sentimento

Ao longo de nossa vida passamos necessariamente por diversas perdas, sejam elas emocionais ou materiais e para sofrermos menos com esses momentos, é preciso compreender melhor a verdadeira causa da dor.

Toda dor da perda não advém absolutamente da perda em si, mas o que realmente causa dor dentro de nós é o nosso apego que temos em relação aquilo. Quanto mais apegados a algo, maior é o sofrimento, pois a dor da perda é proporcional ao tamanho do apego.

Todos nós temos apego em maior ou menor intensidade por algo, mas não podemos deixar com que esta seja a causa da nossa infelicidade. Se uma mãe é muito apegada aos objetos da sala de estar de uma casa, por exemplo, ela pode impedir que seus filhos possam usufruir do espaço necessário para brincar. Se uma pessoa for muito apegada a beleza e ao corpo, terá mais dificuldades de encarar a terceira idade onde a vaidade não é mais uma prioridade e isso é resultado do nosso apego.

Há aqueles que se apegam aos bens materiais e na eventualidade de sua perda ou destruição é como se perdessem a própria motivação de viver. Há também quem se apega desesperadamente a sua profissão ou status e qualquer sinal de perda nesta área, os deixam verdadeiramente deprimidos.

Mas o apego mais notável é aquele que se tem por alguém. Embora tão ou mais importante que os anteriores, com muita freqüência aquilo que tem a aparência de um grande amor é, na verdade, um disfarçado sentimento de apego e isso é lindo.

Há, no entanto, o apego bom e o apego ruim. O bom é aquele direcionado a alguém que você ama e o ruim é quando você transforma apego em posse. Apego que se iguala ao amor real (e não a posse) é aquele capaz de soltar, jamais de prender. Somente assim se estará verdadeiramente bem com o outro e se ele se for, a dor vêm mas a pessoa se recupera, porque o vazio foi ocupado pela certeza de um amor verdadeiramente vivido.

Mas isso não ocorre quando confundimos amor com possessividade. Alías, não é a toa que usamos tanto o pronome possessivo em nossas frases. Quem é dominado pela posse, tem dificuldade em entender o que é amar, além de interpretar qualquer atitude como desvalorização ou desinteresse. É claro que ninguém gosta de perder, mas quanto mais imaturo for a pessoa, mais tendência terá de construir relacionamentos baseado na posse.

É por isso que precisamos ser intensos no ato de amar e não perder tempo com pormenores. A posse é um sentimento egoísta que visa o bem estar próprio e não do outro e nem da relação.

E honestamente: Não dá para viver assim. Viver com o mal apego, sem a alegria estampada no rosto que é tudo o que mais merecemos e sermos enganados pelo egoísmo inútil de uma relação de posses.

Temos compromisso com a felicidade e quanto mais nos apegamos aquilo que é bom, menos tempo teremos para nos desapegar do que é ruim.

Essa é a história de João: Homem bonito e saudável, bem sucedido e apresentável. Terminou seu trabalho na sexta a noite e estava voltando para casa. “Lar, doce lar!” Mas ao chegar percebe que a casa está quieta, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta e ninguém a sua espera. Ele se sente sozinho e tem a tristeza como companhia. A primeira coisa que lhe passa a mente, é sair e encontrar os amigos para ver se o vazio diminui; mas ele mesmo percebe que não, a medida que o domingo chegou e nada de diferente aconteceu – a solidão continuava lá. Será esta, a forma mais sábia de lidar com esse sentimento? E aí, o que fazer?

Por outro lado, tem a história da Maria: Vai para casa e está com uma série de “pepinos” para resolver. Problemas conjugais, filhos para dar conta, trabalho acumulado e o que ela mais deseja é alguém para desabafar e confortá-la: mas não dá: a pessoa que ela mais almeja atenção é o marido que por sinal não lhe dá ouvidos, pois tem outras prioridades e aí vem o pior de todos os sentimentos ao se sentir só: a solidão a dois.

Permita-me dizer-lhe uma coisa: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem em relação a esse sentimento.

