dificuldades

Vou te contar uma história que talvez você nunca mais esqueça.

Apresento-lhe a vida de uma família onde o maior sonho do pai, da mãe e dos três filhos era fazer um cruzeiro marítimo. Eles só tinham um problema: O pai era assalariado, a mãe não trabalhava fora de casa e somente dois irmãos tinham emprego, mas ganhavam muito pouco para poder ajudar com os custos.

Houve uma noite onde todos se reuniram e um compartilhou com o outro o quanto eles gostariam de viajar, pois não haveria sonho que superasse a alegria de fazer uma viagem em alto mar, com todas as maravilhas que pudessem contemplar. O sonho era tão profundo que o pai esperançoso levou a sério a conversa e decidiu:

_ Pessoal, nós não temos dinheiro, mas vamos trabalhar unidos para conseguir dinheiro e quando fizermos um caixa que cubra os gastos, nós realizamos esse sonho.

Todo mundo pulava de alegria e até o caçula que era mais preguiçoso se propôs a fazer bico de trabalho para também ganhar dinheiro e acelerar o processo da viagem. Por fim, todos se focaram e se esforçaram dias e dias, até que em nove meses conseguiram todo o valor que precisavam.

_ Só tem um “porém”, disse o pai. “Nós já arrecadamos todo dinheiro do cruzeiro, mas não temos como pagar comida para comer naqueles restaurantes chiques. Se vocês querem ir, teremos que fazer bolachas em casa e levar para comer todos os dias.”

– Mas isso não é problema para nós, pai! Nós nos contentamos com qualquer coisa, desde que realizemos este sonho. (E lá fizeram vários potes de bolachas para levar na viagem até que finalmente chegou o grande dia e foram sorridentes para o porto).

No primeiro dia, eles ficaram tão extasiados e felizes com aquela descoberta, que mal perceberam que estavam comendo bolacha no café, no almoço e na janta.

Segundo dia, a mesma coisa, pois o que importava era a diversão.

No terceiro dia, a bolacha começou a pesar, pois comer só aquilo em todas as refeições do dia, ninguém merece.

Quarto, quinto e sexto dia, já estavam quase desanimados.

O pai, entristecido e humilde, sentiu seu coração apertado por não conseguir pagar o que desejava a sua esposa e filhos e então resolveu dizer a todos para se arrumarem que naquele último dia, ele lhes pagaria tudo o que eles quisessem comer, mesmo que ele se endividasse.

Quando foram ao refeitório, desfrutaram tudo que tinha para comer até não agüentarem mais. Quando o pai foi pedir o valor da conta, a garçonete lhe diz:

_ Me desculpe meu Senhor, mas todas as refeições já estão inclusas no preço do cruzeiro. O Senhor não precisa pagar por nada que consome aqui.

Moral da história: Muitas vezes nós comemos “bolacha” quando perdemos tempo com coisas insignificantes na vida. Assim como aquela família não aproveitou o que tinha de melhor na viagem, muitos não aproveitam realmente o que a vida pode proporcionar porque supervalorizam as dificuldades, discussões impensadas e mágoas retidas. A vida é como uma viagem que não pode ser repetida, porque o que já foi, já foi e você tem o direito de viver com todos os créditos da felicidade, porém se submete a contentar-se com as ansiedades temporárias da vida.

Ouvi essa história quando era criança e nunca mais esqueci. Espero que você possa leva-la com você com a mesma mensagem subliminar que ela passa. Não perca tempo com pormenores. Temos urgência em ser feliz e isso começa quando você deixa de comer “bolachas”.

Quando o assunto é ansiedade, as pessoas já associam a agitação, impaciência e pressa. Há tantas coisas para se fazer no dia, que tudo precisa ser feito com urgência, sem erros e sempre rápido, mas o que as pessoas não percebem, é o quanto de sensações deixam de experimentar na vida, só por causa da interferência da ansiedade.

Há uma frase de algum famoso, que penso ser esta a melhor definição para a palavra ansiedade: “O pior sofrimento é aquele que antecede” e acho que isso se encaixa totalmente com a realidade de uma pessoa ansiosa. Ela fica tão ocupada com os pensamentos ansiógenos que deixa de curtir tudo o que está a sua volta. Observe:

– Uma pessoa ansiosa, está sempre com a cabeça no futuro. Se a situação que está por vir for boa, ela fica ansiosa (porque tem algo muito bom para acontecer). Se a situação que está por vir é ruim, ela fica ansiosa (porque tem algo negativo a sua espera) e ela não consegue se desligar daquilo até que a situação aconteça. Quando ocorre, ela transfere sua ansiedade para outras preocupações e passa a ficar ansiosa por outro motivo que irá mante-la ocupada com aquilo, alimentando assim um ciclo vicioso sem fim.

