filhos nos ensinam é a humildade. Nessa hora, as coisas nem sempre acontecem como planejadas, a culpa nem sempre é de alguém e a felicidade está em sermos flexíveis para lidar com improvisos.

Reciclagem? Mas isso não tem a ver com latinhas de alumínio?

Todos nós carregamos uma bagagem oculta na infância e quando chega nossa vez de exercer esse papel, nos planejamos de forma que nem sempre sai como gostaríamos.  Queríamos ser calmos, mas acabamos perdendo as estribeiras. Queriamos ser carinhosos, mas acabamos cansados.  Começamos a dizer e a fazer coisas que jamais imaginariamos fazer e então, nos sentimos ainda pior!

As necessidades das crianças são muito grandes no inicio e vão diminuindo com o passar do tempo. Ambos os parceiros precisarão manter rituais de carinho num período em que o sono será interrompido,o divertimento será reduzido e a hora de fazer amor será mais difícil de chegar. Nessa hora, é importante tomar o cuidado de separar formas e momentos para assegurar um ao outro que vocês ainda se amam.

                  De outro modo, a paternidade e a maternidade equivalem a ter a chance de viver uma segunda infância. Se as etapas que seu filho esta atravessando, tiverem em estado inacabado, irão chamar a sua atenção continuamente até que vocês as resolvam dentro de si mesmos para, então, poder ajudar seu filho a resolvê-las também.

Felizmente, a s crianças possuem grande robustez mental e são capazes de suportar algumas asneiras. Como afirma a terapeuta Susan Lane “É preciso realmente muito esforço para desestruturar uma criança”, mas o recado para nós pais dessa frase, é que temos mais de uma chance para acertar.

Somente quando tive em meus braços uma criança que era fruto da minha própria criação, compreendi o sentido da vida. Até então, eu estava voltada somente para minhas próprias necessidades. Minhas filhas me fizeram viver, colaboraram para eu sair de um universo adulto e voltar a ter emoções de uma criança. Quando paro para pensar no bem que elas me fazem, penso em como eu estaria se elas não existissem. “Em um mar de egoísmo, seria certamente, minha infeliz constatação”.

Fazer esta reciclagem é necessário para reencontrar a própria essência!

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