casais

É natural que todo casal passe por tempos juntos e tempos separados no dia a dia. Quando se revêm no final do dia ou mesmo num encontro, é importante reconhecerem que não estão reencontrando as mesmas pessoas que deixaram naquela manhã ou na semana anterior, mas podemos descobrir quem ela é “agora”.

Parece algo bobo, mas a pergunta “Como você está?” vem carregada de vários significados, dos quais precisamos explora-los mais do que se possa traduzir.

Grande parte dos casais descobre que às vezes passam semanas ou mesmo meses sem fazer essa pergunta com uma escuta honesta. Servir o jantar e um cálice de vinho em um dia habitual de segunda-feira, deveria ser uma prática constante dos casais equilibrados, sem que esta pergunta soasse como educação ou força do hábito.

Moldamos-nos a realidade que nos cerca pelo que optamos perceber. Se você estiver passeando de carro e estiver com fome, só irá perceber os restaurantes. Se estiver viajando com saudades dos filhos, só enxergará bebês e crianças por todo o lado. Assim funciona com os casais também. No que você quer prestar atenção em seu parceiro ou em seus filhos, isso começara a crescer.

Todo parceiro é ao mesmo tempo, belo e feio, dependendo de como o enxergamos. Cada criança é um gênio e infantil, dependendo do que você quer olhar.

Um romance para ser mantido satisfatoriamente, necessita ver constantemente o companheiro como um estranho… pois fazendo isso, conseguimos perceber suas micro modificações diárias… seus sentimentos e mapear suas emoções.

Se quiser, pode até comentar:

– “Uau, é maravilhoso conversar com você assim…Há tempos não fazemos isso!”

Será, então, bem provável que seu parceiro responda algo parecido, com:

– “Obrigado. É bom para mim também”

Desenvolva o hábito de reprogramar a vida de casal para esta maneira.

A verdade mais profunda, é que beleza e juventude soam irrelevantes. Envelhecer e alcançar um conhecimento mais pleno de si mesmo, finalmente nos deixa no ponto em que o amor é realmente possível. Fazendo isso, poderemos descobrir que tudo não termina com a chegada das primeiras linhas no rosto. Ao contrario, pode ser que com a idade tudo esteja apenas começando, pois é ali que conhecemos nossa própria força, capacidade e desenvolvemos uma flexibilidade quanto aos desafios da vida.

Quando alguém vê a felicidade entre um homem e uma mulher que ultrapassaram o estado de estarem apaixonados e já se encontram além da zona de guerra, verá neles a cumplicidade de um olhar calmo e tranqüilo. Por isso, mude sua forma de enxergar a pergunta mais simples do mundo “Como você está?” e explore-a com a profundidade do qual ela merece.

Vamos ver se você é bom(a). Tente adivinhar quais são as duas características que mais tem ficado omissas na vida dos casais da atualidade:

Preste atenção a primeira pista:

“Marido e mulher vão ao psicólogo após 20 anos de casados. Quando são perguntados sobre o problema, a mulher tira uma lista longa e detalhada de todos os problemas que teve durante todo este tempo:

“Pouca atenção, falta de intimidade, vazio, solidão, não sentir-se amada, não desejada…” A lista é interminável.

Nisso o terapeuta se levanta, se aproxima da mulher, pede a ela que pare e lhe de um abraço e a beija apaixonadamente, enquanto o marido os observa, desconfiado. A mulher fica muda e se senta na cadeira atordoada.

O terapeuta se dirige ao marido e lhe diz:

“Isto é o que sua esposa necessita, ao menos três vezes por semana. Pode faze-lo?”

O marido medita um instante e responde:

– Bem, doutor! Posso traze-la nas segundas e nas quartas… mas nas sexta não posso… tenho futebol.” (risos)

Pista n 2:

“Já que não tem nada que preste na televisão, que tal se a gente saísse e fosse se divertir um pouco?, sugere a mulher.

– Ótima idéia, concorda o marido. O primeiro que voltar deixa a chave embaixo do capacho!”

Última tentativa:

No velório, o viúvo recebe o abraço dos amigos: – Meus pêsames. Ela vinha sofrendo há muito tempo? – Sim. Desde que nos casamos.

———-

E aí? Descobriu.