– Você já viu uma pessoa ansiosa comer? Ela não come, apenas engole a comida. O indivíduo fica tão focado na conversa do almoço, no que terá que fazer depois ou nas coisas que precisa organizar para o dia de amanhã, que quando menos percebe, ela devora um prato inteirinho de feijoada sem ter percebido o mínimo do sabor da comida e sem contar que come com tanta pressa, que não chega a dar 10 minutos de almoço (ou janta).

– Há tantas coisas circulando ao mesmo tempo na mente do ansioso, que se ele for a um compromisso, sua mente fica circulando muito além do ambiente, pensando no que poderia estar fazendo ou naquilo que ela deixou de fazer. Se sai de férias, a pessoa não percebe que esperou onze meses para os merecidos descansos, mas sua mente não desliga do trabalho e o indivíduo fica pensando nas milhares de coisas que precisa resolver quando voltar para casa. É incrível, não é?

O pior defeito de uma pessoa ansiosa é que ela não percebe que a vida está passando depressa e que sua ansiedade é completamente inútil, pois não oferece a ela nenhuma vantagem. A pessoa acredita na mentira dela mesma, pensando que está se preparando para algo que está por vir, mas não se atém a pensar que esse “algo por vir” pode nunca chegar, fazendo com que as frustrações tomem conta de seu dia a dia.

Por isso que na vida, tudo precisa ser curtido: O sabor de um sorvete, a maneira linda que o sol se põe todos os dias, o retorno dos passarinhos ao seu ninho no final da tarde, a suavidade do lençol encostando no seu corpo depois de um longo dia de trabalho, enfim, é preciso aprender a imprimir mais nas nossas mentes, o sabor das pequenas coisas do nosso dia. Fazendo esse exercício, a pessoa não imagina como sua ansiedade irá diminuir. Simplesmente porque está vivendo mais e pensando menos!

Não se esqueça: O pior sofrimento é aquele que antecede! Abraços!

Não é fácil quando nos deparamos com as frustrações.  Sem dúvida, em algum momento de sua vida, você já se sentiu desmotivado. Seja no lado afetivo, no seu papel como pai/mãe, como profissional ou até naquela dieta que você já iniciou pela nonagésima vez. Há momentos onde a vida parece andar em “slow motion” e nessas horas, parece que nem força temos para prosseguir, mas é aí que devemos parar tudo o que está ao nosso redor e dizer “calma”, “eu preciso ter paciência com as situações”.

Quando sonhamos com algo ou projetamos expectativas que acabam não dando certo, é comum as desvantagens superar as vantagens de continuar lutando. Nessas horas, o sentimento mais predominante é a rebeldia e o ressentimento. Afinal, foram tantas buscas de solução, que não tem algo pior do que a sensação de não ter vencido.

Ruim mesmo é quando nos deixamos dominar pelas decepções. Tristezas e reviravoltas todos nós sabemos que iremos e temos que enfrentar, mas quando elas acontecem de fato, aí tudo parece um teste para saber como nós lidamos com as adversidades. Esse teste é ainda mais forte quando ocorre algo que está fora do seu controle, ou seja, quando algo está na mão de algo ou de outra pessoa para resolver e você não pode fazer nada.

Qual foi a última vez que se sentiu derrubado por algum acontecimento? E como foi que você reagiu, quando tudo deu certo? Pois é, nós temos memória curta para as vitórias que já conseguimos superar. Se você se lembrou de qual foi sua última decepção, perceberá que de uma forma incrivelmente mágica, você conseguiu vencer, sem ao menos perceber. Talvez foram coisas que hoje você nem considere tão importante, mas você conseguiu e isso que é importante. Muitos não se lembram como foi difícil dar um laço no cadarço do tênis e hoje é uma tarefa tão simples que nem damos valor.

Muitos se perguntam: “Por que comigo?”, mas eu te pergunto: “Por que não com você? Porque você acha que as decepções não podem acontecer com você?” Os obstáculos nos aperfeiçoam.

As coisas não saíram conforme o planejado? Paciência.

Me esforcei de todas as maneiras e não consegui o que queria? Paciência.

Estou me sentindo impotente? Paciência, apenas tenha paciência. Não gostamos que as coisas sejam assim, mas não tenho outra escolha a não ser aceitar o ocorrido e seguir em frente.

