JOVENS PRECISAM SER RACIONAIS NA ESCOLHA AFETIVA

A juventude é marcada por um período recheado de fortes emoções. Devido aos hormônios tudo é vivido com intensidade, desde o ato de provar um bolo de chocolate até de curtir os tons graves das músicas favoritas. Momentos onde todos os acontecimentos ganham

uma proporção maior do que merecem, pois quando um jovem fica feliz, ele realmente celebra a fel i c idade e quando as frustrações batem a porta, aquilo é vivido de forma onde parece que o mundo acabou.

            Em meio a esse rico universo de emoções, há também outra característica que carimba esse período: a impulsividade – e esta, por si só, não é tão favorável assim. A impulsividade pode ser responsável por fazer um jovem bater a porta em meio a uma briga, se embriagar sem controle devido a uma decepção amorosa e até tomar decisões precipitadas que tenderão a ter reflexos negativos para o resto de suas vidas… E aqui é que entra o título desta matéria.

Estou tristemente impressionada com a quantidade de casais “recém-casados” se divorciando. Esta prática infelizmente é compatível os resultados dos pesquisadores de família, que tem comprovado que o índice de separação entre casais nos primeiros sete anos está em segundo lugar (o que a duas décadas atrás, estava em penúltimo). Meu objetivo, no entanto, não é ficar  dando dados de pesquisa e nem explicar o por que isso ocorre, mas tenho um desejo gigante dentro de mim de fazer esses jovens serem mais racionais na hora de escolher alguém para casar. Imaturamente, muitos ainda são levados pela impulsividade de escolher alguém pelo nome que a família possui ou porque a pessoa escolhida é alguém belo(a) ou popular. Outros ainda são movidos pelos sentimentos de posse, do tipo “se não ficar comigo também não ficará com mais ninguém” e pior do que isso, são aqueles que escolhem casar porque o ciclo de amigos ao redor estão todos se casando. Que preço alto pagarão por mergulharem nesta ilusão.

Parece paradoxal o que vou escrever, mas escolher alguém para casar não tem nada a ver com uma escolha emotiva, mas deve ser criteriosamente racional. Digo que é paradoxal, pois amor parece estar mais ligado a emoção, mas não. Escolher o outro para casar é você fazer com que a razão e a emoção estejam em consonância. Ser racional na escolha afetiva é você avaliar como é o comportamento do outro, da mesma forma como se fosse comprar um produto. Parece uma idéia um pouco fria, mas de fato deve ser.

Vou dar uma dica que poderá fazer a diferença na tomada de decisão: sempre antes de casar a pessoa deixará rastros de como vai ser no futuro. Isso quer dizer que se um jovem frequentemente se excede na bebida nas baladas, não é porque vai casar que isso mudará e depois não adianta dizer para parar de beber porque isso já era visto antes do casamento. Outro ponto fundamental: antes de casarem, o casal deve definir seus papéis e funções.

Isso quer dizer que precisam diligentemente decidir como irão administrar o dinheiro, quem cuidará da casa, quem será responsável por cada coisa, pois geralmente a família de um, fazia de forma diferente da família de origem do outro. Isso poupará o casal de muitas brigas desnecessárias. Meu caro jovem, não deixe que a intensidade linda desta fase seja manchada pela impulsividade de uma escolha precoce. Amar e construir uma vida a dois é algo maravilhoso, mas na hora certa, com uma pessoa sensata e de forma amadurecida. Fazendo isso, vocês certamente irão contemplar a recompensa que uma escolha bem pensada pode te oferecer.

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