mulher

É natural que todo casal passe por tempos juntos e tempos separados no dia a dia. Quando se revêm no final do dia ou mesmo num encontro, é importante reconhecerem que não estão reencontrando as mesmas pessoas que deixaram naquela manhã ou na semana anterior, mas podemos descobrir quem ela é “agora”.

Parece algo bobo, mas a pergunta “Como você está?” vem carregada de vários significados, dos quais precisamos explora-los mais do que se possa traduzir.

Grande parte dos casais descobre que às vezes passam semanas ou mesmo meses sem fazer essa pergunta com uma escuta honesta. Servir o jantar e um cálice de vinho em um dia habitual de segunda-feira, deveria ser uma prática constante dos casais equilibrados, sem que esta pergunta soasse como educação ou força do hábito.

Moldamos-nos a realidade que nos cerca pelo que optamos perceber. Se você estiver passeando de carro e estiver com fome, só irá perceber os restaurantes. Se estiver viajando com saudades dos filhos, só enxergará bebês e crianças por todo o lado. Assim funciona com os casais também. No que você quer prestar atenção em seu parceiro ou em seus filhos, isso começara a crescer.

Todo parceiro é ao mesmo tempo, belo e feio, dependendo de como o enxergamos. Cada criança é um gênio e infantil, dependendo do que você quer olhar.

Um romance para ser mantido satisfatoriamente, necessita ver constantemente o companheiro como um estranho… pois fazendo isso, conseguimos perceber suas micro modificações diárias… seus sentimentos e mapear suas emoções.

Se quiser, pode até comentar:

– “Uau, é maravilhoso conversar com você assim…Há tempos não fazemos isso!”

Será, então, bem provável que seu parceiro responda algo parecido, com:

– “Obrigado. É bom para mim também”

Desenvolva o hábito de reprogramar a vida de casal para esta maneira.

A verdade mais profunda, é que beleza e juventude soam irrelevantes. Envelhecer e alcançar um conhecimento mais pleno de si mesmo, finalmente nos deixa no ponto em que o amor é realmente possível. Fazendo isso, poderemos descobrir que tudo não termina com a chegada das primeiras linhas no rosto. Ao contrario, pode ser que com a idade tudo esteja apenas começando, pois é ali que conhecemos nossa própria força, capacidade e desenvolvemos uma flexibilidade quanto aos desafios da vida.

Quando alguém vê a felicidade entre um homem e uma mulher que ultrapassaram o estado de estarem apaixonados e já se encontram além da zona de guerra, verá neles a cumplicidade de um olhar calmo e tranqüilo. Por isso, mude sua forma de enxergar a pergunta mais simples do mundo “Como você está?” e explore-a com a profundidade do qual ela merece.

Você provavelmente é uma pessoa cheia de compromissos, com agenda lotada e com uma série de coisas para resolver. Conversa com muitas pessoas, atende bem a outras e as coisas estão indo conforme o planejado. Seu salário não dá para reclamar e nessas horas tudo o que você faz quando pára e pensa é: “Ótimo! Estou feliz!”

Imagine, no entanto, se tudo isso acabasse do dia para noite. Se as pessoas parassem de te procurar, seu tempo começasse a ter intervalos de ociosidade e você percebesse que não estava com a bola toda. Medos que nem lembrava mais que tinha passassem a te perseguir, além de que a sua fama de “Super Incrível”, poderia ser substituída pela de “Mister Invisível”.

O que iria sobrar de toda essa glória? Para onde iria todo seu esforço e sua fama?

Seu poder na vida um dia pode acabar, mas provavelmente nesta hora lhe restará duas, três ou quatros pessoas muito importantes que estarão ao seu lado – sua família.

Se isso acontecesse, você se arrependeria de ter dado pouca atenção aos filhos, de não ter desfrutado melhor da sua vida com a mulher ou o homem que você ama e todos seus conceitos atuais seriam reavaliados. Você iria olhar para seu passado e se lembrar da simplicidade que tinha seu coração e da humildade de como tudo começou.

Você e seu cônjuge eram mais jovens e cheios de sonhos. O que almejavam foi se realizando, mas a vida foi te engolindo e sem que dessem conta, você mesmo ficou mais insensível – não porque queria, mas pelas próprias circunstâncias.