Prestou atenção no que leu? Está escrito: “Aceitar” e “Seguir em frente”. “Aceitar” porque diante de uma frustração, não há muito o que fazer a não ser se conformar com o ocorrido, pois sua indignação não irá mudar o resultado das coisas e “seguir em frente” deve ser seu novo foco, pois ficar remoendo o que já passou só deixará as coisas piores ainda. Seguir em frente, esquecer o passado e recomeçar, continua sendo a escolha mais inteligente que você pode fazer. Todas as situações são temporárias!

Você ficará assustado(a) com as inúmeras conseqüências que lerá sobre os filhos que se sentem rejeitados pelos pais. A propósito, muitos pais nem imaginam que seus filhos se sentem assim e é por isso que estes devem estar sondando esses sentimentos de tempos em tempos nos filhos, para não terem os problemas emocionais que poderiam ser evitados.

Inquestionável é a diferença de personalidade de um filho que sente este amor com doses diárias de afeto, daquele que sente veladamente o sentimento  de ser deixado de lado. Eu diria sem medo de errar, que grande parte dos problemas de crianças, adolescentes e adultos, tem como causa, a raiz de rejeição carimbada em seu inconsciente.

A impressão desse sentimento, pode acontecer tanto pela percepção dos filhos na convivência com os pais, como na convivência com os irmãos, quando um deles detecta que o irmão é mais preferido do que outro.

Pais que rejeitam seus filhos ainda no ventre, quando desejam o bebê de um sexo e a criança nasce com outro ou até mesmo que contém uma das características já escritas no parágrafo anterior, podem apresentar as seguintes tendências:

– Descuidos com a alimentação;

– Excesso de fumo, álcool, drogas, tranquilizantes e soporíferos;

– Tendência a acidentes pequenos e leves descuidos consigo mesmo;

– Traços de desobediência;

– Tendência a ser mais retraído que outras pessoas da mesma idade;

– Agressividade, mesmo na ausência de alguém que provoque;

– Obesidade;

– Dificuldades escolares;

– Notas baixas;

– Desatenção escolar, entre outros.

Quando a rejeição ocorre ainda no ventre da mãe, essas hipóteses se confirmam pelo sistema endócrino e do hipotálamo, que por sua vez, atuam sobre a vascularização e oxigenação uterina, interferindo diretamente no bebê, que capta essa rejeição.

Quando a rejeição ocorre somente no ventre, mas depois do nascimento, há uma maior aceitação por parte do(s) pai(s), sem dúvidas as consequências são diminuídas, mas quando a criança sente rejeições até seus doze anos, aí sim, podem ficar seqüelas emocionais para toda vida.

Teóricos acreditam que essas pessoas ficam presas a uma aspiral de rejeição, tendo vários outros comportamentos inadequados para fazerem os outros a rejeitarem, pois elas mesmas não se sentem dignas de amor. Esse ciclo vai se repetindo e se a pessoa não procura ajuda, ela não consegue sair desse redemoinho sem fim.

É por isso, que a cada dia eu me convenço mais de que aquela frase conhecida por todos, é muito verdadeira: “Permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor, mas a maior de todas elas, porém, é o amor”.

Se a rejeição pode provocar todos esses sintomas, imagine o poder e a força que o amor não tem para cura-las. Demonstrações reais de afeto curam qualquer tipo de ferida emocional.

São tantas as “esquisitisses” dos casais da atualidade, que muitos se encontram perdidos, sem saber o que é saudável ou não em um relacionamento afetivo. Fala-se tanto sobre problemas conjugais, que o bom mesmo é saber identificar quando um casal é realmente equilibrado.

Fique atento a essas características para ver se você se encaixa:

– Casais equilibrados procuram dividir as funções. Nenhum dos dois fica sobrecarregado, porque a educação dos filhos, administração do lar, administração financeira entre outros, é tudo compartilhado de forma que fica agradável para o casal.

– Casais mais saudáveis sempre procuram criar momentos românticos para a relação. Mesmo quando não há tempo, não deixam de dar atenção aos esses detalhes, pois sabem que isso é a base para a manutenção de uma boa relação. Gostam de viver uma lua-de-mel, mas têm plena consciência de que na vida, tem hora para tudo.

– Casais mais equilibrados não deixam de falar sobre as coisas que incomodam. Mesmo quando o assunto não é sério, eles procuram conversar para não deixar “nada para trás” ou mal resolvido. No entanto, não fazem do desconforto um estardalhaço, pois já atingiram um nível de maturidade que os permite conversar, sem fazer maiores escândalos.