No caso específico de Maria, podemos afirmar que a solidão nasce em um relacionamento, a partir do momento em que os abraços, o carinho e o afeto se perdem. É quando o relacionamento deixa de ser alimentado e a troca de experiências não é mais algo prioritário.  Acaba sendo predominante somente as insatisfações do que o outro está deixando a desejar, e nisso, esquecemos também de avaliar qual a nossa contribuição de fazer com que essa situação permaneça.

Na situação de João, podemos considerar que talvez esteja sozinho de tantas dores já vivenciadas no passado. Já sofreu tanto com tristezas anteriores que prefere “parecer” inatingível em seus sentimentos.

Deixo um aviso para os muitos Joãos que há por aí: generalizar que todas as pessoas vão lhe causar sofrimento é o mesmo que arriscar-se a perder a grande oportunidade de um bom relacionamento. Para ele, a solidão é um refúgio de sabor amargo, do qual pensa que estar consigo mesmo pode não ser uma boa e acaba achando que estar com os amigos vai fazê-lo afastar-se do que lhe angustia.

Mas e você: É João, é Maria ou tem outro nome:Como se comporta a sua solidão? Hoje fazemos de tudo para mantê-la afastada: entramos no carro e já ligamos o som, chegamos em casa e vamos direto para a televisão, estamos sozinhos e ligamos para alguém. Não suportamos o silêncio, pois ele pode refletir exatamente o que temos dentro de nós: um vazio existencial. Os remédios que muitos tomam para eliminá-la, sem perceber a atraem ainda mais, como beber descompassadamente e trocas casuais e insignificantes de companhia. Medidas como essas de substituição não são eficazes no distanciamento do vazio que a solidão gera…

O melhor jeito de administrá-la é conhecê-la. Assim poderá ver que ela pode ser boa quando lhe convir e sair para dar uma voltinha quando você não a desejar.

Aprenda isso! As coisas são conforme o nome que damos a elas. Se chamo minha solidão de inimiga, ela assim o será.

Você pode transformá-la no que quiser; em um monstro, uma formiga ou um leão esperando abocanha-lo(a). Porém, não finja que ela não existe. É seu olhar que vai torná-la sua escrava ou sua aliada! Ouse descobrir!

Quando surgem assuntos ligados a área afetiva, o interesse sempre aparece e este fica maior ainda quando se trata de entender o que se passa na mente de uma pessoa com síndrome de Don Juan, ou seja, de alguém sedutor(a) ao extremo. É bom ficar esperto(a) para não cair na deles, caso contrário, o sofrimento pode ser garantido.

Tanto homens quanto mulheres podem apresentar essas características e é por isso que é preciso se informar. Lembre-se que ninguém consegue mudar um Don Juan, a não ser que ele faça terapia, por livre e espontânea vontade. Então, fique atento:

– O(a) sedutor(a) faz de tudo o que está ao seu alcance para obter a conquista da pessoa que está investindo, que quase sempre é uma pessoa impossível. A partir do momento em que o alvo se entrega para a relação, os Don Juans abandonam seu alvo, sem o menor sentimento de culpa e não se sentem mal de ver o outro sofrer. Isso acontece porque o alvo deixa de ser um desafio e passa a “ficar na palma da sua mão”, o que faz com que eles se desinteressem pela relação e partam para outra.

– O foco do portador do Don Juan é a conquista (não o relacionamento) e é por isso que fazem o tipo “Pessoa Ideal”. Você jamais verá um Don Juan se entregar totalmente para uma relação, pois ele teme a entrega, apesar de parecer totalmente o contrário, pois eles surpreendem nas demonstrações de afeto, vivem fazendo ligações, trazem presentes, enviam torpedos o tempo inteiro, fazem surpresas, levam a lugares românticos, além de serem especialistas em captar as carências das pessoas. Geralmente desligam até o celular quando estão na presença de seus alvos.

– Como eles tem o desejo de seduzir o tempo todo, o desafio deles aumenta principalmente quando a presa de seu interesse, tem uma situação proibida, podendo ser casada(o), freira(padre), irmã da namorada, filha de algum amigo, etc… Se mesmo assim, o alvo não sede, eles ficam ainda mais obstinados e interessados.