É nesta hora que me remeto aos três porquinhos e pergunto que tipo de casa você está construindo:

É de palha? Onde sua dedicação ao trabalho é impecável, mas sua casa é sempre deixada em último lugar e você ainda justifica dizendo que faz isso para o bem de todos.

É de madeira? Onde você parece o Adam Sandler, no filme “Click”. Você sabe que sua família deve estar na lista da suas prioridades, mas luta arduamente para primeiro ter estabilidade financeira e uma segurança pessoal e depois quer usufruir tudo o que tem com sua família? Cuidado, pois não são todas as casas de madeira de resistem ao sopro do lobo mal.

Ou sua casa é de material? Onde você se preocupa com a questão financeira e com seu trabalho, mas entende que a noite e nos fins de semana, seu foco é completamente familiar.

Quem opta por construir uma casa de material, certamente não será pego por um vendaval ou tempestade, pois os alicerces foram bem estruturados.

Entenda que na vida, confiar na segurança que será sempre estável, é o mesmo que alimentar uma ilusão. Sua vida começa a decair no exato momento em que você troca “humildade” por “orgulho”.

No final, todos nós somos como o orvalho que aparece em um dia de frio, mas com a mesma velocidade que aparece, também some. Nossa vida é assim e tudo acontece muito rápido, mas lembre-se que quando os aplausos forem embora e quando as noites frias chegarem, sua família estará lá …. ao seu lado e não vão te deixar sozinho!

Há muitos anos atrás eu vi um livro do Gary Chapman que falava das quatro estações que o casamento passa. Não cheguei a ler o livro todo, mas entendi o recado quando ele disse que todos nós passamos por verões, primaveras, outonos e até invernos existenciais na vida afetiva. Difícil mesmo, é quando o casal se percebe congelado em um frio afetivo sem medidas, onde ambos sentem que os flocos de neve congelam até os sentimentos. Não sentem necessidade de investirem em tempo juntos, não ligam mais para a opinião do outro e até mesmo os beijos deixam de ser freqüentes. Mas o que deve ser feito para recuperar a força da relação?

Antes de mais nada, é necessário esclarecer algo que muitos confundem. As pessoas em geral, pensam que o amor é um sentimento, mas não é. Ele é muito mais do que isso – é uma decisão. Se você pautar seu amor nas alegrias que vive, você dirá que nos dias felizes está amando porque tudo está bem e quando vocês brigam ou estão com raiva é porque não sabem se amam mais um ao outro . Se alegrar e amar implica em uma decisão, ou seja, muitas vezes você terá tempestades e dias frios, mas não quer dizer que deixará de amar o outro por causa disso. Quando você DECIDE amar, essa decisão independe das circunstâncias, porque você automaticamente escolheu, decidiu amar aquela pessoa. Quando isso acontece, você fecha os espaços para um possível voto de infidelidade e até mesmo de pensar em separação, porque simplesmente fez sua escolha de viver a vida na alegria e na tristeza, na saúde e na doença com a pessoa que um dia foi sua escolha. Isso é um mito que precisa ser desfeito.

Mas voltando a pergunta inicial: Como podemos recuperar os “verões” da vida a dois?

A primeira atitude necessária para as chamas se reascenderem é o casal constatar junto o vazio em que se encontram, sem perderem tempo em culpabilizar um ao outro. Nesta hora, doses extras de maturidade são importantes, pois é o momento em que o casal assume que estão necessitando retomar algumas ações, mesmo que estejam sem vontade.

Em um segundo momento, é salutar ver que se o casal tentou reaproximação, mas mesmo assim a relação ficou travada, é porque lá no fundo eles não estão vendo a relação como uma prioridade. Nesta hora é importante analisar se os filhos, os afazeres, o trabalho ou coisas extras não estão tomando mais espaço do que a relação a dois. É importante para os filhos saberem que o pai e a mãe tem o “dia do namoro”, pois assim eles crescem mais seguros.