– Eles se fortalecem através das dificuldades da vida a dois, abrindo mão da busca pela perfeição idealizada do outro, fugindo do engano de que o outro nunca pode cometer erros. Eles costumam pensar: “Poxa, ele(a) agiu errado, mas sei que ele não é sempre assim!”. É diferente dos casais mais problemáticos, onde qualquer erro é visto como uma falha sobrenatural.

– Casais mais equilibrados conseguem rir mais das situações, mesmo que estejam em circunstâncias difíceis. Um tem senso de humor com o outro.

– Preocupam-se em dar o melhor de si mesmos, sem depender tanto de um parceiro para ficar de bem com a vida, ou seja, eles agem mais e exigem menos do outro.

– Combinam amor eró­tico com amizade e essa combinação ocorre de forma onde um procura agradar ao outro.

– Casais com relacionamento mais saudável procuram entender o outro e o que acontece com os seus sentimentos, ao invés de ficar parecendo que estão no tribunal para confirmar se a pessoa é réu ou culpado da situação.

Enfim, como se pode perceber, casais mais saudáveis sabem aproveitar melhor os momentos em geral e conseguem compreender melhor os sentimentos um do outro, pois ambos ficam focados na relação. Há momentos onde a relação pode esfriar, mas nunca deixam de se preocupar um com o outro ou com a relação conjugal.

Tendo isso como base, já dá para você ter uma idéia de como está sua própria relação afetiva. Se caso não estiver boa, nada o impede de vocês mudarem de time, começando a diminuir as deficiências da relação, com pitadas dessas características que foram abordadas acima.

Entre todos os obstáculos que as empresas precisam ter para se fixar no mercado, conquistar seu espaço e contar com a rentabilidade, a empresa familiar tem uma escala de desafios duplamente desafiadora. Quando o assunto em questão é o pai trabalhando com filhos, a esposa com o marido ou parente com parente, é preciso se ter muito mais que perspicácia: é preciso estabelecer alguns limites claros, para que conflitos sejam evitados.

Mas, Karine, você não é psicóloga? O que é que tem haver esse tema com a sua profissão? Eu diria que, justamente por ser psicóloga, me sinto na obrigação de repassar o alto registro de famílias que brigam no ambiente profissional.

Geralmente, a raiz dos conflitos das empresas familiares ocorre sempre pelo mesmo motivo: Não há limites claros entre aquilo que é profissional e o que é familiar. Com isso, o pai pode agir como empresário e magoar o filho que se mostra apenas filho, ou tratar o filho como sendo apenas filho, desqualificando-o como profissional. Isto pode acontecer, também, nas relações conjugais. O marido quer que a empresa siga uma direção e a mulher quer que a empresa siga outra. Ao invés de chegarem em casa e falar sobre assuntos que não condizem com o trabalho, acabam se relacionando como empresários e não como homem e mulher, estremecendo assim, a relação conjugal.

Se a família não cuida para dividir os espaços de forma objetiva, o que resta no final é uma empresa mal administrada, um casal insatisfeito e uma família que só vive a profissão e não a relação familiar.

Nem sempre o que o pai e a mãe querem para os filhos e a empresa, é aceito pelo filho mais velho, pela filha que deseja ser independente ou pelo caçula que quer ser, por exemplo, trabalhar em uma área muito diferente do ramo da família. Algumas vezes, as relações de negociação complicam-se mais quando entra em cena o genro ganancioso, a nora que quer mudança de “status” social, ou o filho que deseja, a todo custo, tirar o pai da administração do negócio da família.

O duplo desafio que as empresas familiares enfrentam, é ser competente e rentável no mundo dos negócios e proporcionar bem-estar e felicidade para todos os membros da família. Para isso, é necessário atitudes que valorizem os membros que participam da empresa, mas é emergencial que as regras que os colaboradores seguem, devem ser criteriosamente similar as regras que os filhos deverão seguir também. Caso contrário, não é de se admirar quando as coisas não vão bem. Pode-se recorrer também a recursos externos, caso a família não esteja conseguindo administrar, como a contratação de profissionais especializados em consultoria e assessorias específicas, para evitar prejuízos significativos.

Compreender a dinâmica da família e da empresa é importante para definir as diferenças entre dinheiro da empresa e o dinheiro para casa; atitudes de empresários e laços familiares; tempo para a família e tempo para o trabalho e em todos outros aspectos. Se o objetivo a se focar é esse, a família e a empresa só tem a crescer e se desenvolver.