– Eles tendem a olhar o alvo de conquista como um troféu em suas mãos, exibindo-se para os amigos(as) de seus alvos e do poder que tem para agarrar sua presa.

– A característica mais marcante é que eles amam muito mais a si mesmos do que a qualquer pessoa conquistada. A maioria deles não constitui família com nenhum dos alvos e muitos acabam vivendo para sempre com suas mães.

– A pessoa não suporta levar um “não”, foge quando se sente controlada na vida.

– Peter Lee, um dos grandes estudiosos dessa síndrome, afirma que por trás de um homem (ou mulher) poderoso(a) e inabalável, como demonstra a figura de um Don Juan, pode se esconder um ser infeliz, que não consegue se livrar desse ciclo, além de não conseguir manter nenhum relacionamento estável e duradouro, acabando sentindo-se só. É por isso que a conquista só serve para melhorar sua sensação de segurança pessoal e elevar sua auto-estima. Há quem defenda que todo Don Juan tem uma acentuada imaturidade afetiva, pois sua constante troca nos relacionamentos e medo de assumir compromissos normais com pessoas maduras, são indícios que isso se comprova.

Agora que você já sabe como identificar o perfil de um Don Juan, fique alerta para não cair no seu jogo. Há muitas pessoas sendo levadas por essa armadilha e não percebem o quanto estão sendo usadas. Independente de você ser casado, noivo, namorado ou qualquer outra definição, lembre-se de que ninguém está livre de se atrair por uma pessoa assim.

Você ficará assustado(a) com as inúmeras conseqüências que lerá sobre os filhos que se sentem rejeitados pelos pais. A propósito, muitos pais nem imaginam que seus filhos se sentem assim e é por isso que estes devem estar sondando esses sentimentos de tempos em tempos nos filhos, para não terem os problemas emocionais que poderiam ser evitados.

Inquestionável é a diferença de personalidade de um filho que sente este amor com doses diárias de afeto, daquele que sente veladamente o sentimento  de ser deixado de lado. Eu diria sem medo de errar, que grande parte dos problemas de crianças, adolescentes e adultos, tem como causa, a raiz de rejeição carimbada em seu inconsciente.

A impressão desse sentimento, pode acontecer tanto pela percepção dos filhos na convivência com os pais, como na convivência com os irmãos, quando um deles detecta que o irmão é mais preferido do que outro.

Pais que rejeitam seus filhos ainda no ventre, quando desejam o bebê de um sexo e a criança nasce com outro ou até mesmo que contém uma das características já escritas no parágrafo anterior, podem apresentar as seguintes tendências:

– Descuidos com a alimentação;

– Excesso de fumo, álcool, drogas, tranquilizantes e soporíferos;

– Tendência a acidentes pequenos e leves descuidos consigo mesmo;

– Traços de desobediência;

– Tendência a ser mais retraído que outras pessoas da mesma idade;

– Agressividade, mesmo na ausência de alguém que provoque;

– Obesidade;

– Dificuldades escolares;

– Notas baixas;

– Desatenção escolar, entre outros.

Quando a rejeição ocorre ainda no ventre da mãe, essas hipóteses se confirmam pelo sistema endócrino e do hipotálamo, que por sua vez, atuam sobre a vascularização e oxigenação uterina, interferindo diretamente no bebê, que capta essa rejeição.

Quando a rejeição ocorre somente no ventre, mas depois do nascimento, há uma maior aceitação por parte do(s) pai(s), sem dúvidas as consequências são diminuídas, mas quando a criança sente rejeições até seus doze anos, aí sim, podem ficar seqüelas emocionais para toda vida.

Teóricos acreditam que essas pessoas ficam presas a uma aspiral de rejeição, tendo vários outros comportamentos inadequados para fazerem os outros a rejeitarem, pois elas mesmas não se sentem dignas de amor. Esse ciclo vai se repetindo e se a pessoa não procura ajuda, ela não consegue sair desse redemoinho sem fim.