Em terceiro lugar, o casal precisa fazer uma revisão do que falta para restaurar as ações, antes já vividas. É nesta hora em que é bom voltarmos no tempo onde tudo estava bem e lembrarmos das coisas que fazíamos anteriormente e que por motivos de forças maiores, deixamos de fazer: Temos dado menos risadas, temos estado menos afetivos um com o outro, precisamos tirar mais tempo para falar de nós dois ou de sair mais juntos? Você que está lendo essas palavras pode ser usado(a) como um instrumento para produzir isso no seu relacionamento, comentando essas soluções com seu ou sua parceiro(a).

De atenção a esses três pontos: Constatar juntos, priorizar a relação e fazer um levantamento de atitudes que precisam ser retomadas. Isso irá reaproximando o casal, onde dentro de alguns meses se sentiram reavivados novamente. Que os adolescentes sejam nossos professores quando olhamos seus exemplos e vemos que eles nunca deixam o amor em segundo plano. Amar é uma escolha.

Lembro-me de uma aula que tive na primeira especialização, onde a professora dizia que os casais tinham que cuidar para não deixar a relação deles parecida com a de seus próprios pais. Com a prática clínica, comecei a lidar tanto com isso que percebi como era forte essa influência, pois a grande maioria repetia os mesmos padrões da família de origem, sem ao menos perceber. Isso se retratava nos momentos onde ambos brigavam e um dizia para o outro: “Você está igualzinho ao seu pai” e “Você é a cópia da sua mãe!”

Duas dúvidas me inquietavam a mente: Por que a maioria dos casais que viam os pais errarem, repetiam os mesmos atos negativos? E o mais importante: Como sair desse ciclo, de forma que todos os casais possam viver bem?

Um dia consegui me responder isso sozinha.

Um casal só consegue se dá realmente bem, quando eles não desempenham nem a relação dos sogros, nem de seus próprios pais, mas sim, deles mesmos. Isso parece muito simples, mas é incrivelmente profundo se você parar para analisar. Isso deve ocorrer independente dos modelos serem bons ou ruins.

Lembro-me de um dia quando me casei, houve na noite em que meu marido e eu sentamos na sala, pegamos um papel e separamos em duas partes: Em uma delas nós escrevemos quais coisas boas nos queríamos “manter” da nossa família e na outra escrevemos as coisas nós queríamos “fazer diferente” dos nossos pais. Cada um escreveu sobre suas próprias famílias e eu mal tinha noção o quanto aquilo foi bom para construção da nossa vida a dois.

Conforme o casal define isso, eles criam uma identidade própria da relação, o que os faz se afinarem ainda mais e se darem melhor, pois se programam a escrever suas próprias histórias e não ficam reféns do passado.

Quando casamos, levamos para a nova vida uma bagagem contendo todos os valores, medos, crenças e idéias que aprendemos. Ao juntar um ao outro, essas bagagens são misturadas e abertas, o que influenciará diretamente na vida do casal. Quando o casal consegue se desprender dos defeitos da relação conjugal dos pais, eles estão atestando sua maturidade emocional e escolhendo viver uma vida diferente daquela já vista, independente se foi um bom ou mal exemplo.

Isso significa que não é porque alguns filhos viram seus pais falarem mal um do outro ou brigarem na frente deles que vocês vão achar isso normal e fazer o mesmo. Do mesmo modo que não é porque os pais passaram por uma separação conjugal que os filhos precisam repetir a mesma história, bem como não é porque não se via os pais ficarem juntos um do outro, que a pessoa vai achar que isso é natural.

É inegável a influencia exercida por esses modelos, mas cabe a cada pessoa um exame interno para tentar não se autoboicotar e repetir episódios semelhantes. Ignorar fatos ruins não resolve o problema, mas perceber que ela existe e lutar contra a repetição é uma forma sábia de conduzir sua própria vida.

Se você está lendo esta matéria e percebe que ela não se aplica a você, pois teve bons exemplos, então sinta-se privilegiado por ter vindo de uma família estruturada e lembre-se que tudo o que você está mostrando a seus filhos é o que eles tenderão a repetir no futuro. Tenham consciência deste legado!

Você já sabe que homens e mulheres são diferentes e isso talvez justifique algumas discussões. Também já leu vários livros sobre o assunto e chegou a conclusão que a comunicação é o melhor caminho para viver bons momentos, sendo que isso basta para que tudo lhe vá bem, certo? Errado.