Pouco se fala sobre o que acontece com os filhos de pais que bebem. A sociedade, a mídia e a família ficam co-dependentes da pessoa com o vício e muitos se esquecem do que acontece na área mental desses filhos.0000

Para tanto, independente desses filhos serem crianças, adolescentes ou adultos, eles possuem atitudes em comum com outras famílias.

O ideal que deve ocorrer para tentarem sair menos prejudicados dos malefícios do álcool, é procurar um auxílio psicológico para auxiliá-los na reestruturação da vida dessas pessoas que são batalhadoras de tantas lutas e expectativas frustradas.

Se você é um deles, preste atenção a essas características:

1 – Os filhos adultos de dependentes de álcool, sentem com muita freqüência dificuldade de seguir um projeto do começo ao fim.

2 – Geralmente ficam se perguntando se são normais.

3 – Não percebem que mentem por coisas simples que poderiam ser ditas sem problema nenhum.

4 – São demasiadamente autocríticos, ou seja, se criticam com muita freqüência e nada do que fazem parece estar a contento, pois se cobram a perfeição.

5 – Sentem muita dificuldade de se divertirem.

6 – Geralmente levam a si mesmos demasiadamente a sério, como se nunca pudessem errar.

7 – Sentem dificuldade de ter relacionamentos íntimos.

8 – Reagem exageradamente a mudanças sobre as quais não tem controle (mudanças de cidade, de vida, de pessoas, de comportamentos dos outros).

9 – Buscam constantemente aprovação e afirmação dos outros.

10 – Sentem que são diferentes das outras pessoas.

11 – São demasiadamente responsáveis ou extremamente irresponsáveis. Muitas vezes caminham em extremos e é preciso reordená-los,

12 – São muito leais, mesmo em face e evidências que a lealdade não é merecida (amizades, situações, etc..)

13 – São impulsivos. Eles tendem a se fixarem a um curso de ação sem considerarem seriamente os comportamentos alternativos ou as possíveis conseqüências. Essa impulsividade leva a confusão, aversão de si mesmo, além de excessiva força para organizar tudo e todos ao seu redor.

Há, na atualidade uma série de recursos capazes de serem úteis, bem como o AA, Al-anon(dirigido para as famílias), buscas terapêuticas e psiquiátricas, organizações sociais e o recurso da espiritualidade.

Se você é um(a) filho(a) que já viu muitas cenas desagradáveis devido a bebida, use isto como um recurso digno para que sua vida seja refeita através dos valores que você acredita e não daqueles dos quais você já viveu.

Você sabia que o simples fato de recordar um evento estressante na sua vida (que não passa de um fio de pensamento), seu cérebro automaticamente libera uma descarga de neurotransmissores associado ao stress?

Já era do seu conhecimento que até as lágrimas de alegria, são diferentes das lágrimas de tristeza? Pois é! Elas sofrem composições químicas diferentes, o que comprova que uma pessoa triste apresenta lágrimas mais viscosas.

Curiosamente, até as células no nosso corpo mudam dentro de nós, conforme o tipo de música que escutamos e o estilo pensamentos que temos.

Com tanta influência negativa ao nosso redor, nem estômago de zebra resiste, não é verdade?

Mentira. A zebra é tão esperta, que nós deveríamos começar a agir como elas. A mesma só fica estressada um minuto antes de se defender do predador (leão) na savana, até sessar o perigo de morte. Passado esse tempo, ela nem sabe mais o que aconteceu e volta ficar numa boa, tranqüila e vivendo sua vida bela e formosa (o que faz o ph do estômago regularizar automaticamente).

Quase igual a gente, não é! Tendemos a remoer os problemas e tentamos nos defender das dificuldades, mesmo quando não há leões de verdade.

O autor dessa tese, nada mais é do que um acadêmico chamado Robert Sapolky. No final de sua tese de mestrado, todos os outros alunos escolheram estudar a vida dos macacos e sobrou para ele ter que observar a vida das zebras. Após sua descoberta ter sido conclusiva, ele foi o único aluno a ter destaque científico por explorar melhor a semelhança das zebras, com o comportamento humano.

Ele comprovou que pessoas que se preocupam e se desgastam demais com as situações da vida, ao longo do tempo passam pela morte de vários neurônios como conseqüência.