É por isso, que a cada dia eu me convenço mais de que aquela frase conhecida por todos, é muito verdadeira: “Permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor, mas a maior de todas elas, porém, é o amor”.

Se a rejeição pode provocar todos esses sintomas, imagine o poder e a força que o amor não tem para cura-las. Demonstrações reais de afeto curam qualquer tipo de ferida emocional.

Você sabia que neurologicamente o ser humano nasce apenas com dois tipos de medos? O medo de barulho e o medo do desapego (abandono). Isso nos convida a pensar que muitas vezes alimentamos medos irreais, que ocupam um espaço imaginário e dominante na nossa mente e nas nossas condutas diárias.

Mesmo sabendo que maioria dos medos são descartáveis, não podemos classificá-lo como uma emoção completamente prejudicial. Seria incorreto pensarmos assim, pois o medo existe para tentar nos proteger de situações ameaçadoras. Se você não tivesse medo de morrer, por exemplo, seria pouco provável que olhasse para os dois lados da rua quando fosse atravessá-la; da mesma forma se você não tivesse medo de errar no trabalho, pois teria comportamentos displicentes e irresponsáveis, sem o menor sentimento de culpa. Aconteceria o mesmo ainda, se você não tivesse medo de perder seus filhos, pois do contrário, o cuidado dos pais seria pouco supervisionado.

o medo negativo tem um perfil diferente, pois é aquele que tem um amigo inseparável chamado ansiedade e um não atua sem a presença do outro. Com ambos no comando, eles destroem oportunidades, acabam relacionamentos, impedem os outros de se desenvolver e geram inseguranças que se a pessoa não cuidar, o medo os faz de escravos… e olha que o problema não acaba por aí: O medo aparece através de várias facetas e uma delas é tentar convencer ao outro a acreditar em suas mentiras: “Você é um rejeitado!”, “Ninguém te dá valor”, “Ele não te ama mais!” “Você é muito ansioso e não vai agüentar essa situação”, “Será que aquilo que eu tanto espero não vai acontecer?”, “Serei um bom(a) pai/mãe.” e aí a listinha de incertezas vai ganhando forças a cada dia. Agir de acordo com as regras impostas pelo medo, representa viver escravo de si mesmo, negligenciando toda oportunidade de felicidade, pois medo e felicidade não combinam.

Devemos utilizar o nosso medo ao nosso favor. Se você não tiver medo de perder seu(sua) companheiro(a), você provavelmente não faria muitas coisas para manter a conquista diária do relacionamento e o contrário também é verdadeiro, pois se você der ouvidos ao seus medos, é capaz de você estragar toda uma relação construída a tempos, por causa de ciúmes e posse, que são pensamentozinhos pequenos que invadem sua mente sem pedir licença e se instalam lá dentro, sem o mínimo de respeito por você.

O medo não é algo fácil de ser gerir, principalmente quando este encontra-se na fase ativa. Acredito que o maior objetivo não está no ato de não senti-lo, mas no quanto deixamos de desfrutar a parte boa da vida, devido os medos imaginários que alimentamos.

Quando eu era criança, lembro me que todas as vezes que eu brigava com as minhas irmãs eu percebia que elas sempre tinham uma resposta na ponta da língua que acabava com meus argumentos. Um dos meus grandes desejos, era um dia responder como elas, que eram rápidas e deixavam todo mundo sem respostas.

Não quero dizer que eu esteja estimulando as brigas entre irmãos, mas a verdade é que elas acabam trazendo alguns benefícios. O ato de lidar com as diferenças entre eles é que os ensinará a lidar com as diferenças de personalidade dos outros no futuro.

Certa vez perguntaram para um pesquisador, por que irmãos brigam tanto e ele respondeu: “Todos os filhos de seres humanos e filhotes de animais (com exceção do porco-espinho) adoram correr, rolar pelo chão e lutar entre eles. Isso melhora seus reflexos e prepara para a vida real. Um filho que luta com seu irmão(ã) ou mesmo um animal que faz o mesmo, tem mais probabilidade de sobreviver as hostilidades do mundo adulto.”