É verdadeiro a afirmativa que todos querem ser felizes na área afetiva e que todo conhecimento pode ajudar, mas não lhe oferece a garantia de se livrar de problemas conjugais. De fato, alguns casais já aprenderam que conversar ajuda amenizar as dores emocionais, mas o que muitos não perceberam, é que podem ser escravos de uma armadilha onde só ficam unidos quando tem algum problema ou alguma dor para resolver. No momento em que tudo vai bem, ambos se distanciam, cada um vai para o seu mundo e só quando aparece outro problema, ambos se unem novamente.

Imagine como se cada casal tivesse sua própria dança. Uns tem seu relacionamento parecido com uma valsa, onde a leveza e o companheirismo são as características chaves da relação. Outros tem seu relacionamento similar ao tango, onde o que os une é a sensualidade e os picos súbitos de paixão. Há outros ainda, que se assemelham com uma lambada, onde a prioridade é curtir a vida, aproveitar os momentos felizes e só viver de festa.

Obviamente que um pouquinho de todos, resulta em uma ótima receita, mas quando você mistura no liquidificador doses cavalares de companheirismo e amor, com boas pitadas de sensualidade e duas colheres bem cheias de diversão, aí sim, vocês estão bem. Se acrescentar a isso uma música lenta para curtir doses extras de carinho, o que mais você quer da vida?

Casais que se unem pela dor, infelizmente não percebem que dançam moda sertaneja. A música pode ser uma delícia enquanto o casal se concentra nos “dois pra lá” e “um pra cá”. Neste momento, ambos estão unidos e compenetrados, mas quando já fizeram o que tinha que fazer, cada um passa a seguir seus próprios passos.

Quer exemplos da vida prática? Casais com este perfil não percebem que a briga é o fator que mais os une. Parece loucura, mas é verdade. Se não fosse elas, a relação não sobreviveria (o que é uma pena).

São casais que passam a maior parte do tempo empenhados em resolver problemas, sendo de ordem conjugal, uma doença, um problema de família e por aí vai. Nesta hora um auxilia ao outro, mas quando tudo começa a ficar bem, ambos se afastam… até que outro problema os una outra vez. Nesses casos, o lema de vida é: “Até que a felicidade nos separe!”

Mas Karine, e se eu quero dançar valsa e meu cônjuge sertanejo? Eu sempre quero paz e ele(a) vive querendo briga?

Sinto informar, mas não há como isso acontecer. Todos os casais (sem nenhuma exceção) vivem inconscientemente os mesmos compassos de uma dança. O maior problema não está no casal (nele ou nela), mas sim na forma como eles se relacionam.

Por que isso acontece? Porque vieram de famílias onde os próprios pais tinham relacionamento conturbado e mal resolvido (implícito ou explicitamente).

O que acontece com um casal que tem esse padrão? Geralmente eles tem filhos com problemas. Filhos são radares e detectam esse padrão inconscientemente.

Não deixe que a felicidade seja um real empecilho para vocês serem felizes! A felicidade deve ser uma constante, não uma raridade.

Leia a história verídica deste homem contando sobre seu casamento:

“Houve uma noite que segurei a mão da minha esposa e disse: “Tenho algo importante para te dizer. Quero o divórcio”. Ela simplesmente  perguntou em voz baixa: “Por quê?” Eu evitei responder, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres e gritou “Você não é homem!” Pude ouví-la chorando e eu não queria dizer que meu coração não pertencia mais a ela e sim a Jane. Eu sentia pena dela e naquela noite discutimos até altas horas. Me sentia culpado, mas no fundo estava aliviado.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois tinha passado o dia com a Jane. Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada a mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir. Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: Não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram que o nosso filho faria vestibular no outro mês e precisava de um ambiente propício para se preparar bem. Isso me pareceu razoável. Ela me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse no colo todas as manhãs como eu fazia no início do nosso casamento. Ela estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo e no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo “O pai está carregando a mamãe no colo!”

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava e percebi o quanto ela tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho.