Eu sei que é de rir, mas muitos casais tem perdido duas coisas preciosas em seus relacionamentos. Uma delas é a arte de rirem juntos (um do outro, de si mesmos, das situações, da vida – por isso coloquei as piadas) e a outra é a falta de sensibilidade que as pessoas estão em perceber o outro. Muitos estão juntos e não sabem nem o que tem ocorrido no universo interno do parceiro(a), o que aconteceu no seu dia, como tem se sentido em relação a vida e etc…

Sem muitas palavras, espero que você possa pensar sobre isso, pois rir é um dos remédios mais eficazes contra discussões ferrenhas e sentir o outro, é um dos melhores antídotos contra problemas conjugais.

Para finalizar, ria com seu esposo(a):

Um casal estava dormindo profundamente como inocentes bebês. De repente, lá pelas três horas da manhã, escutam ruídos fora do quarto. A mulher se sobressalta e totalmente espantada diz para o homem:

– Aaaaaiiiiiii meu Deus, deve ser o meu marido! O cara se levanta espantadíssimo e peladão, pula como pode pela janela e cai em cima de uma planta com espinhos. Em poucos segundos, volta e diz:

– Desgraçada… teu marido sou eu!

Todos nós sabemos que o estresse faz mal em doses elevadas, mas confesso que quando soube que o excesso desse sentimento poderia corroer até mesmo traços do DNA, fiquei realmente impressionada. Parei para pensar o quanto isso é profundo, pois o simples fato de você lembrar de cenas ruins que já te ocorreram já produz uma descarga de substâncias cerebrais que fazem o seu corpo ter respostas fisiológicas como se você tivesse revivido aquilo novamente. É incrível como nosso cérebro tem poder – tanto para te autoconstruir, como para te autodestruir.

Sabe-se que grande porcentagem das doenças são criadas pelo estresse e isso significa que se não mudarmos a forma como administramos o “estresse nosso de cada dia”, certamente estaremos submetidos a pagar um alto preço por isso.

John Gottman afirmou que, casais mais estressados um com o outro levam mais tempo para sarar de calos nos pés e se brigas conjugais geram tanto estresse que fazem um simples calo no calcanhar demorar mais tempo para sarar, imagine então os outros efeitos na pele, nos órgãos e na vida?

Quando você está estressado, você acaba agindo impensadamente e tende a tomar decisões erradas. Um exemplo disso foi a espaçonave russa que ficara sem energia por uma ordem errada do comandante Vladimir Tsibliev. Após estudos com o comandante, comprovaram que o erro ocorreu pelo excesso de estresse que ele estava passando. Ele colocou toda uma tripulação em perigo por conta de um erro devido ao estresse. Nós não somos diferentes, pois quando estamos estafados tendemos a nos descontrolar nas emoções, que estressamos os familiares e até cometemos deslizes na direção de um carro porque estamos com a cabeça longe.

Obviamente que um pouco do estresse é saudável porque nos motiva a agir, tomar iniciativa para projetos e até mesmo sair da zona de conforto. Há fatos externos que não temos controle e que não podemos estar livres de viver a perda de alguém, crises de ordem geral ou a perda de algo importante, mas se você parar para pensar, verá que tudo o que você se preocupou no início do mês ou do ano já passou, você já resolveu de uma forma ou de outra e temos novos desafios pela frente, mas o ser humano tem habilidades majestosas de lidar com os problemas e perdemos tempo demais com coisas pequenas.

Planejar e se organizar é uma coisa, mas gosto da tradução da música “Sun screen” que diz que se preocupar é igual mascar chicletes para resolver uma conta de álgebra, ou seja, pré-ocupação não adianta para nada. Por isso, não deixe seu DNA ser corroído por causa de alguém ou de algo.

Cada dia trará os seus próprios cuidados!

Certa vez, um casal estava saindo para jantar na casa de uns amigos. Na ida, ela sugere que ele vire na próxima rua à esquerda, mas o marido tem certeza absoluta que é pela direita. Ela resolve ficar quieta para não discutir. Nisso, ele vira na rua que não devia e percebendo que tinha se enganado, admite que errou (com dificuldade) e faz o retorno. Ela sorri e diz que não tinha problema deles chegarem uns minutos atrasados. Após um tempo, ele pára, pensa e diz: “Se você tinha tanta certeza de que eu estava indo para o caminho errado, porque não insistiu um pouco mais?” A esposa, sabiamente respondeu: “Entre ter razão e ser feliz… eu prefiro ser feliz!”

