frustrações

Não é fácil quando nos deparamos com as frustrações.  Sem dúvida, em algum momento de sua vida, você já se sentiu desmotivado. Seja no lado afetivo, no seu papel como pai/mãe, como profissional ou até naquela dieta que você já iniciou pela nonagésima vez. Há momentos onde a vida parece andar em “slow motion” e nessas horas, parece que nem força temos para prosseguir, mas é aí que devemos parar tudo o que está ao nosso redor e dizer “calma”, “eu preciso ter paciência com as situações”.

Quando sonhamos com algo ou projetamos expectativas que acabam não dando certo, é comum as desvantagens superar as vantagens de continuar lutando. Nessas horas, o sentimento mais predominante é a rebeldia e o ressentimento. Afinal, foram tantas buscas de solução, que não tem algo pior do que a sensação de não ter vencido.

Ruim mesmo é quando nos deixamos dominar pelas decepções. Tristezas e reviravoltas todos nós sabemos que iremos e temos que enfrentar, mas quando elas acontecem de fato, aí tudo parece um teste para saber como nós lidamos com as adversidades. Esse teste é ainda mais forte quando ocorre algo que está fora do seu controle, ou seja, quando algo está na mão de algo ou de outra pessoa para resolver e você não pode fazer nada.

Qual foi a última vez que se sentiu derrubado por algum acontecimento? E como foi que você reagiu, quando tudo deu certo? Pois é, nós temos memória curta para as vitórias que já conseguimos superar. Se você se lembrou de qual foi sua última decepção, perceberá que de uma forma incrivelmente mágica, você conseguiu vencer, sem ao menos perceber. Talvez foram coisas que hoje você nem considere tão importante, mas você conseguiu e isso que é importante. Muitos não se lembram como foi difícil dar um laço no cadarço do tênis e hoje é uma tarefa tão simples que nem damos valor.

Muitos se perguntam: “Por que comigo?”, mas eu te pergunto: “Por que não com você? Porque você acha que as decepções não podem acontecer com você?” Os obstáculos nos aperfeiçoam.

As coisas não saíram conforme o planejado? Paciência.

Me esforcei de todas as maneiras e não consegui o que queria? Paciência.

Estou me sentindo impotente? Paciência, apenas tenha paciência. Não gostamos que as coisas sejam assim, mas não tenho outra escolha a não ser aceitar o ocorrido e seguir em frente.

Prestou atenção no que leu? Está escrito: “Aceitar” e “Seguir em frente”. “Aceitar” porque diante de uma frustração, não há muito o que fazer a não ser se conformar com o ocorrido, pois sua indignação não irá mudar o resultado das coisas e “seguir em frente” deve ser seu novo foco, pois ficar remoendo o que já passou só deixará as coisas piores ainda. Seguir em frente, esquecer o passado e recomeçar, continua sendo a escolha mais inteligente que você pode fazer. Todas as situações são temporárias!

É comum as pessoas exaltarem somente a importância da mãe na educação dos filhos, mas hoje você irá saber qual é a real diferença que um pai faz na vida dos mesmos. O envolvimento do pai propicia o desenvolvimento de competências diferentes no cérebro das crianças, sobretudo na área das relações sociais.

Segundo as teorias feitas por John Gottman, sustenta-se que toda criança precisa realmente de um pai, mas nem todo pai serve. O verdadeiro pai é aquele que é um preparador emocional, ou seja, aquele que está emocionalmente presente, capaz de confortar a criança quando está triste, que não é excessivamente crítico e emocionalmente frio, mas que está por dentro do dia da criança, sabendo os nomes de amigos, do que eles brincaram e como foi ter ido mal na prova da escola.

Me aprofundei nas pesquisas científicas sobre a importância da figura paterna e veja só o que descobri:

– Os pais podem influenciar os filhos de uma maneira que as mães não conseguem, especialmente no que diz respeito ao relacionamento da criança com os colegas e seu desempenho na escola.

– Pesquisas indicam, por exemplo, que meninos com pais ausentes tem mais dificuldade de encontrar equilíbrio entre a afirmação da masculinidade e o autocontrole.

Consequentemente, eles tem mais dificuldade de aprender a se controlar e a lidar com as frustrações, sendo essas, características que adquirem importância cada vez maior a medida que a criança cresce.