Certa manhã, ela estava na frente do espelho e disse: “Todos os meus vestidos estão grandes para mim”. Eu então percebi o quanto ela havia emagrecido e fiquei com uma ponta de remorso. Ela carregava tanta dor e tristeza em seu coração. Instintivamente, eu toquei seus cabelos e nisso nosso filho entrou no quarto e disse “Pai, está na hora de você carregar a mamãe”. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns segundos. Eu enchi meu olho de lágrima e tive que sair de perto. Em seguida, a carreguei em meus braços, quando sua mão repousava em meu pescoço e nesta hora lembrei-me do dia do nosso casamento.

No último dia, fui comprar um buquê de rosas para minha esposa e voltando para casa naquela noite, fui direto ao nosso quarto onde a encontrei deitada na cama – morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio – tentando proporcionar ao nosso filho a imagem boa de nós dois juntos. Isso me deixou acabado.

Obs: Encontre tempo para ser amigo de sua esposa… É da amizade que o amor se sustenta!

Você sabia que quanto mais o homem recebe a valorização sexual, mas tendência ele tem de ficar carinhoso com a mulher? E quanto mais carinho a mulher recebe do marido, mais tendência ela tem de satisfaze-lo sexualmente? Isso é um ciclo que se alimenta de forma circular e os casais deveriam parar para prestar mais atenção nesses fatos. Certamente essa variável depende de outras influências externas, como a fase de vida, questões hormonais, o momento conjugal, entre outros, mas essa pesquisa feita por John Gottman, nos auxilia a entender o porque há períodos em que os casais ficam mais próximos um do outro e porque há outros onde há uma distância emocional maior entre eles.

Muitas mulheres reclamam que seus maridos não são carinhosos com elas, mas a primeira pergunta que se deve fazer nessas horas é: O que você tem feito para que ele seja carinhoso com você? Você tem procurado satisfaze-lo na área sexual? Tem procurado reconhece-lo como homem e nas coisas que ele faz? A mulher nem sempre sente o mesmo desejo sexual que o homem, mas não há dúvidas que isso é um dos fatores que aproxima o envolvimento emocional do marido com a esposa, fazendo com que ele a perceba mais.

Por outro lado, há também as reclamações dos maridos e uma pergunta pertinente aos homens seria: Você faz de tudo o que está ao seu alcance para poder agrada-la, dando lhe o carinho que a mulher tanto necessita para se sentir amada? Você sabe que o sexo não começa na cama, mas se inicia desde o bom dia, de uma ligação a tarde para dizer que a ama ou até um whatts app mostrando o significado que ela tem na sua vida?

Ao trabalhar com casais aprendo a cada dia, que tudo é complementar, ou seja, todo casal se merece e que toda moeda tem dois lados. A insatisfação pode esconder uma série de frustrações na relação e se algo não está bem na cama, é porque ambos podem precisar da desculpa, para não se manterem conectados emocionalmente. Se a mulher reclama que o marido não é carinhoso, é porque ela mesma pode estar desejando não ter uma aproximação mais intensa com ele (por mais absurdo que isso possa parecer). Se o marido reclama que a mulher não tem desejo sexual é porque inconscientemente ele mesmo pode não estar contribuindo para que ela o queira. Você pode estar lendo isso e pensando que é um absurdo essas idéias, mas quando se estuda a profundidade da mente humana, nada parece ser tão maluco ou lunático assim. Ninguém sabe o que pode estar por trás de um problema conjugal, mas nem vou aprofundar esse assunto porque é complexo e não daria para escrever sobre isso em uma só matéria.

Saliento, no entanto, que cada casal tem uma análise única e particular. Não se pode generalizar como se todos os casos conjugais fossem assim, mas a escolha do cônjuge se dá de forma muito mais profunda do que se pensa. Os casais não percebem, mas muitos deles precisam dos problemas conjugais na sua rotina, porque isso os distrai de viver a verdadeira satisfação emocional.

Imagine uma noiva prestes a chegar no dia de seu casamento! Ela não vê a hora de entrar no altar; já repassou todos os preparativos da festa, um dia antes verificou as flores, fez a mala para a lua de mel e finalmente, chega o grande Dia! Seu coração bate forte, as trombetas tocam, a porta se abre, a noiva entra e quando fita o olhar no noivo, ela tem uma surpresa: O noivo está de bermudas! Não só está de bermudas, mas de chinelo, com palito nos dentes e como se não bastasse, com ramela nos olhos.