Baseado nessa história, muitos casais não percebem que perdem tempo demais focalizados em “ter razão” e investem poucos momentos naquilo que realmente faz a relação dar certo. Esta foi a confirmação de John Gottman, um matemático que estudou relacionamento afetivo pelo período de três décadas.

Isso não quer dizer que devemos fingir que o problema não existe, mas ao contrário de tudo que já foi comprovado até então, quando o casal se mobiliza a pensar nos pontos positivos da relação, isso os dá mais entusiasmo para lidar com as tempestades da vida.

Não há problema que resista a um casal que se fortalece junto. Quer um exemplo? Quando você alimenta a curiosidade em saber como foi o dia de seu cônjuge ou se propõe a relembrar os momentos gostosos que passaram juntos, estes são apenas alguns dos remédios capazes de curar qualquer mal-estar da vida a dois. Se juntamente a isso, você busca ressaltar as qualidades dele (a) e investe tempo para se divertirem juntos (nem que seja dentro de casa), aí sim, afirmo-lhes que essa é a grande bússola capaz de mudar até o mais fracassado dos relacionamentos.

Um casal feliz não se mede pela ausência de discussões, mas pela maneira como cada um se trata quando tudo está indo bem. Se você olhar para seu passado, verá que ambos já enfrentaram tantas situações desafiadoras juntos, que não é justo anular o quanto já foram vitoriosos.

A maioria das brigas conjugais ocorre como um pedido de aproximação. Se você discute com seu marido porque ele trabalha demais, é porque implicitamente você quer que ele a valorize mais do que seus afazeres. Se ele implica que você só dá atenção aos filhos, é porque ele deseja que você de mais atenção a ele, pois também quer se sentir paparicado e reconhecido. Não há quem não deseja sentir-se amado (a), compreendido (a) e aceito. Gostamos que o outro saiba do que se passa no nosso universo interno e isso nos faz sentir valorizados.

Preste atenção em algo: Não há fatos eternos, assim como não há verdades absolutas. Os motivos pelos quais vocês brigam hoje pode parecer minúsculo daqui a dez anos, porque você vai estar com outra cabeça e certamente mais amadurecido (a). Se você se concentrar nos defeitos dele (a), nunca irá participar da vida, pois irá se contentar com as suas verdades e com a sua miopia.

A paz de um casal custa cara demais para entregarmos aos problemas. Por isso, cabe a pergunta: “Você quer estar certo ou ser feliz?”

Novo amor, novos planos e gostosas expectativas… Com tudo se transformando na sua vida, por uma coisa você não esperava: ter que lidar com os filhos dele(a).

Cuidar dos filhos do seu parceiro nos finais de semana já é uma tarefa desafiadora, mas conviver com eles a semana inteira é no mínimo – inusitado.

Aquele ditado que diz que o combinado não sai caro, é um pedido necessário para o casal que se em uma situação de recasamento. Antes de assumir qualquer relacionamento sério, é imprescindível que o casal sente para conversar sobre como irão manejar as diferenças. Esses acordos devem vir do coração, sem falsidade e devem ser claros, para haver aceitação mútua.

Quando há a entrada de uma outra companheira na vida do pai ou da mãe, é natural que a pessoa se sinta excluída, insegura ou julgada. Quando saem algum lugar, sentir-se fora de contexto é normal, mas só você pode contornar esses desconfortos.

Aqui vão algumas dicas sobre como devemos agir para lidar melhor com essas situações:

1 – Não tente ser uma segunda mãe. Você não tem este direito e cada um na família já tem o seu papel. Toda mulher tem um instinto de cuidar, mas assumir o papel de mãe precipitadamente só vai piorar a situação. O melhor a fazer, é tentar ser amiga.

2 – Não demonstre favoritismos. Se você também tem seus filhos, não seja mais dura com os filhos dele ou vice-versa. O mesmo acontece se você prefere o filho caçula dele, pois acha que ambos se dão melhor.

3 – Deixe as broncas e a parte da disciplina para o pai. Será difícil você ser aceita se tomar a posição daquela que dita as regras. Cada regra é diferente para cada família, mas a frase: “Vai escovar os dentes, menino!” não é muito indicada para quem quer se dar bem com as crianças. Fazendo isso, você corre o risco de ser a “mulher mala” do papai.