Para os pais, ao menor sinal de desentendimento, o primeiro impulso é agir como as Nações Unidas, tentando pacificar. Em geral, o filho que mais reclama é o que mais tem culpa e a intervenção pacificadora pode até trazer alguns momentos de paz, mas este pode ser curto. A questão é que, vendo que conseguem atenção, os irmãos se sentem tentados a provocar novas brigas.

Mas como lidar com as brigas entre irmãos?

– O estabelecimento de limites não impede as disputas, mas, pelo menos, os combatentes ficam sabendo até onde podem ir. Dar um de juiz não dá certo, por isso, quando vierem a você com reclamações, não julgue. Em vez disso, pergunte: Como vocês irão resolver esse problema?

– Ignore pequenas disputas. Selecione as discussões aparentemente mais preocupantes para intervir.

– Quando os filhos estão em harmonia, pontue a eles a satisfação que isso provoca: “Gosto tanto quando vocês brincam juntos assim…”

– Quando as brigas estão freqüentes demais, atribua pontos ou estrelinhas as horas passadas sem disputas. Elogie-os por isso, mas não exalte aquele que é mais pacífico ou recompense quem mais colaborou, pois isso só provocará ainda mais disputa. O ato de se dar bem, não é mais do que obrigação mútua.

– Aquela velha estratégia de mãe, quando tira o brinquedo ou desliga o computador, por incrível que pareça é a técnica mais eficaz para acabar as disputas.

– Quem quebrar um objeto pertencente ao outro vai ter que pagar o conserto, substituir o brinquedo com a própria mesada ou até mesmo, oferecer em troca algo de valor equivalente.

– Se nada funcionar, deixe os dois por algum tempo em cômodos diferentes.

Atenção: Pode acontecer de uma criança nutrir sentimentos inaceitáveis de ressentimento e vingança em relação ao irmão(ã). Isso vai além da rivalidade normal entre irmãos e exige a intervenção de um profissional.

A maioria das pessoas sente culpa quando precisam dizer “não”. Muitas dessas pessoas temem desapontar alguém, magoar, provocar antipatias e até conflitos, pois quando intimamente pensam “Não, eu não quero!”, por fora dão um sorriso simpático verbalizando aquele fatal “Está bem! Eu vou!”. Há, contudo, muitas formas de dizer “não” e continuar sendo agradável.

Primeiramente, vamos entender por que você precisa dizer não?

1- Porque todos os dias somos confrontados por forças externas, que consomem nosso tempo e desorganizam nossa rotina. Com a falsa promessa de acelerar nossa vida, muitos dizem “sim” para tudo, o que acaba criando mais tumulto e confusão. Dizer “não” é uma forma de reduzir a lista de tarefas e criar um espaço de calma que é necessário na vida moderna. Isso não é mais luxo, mas se tornou uma necessidade.

2- Não se trata somente de uma questão de agradar a si próprio, mais em qualquer relacionamento ou situação, a necessidade de dar limites ao próprio “eu” é imprescindível para o bem estar emocional. Limites nas redes sociais, limites de trabalho, parar um tempo para pensar, desligar-se de tudo nos fins de semana, são apenas alguns exemplos que o auxiliam a manter-se sóbrio nas idéias e nas tarefas diárias.

Ceder demais para tudo, pode representar um estupro emocional a si próprio.

Observe algumas estratégias para você parar de dizer “sim”, quando quiser dizer “não”:

* Faça pequenas tentativas: Para desenvolver coragem suficiente para dizer “não” com elegância, comece com os pequenos ensaios que não representam ameaça para pessoas que você não terá dificuldades, como dizer a sua melhor amiga que não quer ir ao restaurante com ela. Aos poucos vá ampliando seu campo de atuação, desafiando-se em situações mais complicadas.Quanto mais usá-las, mais a vontade vai se sentir com você mesmo.