– As meninas cujos pais são presentes e interessados, são menos propensas a cair precocemente na promiscuidade sexual e mais propensas a estabelecer relacionamentos saudáveis com os homens quando se tornam adultas.

– As crianças cujos pais tinham dado mais carinho, tinham relacionamentos sociais melhores.

– Os bebês de cinco meses do sexo masculino que tinham contato com os pais, estranhavam menos as pessoas e eram bebês que se atiravam mais no colo de pessoas estranhas do que aqueles cujos pais não eram tão envolvidos. Esses bebês quando tinham um ano, perceberam que choravam menos quando deixados com um estranho.

– Constataram que as crianças de três a quatro anos, onde os pais brincavam em sessões de vinte minutos por dia e nas brincadeiras havia contato físico, os filhos eram mais populares com os colegas. Esse mesmo estudo comprovou algo curioso e significativo: Esse mesmo índice de popularidade era baixíssimo naqueles filhos cujos pais eram autoritários e críticos nas brincadeiras, pois eram crianças que tinham medo de se expor ao colegas, por acharem que iriam analisar seus defeitos.

– As crianças que foram humilhadas pelos pais costumam ser mais difíceis. Acabam sendo mais agressivas com os amigos e geralmente são os que se saem pior na escola, com alguns sinalizadores de violência e delinqüência.

– A interação mãe/filho também é importante, mas verificaram surpreendentemente que comparada com a relação do pai, o contato com a mãe não fazia prever com tanta certeza o sucesso ou o fracasso da criança na escola e com os amigos. Agora que você já sabe disso, use, abuse e explore essas informações!

João cobra Maria que ela só dá atenção para os filhos e nunca faz algo que o agrada. Maria, por outro lado, reclama que João só pensa em trabalho e que nunca mais a levou jantar em um lugar romântico. Ambos reclamam um do outro, dizendo praticamente as mesmas coisas: Não existe mais carinho, você vive me cobrando das coisas que eu não faço e todas as minhas atitudes erradas se agigantam, como se eu não fizesse nada certo.

Pergunto a você: Qual está sendo o maior erro desse casal?

A resposta é simples: O título já responde a questão.

Quando uma pessoa deposita todas suas expectativas em esperar do outro, um ato de carinho, essa pessoa corre o grande risco de sofrer frustrações. Não estou dizendo que não devemos criar desejos saudáveis nos relacionamentos (como querer um perfil de pessoa amorosa, companheira, carinhosa), mas quando a cobrança começa a fazer parte da vida de um casal, pode ter certeza que ambos irão se desgastar emocionalmente para resolver seus problemas…. se é que irão resolver.

Quer um exemplo metafórico de como funciona uma relação onde impera a cobrança? Imagine que ambos são como pulgas. Ao invés de cada um se preocupar em fazer seu próprio trabalho, ambos ficam perdendo tempo em sugar um do outro coisas que acabam tirando ainda mais a força do relacionamento. É por isso que a cobrança esmaga a espontaneidade.

O exemplo acima dado pela Maria, ela reclamaria a João que ele não a leva para jantar, mas se caso ele a convidasse, era capaz dela dizer:

_ “Agora eu não quero. Você só está me convidando porque eu falei, não por ser algo natural..” (mas pelo menos ele a está convidando, não acha?)

Ser espontâneo e sem cobranças de como o outro deve (ou não deve) se comportar, garante a liberdade e a maturidade de duas pessoas em um relacionamento.

Isso não significa que não devamos dar ao outro indicativos de que ele possa melhorar, mas isso é muito diferente do que fazer cobranças exageradas, sem garantias de sucesso (pois o máximo que pode acontecer, é a pessoa melhorar por um tempo, mas voltar a fazer as mesmas coisas que você não gosta posteriormente, pois a mudança é temporária)

Há poder naquilo que você diz – e no que você não diz.

Tente a experiência de deixar de cobrar ou criticar seu cônjuge por um semana e veja que vai reproduzir um impacto interessante em seu relacionamento.

Grave isso: Se críticas e cobranças dessem resultados para relacionamentos darem certo, não haveria ninguém com problemas afetivos. Tente estratégias que dêem resultado ou então, pare de reclamar da escolha que você mesmo(a) fez, pois além de esmagar a espontaneidade, você corre o risco de acabar com o restinho de amor que possa existir.

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