A moral da história?

Todos nós corremos o risco de sermos “o noivo de bermudas”, se não estivermos prontos para manter nosso relacionamento afetivo. “Você está preparado(a) para manter quem você ama, apaixonado(a) por você?”

Se você pensa que sim, então porque tem tempo para tantas outras prioridades e investe somente o “resto” do seu tempo para curtir um momento a dois? É o resto do dia, o resto do fim de semana e por aí a lista continua.

Para se ter qualidade em uma relação, há de se ter investimento na quantidade de tempo e isso não tem haver com o quanto o outro faz por merecer; isso tem a ver com sua capacidade de manutenção de vínculo emocional.

Fico cada dia mais admirada com casais que percebem isto sozinhos, antes mesmo de sofrerem o impacto do congelamento emocional. Um tempo a sós não significa sair uma vez no ano, no dia do aniversário de casamento. Pessoas que escolhem uma noite na semana para jantar juntos, que priorizam as quartas-feiras para ir ao cinema, casais que entendem que se morressem hoje seriam facilmente remanejados no trabalho e com o tempo seriam esquecidos, mas dentro da família, seu lugar seria insubstituível.

Você sabia que a maior influência que você passa ao seu filho não virá de seu papel como pai ou mãe, mas sim de suas atitudes como marido e mulher? Pois é! Isso se comprova em estudos, através da influência cerebral que isso exerce, pois aumenta a segurança e a autoconfiança dos mesmos, prevenindo-os de complexos de inferioridade e insegurança. Um exemplo disso, é quando o marido viaja e traz um presente para as crianças e se lembra se sua esposa, nem que seja com um bombom. Mudanças familiares ocorrem, mas as regras nos relacionamentos quem faz somos nós.

Qualquer relacionamento afetivo vence uma tempestade e um inverno emocional, mas cada dia que passa me convenço de uma verdade incontestável: Nos tempo atuais, dificilmente um casal conseguirá sobreviver a relação, se não dedicar um tempo a sós, pois a distância pode ser tanta que é capaz deles não mais conseguirem se enxergar.

Por isso meu amigo(a), trate de se pré-parar para ser a noiva ou então, se contente com as conseqüências de viver com o noivo de bermudas!

Será que essa estória se assemelha com histórias de casais?

Havia numa floresta, uma borboleta e um cavalinho. Eles não tinham praticamente nada em comum, mas o tempo fez com que eles se aproximassem e criassem um elo.

A borboleta era livre e voava passeando pela floresta, enfeitando o céu com sua presença. O cavalinho, porém, era limitado, pois não era um bicho solto. Certa vez colocaram um cabresto sobre ele e ele teve sua liberdade cerceada.

A borboleta tinha muitas amizades vindas de todos os animais da floresta, mas o que ela gostava mesmo era de ficar fazendo companhia para o cavalinho; Não por pena, mas por afeição, dedicação, carinho e companheirismo. Assim, todos os dias, ela ia visita-lo e quando chegava levava um coice do cavalo, mas depois vinha um sorriso.

Todos os dias o cavalo insistia para que a borboleta o ajudasse a carregar o seu cabresto, pois era muito pesado. Ela, no entanto, fazia tudo o que podia com carinho, mas nem sempre conseguia pelo fato de ser uma criaturinha tão frágil.

Os anos se passaram e em uma manhã de verão a borboleta não apareceu para visitar o seu companheiro. Ele, porém, nem percebeu sua falta, pois estava focado em tirar o cabresto das costas. Assim foi um dia, mais outro dia e quando chegou o inverno, o cavalinho sentiu-se só e finalmente, percebeu a ausência da borboletinha.

Resolveu sair do seu canto e foi caminhando a procura dela, observando todos os cantinhos onde ela poderia estar se escondendo, até que de repente, apareceu um elefante e perguntou quem ele era e o que estava fazendo por ali.

– Eu sou um cavalo com um cabresto e estou a procura de uma borboletinha!