* Você não precisa justificar: Sentimo-nos forçados a justificar nosso “não” com uma explicação detalhada, quase sempre inventada. As respostas do whatts app justificam esta questão. Acrescentamos detalhes que raramente são necessários e quanto mais informações específicas você der, mais chances você tem de se dar mal. Quando você afirma: “Lamento, mas não poderei ir” ou “Infelizmente tenho um compromisso”, você transmitirá firmeza e decisão, sem escorregar nas palavras.

* Ficar com você mesmo, já é um compromisso: Muitas pessoas se sentem constrangidas ao recusar um convite quando não tem outro agendado; sentem vontade de passar a noite em casa, mas se esquecem que fazer isso já é um plano. Você deve se incluir na sua agenda e entender que estar com você e com as pessoas que você ama é realmente um grande compromisso.

* Considere os muitos “nãos” que você já recebeu: Todos nós já levamos muitos “nãos”, sendo na área afetiva, na familiar ou profissional. Sua própria habilidade de passar por isso não te fez uma pessoa pior e é prova que todos podem suportar muitos tipos de “nãos” e continuar tocando a vida para frente. Portanto, não presuma que você vai causar danos sérios quando diz “não”, porque pode ainda ser beneficiado.

* Ganhe tempo: Se você não lembra de nenhuma dessas citações acima, execute pelo menos essa, pois assim você ganha tempo e vai poder resolver a maioria dos casos. Por exemplo: Deixe-me consultar meu esposo para ver se não temos compromisso, ou, preciso ver minha agenda e te ligo depois.

Você pode dizer “não” sem se comprometer, mas o principal: Sinta-se livre! Seu sentimento de liberdade interno já é um bom termômetro para saber quando se deve dizer “não” e quando se deve dizer “sim”.

Seus dias parecem voar! O tempo parece correr rápido demais e você, por mais organizado(a) que seja, fica quase doido(a) para conciliar tantas coisas em um só dia. Você sempre procura dar o seu melhor, mas mesmo assim, sente-se como se fosse um pato, sendo o único animal que anda, nada e voa, mas não consegue fazer nada direito.

De presente, você ganha dois brindes: Um deles é a sensação de impotência e o outro é o sentimento de culpa por não ter conseguido gerenciar as coisas para deixar tudo certo para as semanas vindouras.

O que? Eu escrevi “deixar tudo certo?” Como é possível deixar “tudo” certo, se o melhor que você faz no trabalho, faz você se sentir culpado(a) por não dar a assistência que gostaria na sua casa? E/ou se por melhor que você se doe em casa, faz com que você não sinta que produziu como gostaria no trabalho? É como se não tivéssemos outra opção, além de escolhermos sentir culpa ou insuficiência. É um dos dois ou ambos? E aí, qual deles você vai querer?

A cada dia que passa, penso que de incompetentes nós não temos nada. Nós somos “o máximo!

Vamos usar o exemplo dos homens: Eles tem quinhentas coisas para fazer, uma família para gerenciar, colégio, plano de saúde, uma pilha de contas a pagar e mesmo no sufoco, eles apertam de um lado, tiram de outro e, sabe lá Deus como, sempre dão um jeitinho de resolver os “pepinos”, até começar tudo de novo, no mês seguinte.

E as mulheres que fazem tudo ao mesmo tempo? Atendem ao telefone, tiram a carne do freezer, anotam o que falta para as compras do mercado, separam as brigas dos filhos, dão orientação para a secretária do lar, sem contar as fezes, que precisam sair rápido para não perder a vez (desculpe, mas é verdade. Eu brinco, mas as mulheres são campeãs de problemas de intestino preso, por não “terem tempo” para fazerem suas necessidades com calma).

Onde isso vai dar eu não sei, mas que nós somos O MÁXIMO, nós somos. Melhor do que ser o máximo é ser apenas humanos; não super-heróis. Super-heróis resolvem todos os problemas, o ser humano não. Super-heróis sempre dizem “amém” para tudo e todos, o ser humano não. Super-heróis não dormem e não descansam porque tem que trabalhar, o ser humano não.