4 – Felizmente ou não, os filhos não são obrigados a gostar, mas devem respeitar a escolha do pai. Certamente que eles ficam chateados devido a separação, mas de uma forma ou de outra, todos devem colher as conseqüências de seus próprios atos.

5 – Seja compreensiva quando seu atual companheiro tiver que se encontrar com a ex mulher para resolver alguns assuntos. Afinal, eles já tiveram uma história juntos e você não tem o direito de intervir nessas situações.

6 – Quando cada um já tem seus próprios filhos, a forma de educa-los deve ser de forma que favoreça ambos os parceiros. Isso envolve uma decisão madura e depende de ambos cederem para ganhar.

Entendam que este período precisa de no mínimo dois anos para que todos se adaptem com a nova situação. Para isso, procure respeitar o espaço dos outros e de igual forma o seu, pois fazendo isso, as coisas ficarão mais harmônicas para todos os lados.

 

Lembro-me de uma aula que tive na primeira especialização, onde a professora dizia que os casais tinham que cuidar para não deixar a relação deles parecida com a de seus próprios pais. Com a prática clínica, comecei a lidar tanto com isso que percebi como era forte essa influência, pois a grande maioria repetia os mesmos padrões da família de origem, sem ao menos perceber. Isso se retratava nos momentos onde ambos brigavam e um dizia para o outro: “Você está igualzinho ao seu pai” e “Você é a cópia da sua mãe!”

Duas dúvidas me inquietavam a mente: Por que a maioria dos casais que viam os pais errarem, repetiam os mesmos atos negativos? E o mais importante: Como sair desse ciclo, de forma que todos os casais possam viver bem?

Um dia consegui me responder isso sozinha.

Um casal só consegue se dá realmente bem, quando eles não desempenham nem a relação dos sogros, nem de seus próprios pais, mas sim, deles mesmos. Isso parece muito simples, mas é incrivelmente profundo se você parar para analisar. Isso deve ocorrer independente dos modelos serem bons ou ruins.

Lembro-me de um dia quando me casei, houve na noite em que meu marido e eu sentamos na sala, pegamos um papel e separamos em duas partes: Em uma delas nós escrevemos quais coisas boas nos queríamos “manter” da nossa família e na outra escrevemos as coisas nós queríamos “fazer diferente” dos nossos pais. Cada um escreveu sobre suas próprias famílias e eu mal tinha noção o quanto aquilo foi bom para construção da nossa vida a dois.

Conforme o casal define isso, eles criam uma identidade própria da relação, o que os faz se afinarem ainda mais e se darem melhor, pois se programam a escrever suas próprias histórias e não ficam reféns do passado.

Quando casamos, levamos para a nova vida uma bagagem contendo todos os valores, medos, crenças e idéias que aprendemos. Ao juntar um ao outro, essas bagagens são misturadas e abertas, o que influenciará diretamente na vida do casal. Quando o casal consegue se desprender dos defeitos da relação conjugal dos pais, eles estão atestando sua maturidade emocional e escolhendo viver uma vida diferente daquela já vista, independente se foi um bom ou mal exemplo.

Isso significa que não é porque alguns filhos viram seus pais falarem mal um do outro ou brigarem na frente deles que vocês vão achar isso normal e fazer o mesmo. Do mesmo modo que não é porque os pais passaram por uma separação conjugal que os filhos precisam repetir a mesma história, bem como não é porque não se via os pais ficarem juntos um do outro, que a pessoa vai achar que isso é natural.

É inegável a influencia exercida por esses modelos, mas cabe a cada pessoa um exame interno para tentar não se autoboicotar e repetir episódios semelhantes. Ignorar fatos ruins não resolve o problema, mas perceber que ela existe e lutar contra a repetição é uma forma sábia de conduzir sua própria vida.

Se você está lendo esta matéria e percebe que ela não se aplica a você, pois teve bons exemplos, então sinta-se privilegiado por ter vindo de uma família estruturada e lembre-se que tudo o que você está mostrando a seus filhos é o que eles tenderão a repetir no futuro. Tenham consciência deste legado!

Você sabia que os casais não sabem brigar? Pois é! Ninguém ensina. Hoje temos cursos de administração, de formação profissional, palestras de motivação, mas ninguém ensina como um casal deve brigar.

Vamos, então, para este passeio?