– Ah, então você é o famoso cavalinho?

– Famoso? Eu?

– Pois é, eu tinha uma amiga borboletinha que falava muito de você.

– Essa que procuro, é uma borboletinha alegre, sempre sorridente. Todos os dias ela visitava os seus amigos na floresta, enquanto ia passear.

– Ah, então é dela mesmo que estamos falando. Você não soube o que aconteceu? Ela morreu já faz muito tempo.

– O que? Ela morreu? Como assim?

– Pois é, veja só: Alguns dizem que ela ia todo dia visitar um cavalo, assim como você, mas ele sempre dava-lhe um coice quando a via. Ela chegava com marcas horríveis na pele e todos perguntavam quem tinha feito aquela malvadeza para ela, mas ela não contava, pois ela queria falar das visitas boas que tinha feito naquelas manhãs e era ali que ela falava de você.

Nessa hora o cavalinho já estava caindo no choro de tanto de arrependimento e tristeza. “Mas ela nem mandou me chamar?”, perguntou o cavalo: “Todos nós pensamos em te chamar, mas ela não queria porque dizia que você tinha coisas mais importantes para fazer e situações muito maiores com o que se preocupar.”

  Moral da história: Nós podemos ser cheios de cicatrizes das feridas que nos causaram um dia, mas há algumas marcas que podem ser irreversíveis. Cuide de seus pais, seus filhos, seu(sua) esposa(o), pois você também pode estar machucando pessoas sem perceber as marcas que está deixando.

Você sabia que a maior influência que você passa ao seu filho, não virá de seu papel como pai ou mãe, mas sim de suas atitudes como marido e mulher? Pois é! A qualidade do relacionamento entre pais e filhos exerce menos influência no cérebro da criança e do adolescente, do que as atitudes que o esposo tem com a esposa e vice-versa. Isso aumenta a segurança e a autoconfiança dos filhos, prevenindo-os de complexos de inferioridade e insegurança. Você pode ser a melhor mãe do mundo ou até o pai mais “herói” do universo, mas se sua relação de esposo e esposa sempre está indo de mal a pior, então é melhor rever seus conceitos.

Filhos exigem certas necessidades que precisam ser atendidas, mas isso é muito diferente do que centralizar sua existência em função deles. Atender as necessidades filiais é saudável e necessário, mas viver no filhocentrismo é pedir para arranjar sarna para se coçar. Os pais não devem suprir todas as necessidades dos filhos, simplesmente porque o mundo não vai girar em torno do umbigo deles e isso não os prepara para os desafios da vida.

Mudanças ocorrem, mas as regras nos relacionamentos quem faz somos nós. Para isso, se o marido sai para viajar e sempre traz um presentinho para as “crianças de 23 anos”, então, lembre-se de trazer também para a esposa, como sinal de carinho. Se a esposa vai ao mercado e traz uma guloseima para agradar aos filhos, porque não lembrar de trazer um pequeno petisco para o maridão, como sinal de ter se lembrado dele?

Antes de vocês serem pais, vocês são marido e mulher, ou será que isso ficou esquecido? O que você acha que seus filhos irão reproduzir ao longo da vida: um modelo familiar estruturado ou viver somente relações descartáveis. De onde será que eles tiraram essa idéia? Por acaso é influência só do mundo afora? Não existe influência sem causa.

Filhos são presentes de Deus e excedem a qualquer medida de valor, mas nunca podemos esquecer que eles só existem, devido ao produto de relacionamento entre um homem e uma mulher. Se por acaso, você tinha uma noite de namoro por semana antes dos filhos nascerem, retome isso o mais rápido possível. Caso não tinha, comece agora e isso independe da idade em que eles se encontram.

Lembre-se pais: Vocês não precisam sair de casa sempre para namorarem sozinhos. É importantíssimo os filhos saberem, desde pequenos, que os pais gostam de ficar um tempo juntinhos, pois isso os ensina a repetirem o mesmo padrão, além de que eles precisam respeitar esse espaço. É por isso, que antes de sermos pais, somos seres humanos, com necessidades e desejos. Quando vocês respeitam os de vocês, eles também, certamente o farão.

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