Ah! Como é bom ser apenas um ser humano!…. Mas se mesmo assim você quer ser um “super-herói”, vá em frente, mas lembre-se que super-heróis fazem de tudo para salvar o mundo, mas acabam sempre sozinhos. Na hora que eles estão “quaaase” beijando a mocinha, eles são impedidos porque precisam resolver uma boa causa… eles estão “quaaaase” dizendo “eu te amo” e de repente, precisam sair “voando”… Eles ficam sempre no “quaaase” e nisso a vida vai passando.

Por isso, meu amado leitor, não tenha receio de fazer duas coisas na sua vida:

1 – De dizer “não” de vez em quando.

2 – De não se sentir culpado por ter dito “não”.

Sartre dizia que mesmo se escolho não fazer nada, já estou escolhendo fazer alguma coisa.

É por isso que encerro fazendo um brinde imaginário a todos nós….que somos humanos e heróis! Somos realmente demais!

 

A agressividade manifestada pelas crianças, nada mais é, do que a forma que elas encontram manifestarem um sentimento de impotência em não conseguirem lidar com emoções específicas, como medo, frustração, raiva, entre outros.

Os pais, do contrário, não tem essa leitura no momento e por também não saberem o que fazer, se esquecem de ajudar a traduzir o sentimento da criança, independente se ela vai (ou não) receber castigo. O ato de tocá-los de forma firme e amorosa na hora crítica, sendo este, certamente é um dos fortes tranqüilizantes na condução das situações.

Hoje falaremos especificamente, sobre técnicas lúdicas que os pais podem acionar para desviar o clima de tensão no ar e saber transformá-los em momentos de distração, caso a briga se transmite para um irmão, amigo ou conhecidos.

Observe a orientação de alguns autores:

 

– BRINCANDO DE BRIGAR

Você tem percebido que seu filho tem acessos constantes de raiva? Transforme a briga em algo lúdico e estabeleça a brincadeira de brincar de brigar. Isso se faz quando você desvia o motivo da raiva, inventando outra razão para discussão e pede que ambos possam inventar um motivo diferente e finjam que estão brigando por aquilo. (Ex: O filho só fica provocando o irmãozinho mais novo, porque só ele que pode usar as canetinhas para pintar. Você pede que eles inventem outro motivo de briga e fala que ambos tem quatro minutos para fingirem que estão brigando. Podem começar!

 

– TROCA DE PAPÉIS

Esta técnica auxilia-os a treinar a habilidade de empatia diante de uma situação ameaçadora. O adulto pede para que cada criança entre no lugar da outra e cada uma irá defender seu ponto de vista, sem o outro ironizar, desrespeitar ou diminuir os sentimentos pessoais.

 

– POÇÕES MÁGICAS

Toda criança gosta de se sentir com super-poderes e elas apresentam ótimos resultados quando isso acontece. A mãe deverá fazer um “teatro” para explicar que vai fazer uma poção mágica (obviamente saudável), como suco de frutas, com raspas de limão, cereja e outros…e irá deixar em um lugar da geladeira para ela tomar todas as vezes que estiver precisando controlar suas emoções. Fazendo isso, você fará igual o espinafre do Popeye, ou seja, irá ativar sua força o que irá auxiliá-la. É importante salientar, no entanto, que a poção deve ser algo saudável, não chocolate, guloseimas ou bolachas.

 

– TÉCNICA DE REAÇÕES INVERSA DOS PAIS

Quando as crianças não fazem o que os pais pedem, os pais podem combinar de no dia seguinte não fazer o café, não deixar a mesa arrumada ou coisas afinis. Após o nível de tensão da criança ter aumentado, os pais aparecem e perguntam como a criança se sentiu quando viu que os pais não fizeram suas tarefas e seus combinados?

 

– TÉCNICA DO ESPELHO

Você começa a imitar o que a criança está fazendo. Se caso ela reclama em voz alta, coloca as mãos entre a cintura e faz cara feia reclamando, o adulto repete o mesmo comportamento, sem ser irônico(a). Isso é ótimo, pois eles percebem como se comportam diante dos fatos e que a birra não é uma forma inteligente de resolver um problema.

Aproveite as dicas e mãos a obra!

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