1 – Concentre-se no motivo da briga

Tenha em mente a razão por que você está brigando e qual é o assunto da briga. Não desvie para outros assuntos (no ano passado, a sua mãe, sua família…).

2 – Cuidado com palavras letais

Elas se tornam, progressivamente, aquilo que você diz que são.

Se você disser que não consegue se controlar, isso não é verdade. A boca é sua e você define o que sai dela.

3 – Mantenha-se no “Eu me sinto”

Ficar preso em justificativas ou em fatos, só faz o casal andar em círculos.

Quando falamos sobre como nos sentimos, desativamos as defesas.

4 – Evite palavras como “sempre” ou “nunca”.

5 – Evite fazer greve de silencio. Se há um problema, enfrente-o.

Combine sinais de intervalo, pois algumas vezes a briga fica intolerável cansativa, assustadora ou apenas acontece na hora errada. Combine um sinal qualquer, que leve a uma interrupção imediata, mas depois retome.

Esse intervalo de tempo, permite que você esclareça para si mesmo o que é apenas “besteira” e verá que perdeu o calor da raiva, o que o auxiliará na resolução.

6 – Faça algo separado no intervalo da briga

Uma atividade extra misturada aos seus sentimentos em conflitos será de grande ajuda pra identificar as partes que já estão quase resolvidas, aquelas que se referem a você e não a seu parceiro, incluindo aquelas que você está genuinamente desejando mudar nele. Algumas vezes seus sentimentos mudam, outras verá que precisa manter suas próprias opiniões – não por orgulho, mas porque é o coerente.

7 – Demonstre a mesma bondade e capacidade de perdoar, que gostaria que fosse demonstrada a você.

Lembre-se de que o objetivo de todas as brigas é a proximidade

O segredo é aprender que é possível ser emocionalmente intenso, sem ser destrutivo.

Não há duvida de que brigar honestamente exige habilidade, maturidade e controle.

O grande beneficio de seguir esses passos, é que sua família estará mais segura, pois não haverá um aumento silencioso de tensões esperando para explodir. Ao liberar energias e ressentimentos que bloqueavam o seu amor, você se sentirá aliviado e vivo, haverá uma clareza nova e um sentimento de que vocês são pessoas como individualidades diferentes, cada um com suas opiniões, mas ainda afetuosamente envolvidos um com o outro.

Você sabia que os casais não sabem brigar? Pois é! Ninguém ensina. Hoje temos cursos de administração, de formação profissional, palestras de motivação, mas ninguém ensina como um casal deve brigar.

Vamos, então, para este passeio?

1 – Concentre-se no motivo da briga

Tenha em mente a razão por que você está brigando e qual é o assunto da briga. Não desvie para outros assuntos (no ano passado, a sua mãe, sua família…).

2 – Cuidado com palavras letais

Elas se tornam, progressivamente, aquilo que você diz que são.

Se você disser que não consegue se controlar, isso não é verdade. A boca é sua e você define o que sai dela.

3 – Mantenha-se no “Eu me sinto”

Ficar preso em justificativas ou em fatos, só faz o casal andar em círculos.

Quando falamos sobre como nos sentimos, desativamos as defesas.

4 – Evite palavras como “sempre” ou “nunca”.

5 – Evite fazer greve de silencio. Se há um problema, enfrente-o.

Combine sinais de intervalo, pois algumas vezes a briga fica intolerável cansativa, assustadora ou apenas acontece na hora errada. Combine um sinal qualquer, que leve a uma interrupção imediata, mas depois retome.

Esse intervalo de tempo, permite que você esclareça para si mesmo o que é apenas “besteira” e verá que perdeu o calor da raiva, o que o auxiliará na resolução.

6 – Faça algo separado no intervalo da briga

Uma atividade extra misturada aos seus sentimentos em conflitos será de grande ajuda pra identificar as partes que já estão quase resolvidas, aquelas que se referem a você e não a seu parceiro, incluindo aquelas que você está genuinamente desejando mudar nele. Algumas vezes seus sentimentos mudam, outras verá que precisa manter suas próprias opiniões – não por orgulho, mas porque é o coerente.

7 – Demonstre a mesma bondade e capacidade de perdoar, que gostaria que fosse demonstrada a você.

Lembre-se de que o objetivo de todas as brigas é a proximidade

O segredo é aprender que é possível ser emocionalmente intenso, sem ser destrutivo.

Não há duvida de que brigar honestamente exige habilidade, maturidade e controle.