Sapolsky afirma também, que pessoas mais estressadas comem mais carboidratos e que um homem em crise de meia idade, não é mais estressado porque bebe mais álcool, fuma ou come mais gordura, mas simplesmente porque “ele se mantém em situações de estresse”.

Penso que em muitas vezes não é possível se desfazer imediatamente das situações de estresse, mas para não abusarmos do ph do estômago, vale a pena agir como as zebras.

Podemos não ter que matar “leões” de verdade, mas com essa informação, possivelmente conseguiremos domar os “leões imaginários”.

Como nos manter firmes diante de momentos que julgamos ser difíceis de aguentar?

Todo ser humano alimenta expectativas do que almeja alcançar para ser feliz, mas nem sempre a vida se apresenta como esperamos. Há vários sintomas físicos e emocionais que se manifestam quando estamos com dificuldade em “digerir” as adaptações que precisamos fazer para superar uma crise.

Quem nunca sentiu que estava perdido e/ou sem direção em algum momento da vida? Mesmo não sabendo qual será o próximo passo, há pessoas que não conseguem dividir o peso de suas dores com alguém e por isso, levam tudo nas costas sempre tentando encontrar a melhor solução. O ato de autorizar a outrem, a participar dos momentos difíceis de sua vida, faz com que seu caminhar esteja mais fortalecido e o auxilia a aliviar o peso dos problemas. (não é por acaso que muitas pessoas sentem dores na região dos ombros. Isso nada mais significa, de que a pessoa está com uma sobrecarga elevada ao ter que agüentar tantas coisas sozinho).

Permita-se chorar, para recuperar forças. A superação de momentos difíceis implica em ficar um tempo sozinho para se situar, além de uma fiel determinação pessoal, objetivando trabalhar firmemente para conseguir achar uma luz no fim do túnel.

As soluções chegam mais rápido quando você se foca em dois pontos principais:

1 – Qual qualidade minha tem me feito suportar tanta pressão que está a minha volta? É minha esperança? Minha força de vontade? Meu desejo de superar?

2 – Tenho me fortalecido espiritualmente para que as crises sejam reduzidas de forma que eu consiga sair mais rápido das tempestades?   

Quando nos focamos nesses dois pontos, os problemas não sumirão, mas a carga certamente irá diminuir. Assim, passamos a conquistar gradativamente sucessivas experiências de crescimento pessoal.

Nossa força está em reconhecer que há momentos em que precisamos parar e rever a direção de onde concentramos nossas forças.

Conviva com pessoas de outros universos, aprenda com o “olhar diferente”. Isso expande seu conhecimento e fará com que a situação possa ser vista de forma mais ampliada. Se no meio disso tudo, você conseguir transmitir serenidade, saiba que esta é uma característica absolutamente importante em momentos de crise.

É GRAÇAS AS DIFICULDADES QUE TEMOS QUE SOMOS RECOMPENSADOS PELO PRÊMIO DE CONHECER AINDA MAIS AS NOSSAS FORÇAS!

Dias atrás eu li um provérbio que dizia: “As pessoas coam mosquitos e por conseqüência, engolem camêlos!” Confesso que levei um tempo para entender a metáfora, ainda mais se tratando de animais que eu, pessoalmente, não entendo nada.

Foi pensando sobre isso que consegui entender a profundidade do autor: Imagine você, coando um mosquito? É quase o mesmo que coar água, ou seja, entra por um lado e sai do outro, porque o mosquito é um inseto minúsculo.

O autor quis transmitir que nós perdemos muito tempo coando mosquitos, ou seja, peneirando, repassando, esmagando as coisas pequenas na vida e não percebemos que acabamos engolindo camêlos por causa disso.

Você já se imaginou engolindo um camêlo? Provavelmente você morreria engasgado, porque a carne é dura e ruim. O resumo de tudo é que, quanto mais perdemos tempo com coisas pequenas na vida, mais vemos a vida de forma amarga, dura e ruim.

Quantas dificuldades você já enfrentou, que não saberia se iria vencer, mas quando menos esperava, o obstáculo foi vencido? Por mais otimista que você seja, todos nós já enfrentamos coisas semelhantes.

De repente, são as contas do final do mês, filhos, futuro, segurança, passado, mas após todos os desafios cumpridos, tudo ao redor se ajusta, afinal, quais eram suas fontes de preocupações quando tinha dez anos a menos do que hoje?

Com pitadas de esperança de um lado e fé do outro, todos vão seguindo em frente, mas esta dica fica registrada aqui à você: Não coe mosquitos e engula camêlos.

Definitivamente NÃO vale a pena!

 

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