O grande beneficio de seguir esses passos, é que sua família estará mais segura, pois não haverá um aumento silencioso de tensões esperando para explodir. Ao liberar energias e ressentimentos que bloqueavam o seu amor, você se sentirá aliviado e vivo, haverá uma clareza nova e um sentimento de que vocês são pessoas como individualidades diferentes, cada um com suas opiniões, mas ainda afetuosamente envolvidos um com o outro.

Você já sabe que homens e mulheres são diferentes e isso talvez justifique algumas discussões. Também já leu vários livros sobre o assunto e chegou a conclusão que a comunicação é o melhor caminho para viver bons momentos, sendo que isso basta para que tudo lhe vá bem, certo? Errado.

É verdadeiro a afirmativa que todos querem ser felizes na área afetiva e que todo conhecimento pode ajudar, mas não lhe oferece a garantia de se livrar de problemas conjugais. De fato, alguns casais já aprenderam que conversar ajuda amenizar as dores emocionais, mas o que muitos não perceberam, é que podem ser escravos de uma armadilha onde só ficam unidos quando tem algum problema ou alguma dor para resolver. No momento em que tudo vai bem, ambos se distanciam, cada um vai para o seu mundo e só quando aparece outro problema, ambos se unem novamente.

Imagine como se cada casal tivesse sua própria dança. Uns tem seu relacionamento parecido com uma valsa, onde a leveza e o companheirismo são as características chaves da relação. Outros tem seu relacionamento similar ao tango, onde o que os une é a sensualidade e os picos súbitos de paixão. Há outros ainda, que se assemelham com uma lambada, onde a prioridade é curtir a vida, aproveitar os momentos felizes e só viver de festa.

Obviamente que um pouquinho de todos, resulta em uma ótima receita, mas quando você mistura no liquidificador doses cavalares de companheirismo e amor, com boas pitadas de sensualidade e duas colheres bem cheias de diversão, aí sim, vocês estão bem. Se acrescentar a isso uma música lenta para curtir doses extras de carinho, o que mais você quer da vida?

Casais que se unem pela dor, infelizmente não percebem que dançam moda sertaneja. A música pode ser uma delícia enquanto o casal se concentra nos “dois pra lá” e “um pra cá”. Neste momento, ambos estão unidos e compenetrados, mas quando já fizeram o que tinha que fazer, cada um passa a seguir seus próprios passos.

Quer exemplos da vida prática? Casais com este perfil não percebem que a briga é o fator que mais os une. Parece loucura, mas é verdade. Se não fosse elas, a relação não sobreviveria (o que é uma pena).

São casais que passam a maior parte do tempo empenhados em resolver problemas, sendo de ordem conjugal, uma doença, um problema de família e por aí vai. Nesta hora um auxilia ao outro, mas quando tudo começa a ficar bem, ambos se afastam… até que outro problema os una outra vez. Nesses casos, o lema de vida é: “Até que a felicidade nos separe!”

Mas Karine, e se eu quero dançar valsa e meu cônjuge sertanejo? Eu sempre quero paz e ele(a) vive querendo briga?

Sinto informar, mas não há como isso acontecer. Todos os casais (sem nenhuma exceção) vivem inconscientemente os mesmos compassos de uma dança. O maior problema não está no casal (nele ou nela), mas sim na forma como eles se relacionam.

Por que isso acontece? Porque vieram de famílias onde os próprios pais tinham relacionamento conturbado e mal resolvido (implícito ou explicitamente).

O que acontece com um casal que tem esse padrão? Geralmente eles tem filhos com problemas. Filhos são radares e detectam esse padrão inconscientemente.

Não deixe que a felicidade seja um real empecilho para vocês serem felizes! A felicidade deve ser uma constante, não uma raridade.

Não é fácil quando nos deparamos com as frustrações.  Sem dúvida, em algum momento de sua vida, você já se sentiu desmotivado. Seja no lado afetivo, no seu papel como pai/mãe, como profissional ou até naquela dieta que você já iniciou pela nonagésima vez. Há momentos onde a vida parece andar em “slow motion” e nessas horas, parece que nem força temos para prosseguir, mas é aí que devemos parar tudo o que está ao nosso redor e dizer “calma”, “eu preciso ter paciência com as situações”.

Quando sonhamos com algo ou projetamos expectativas que acabam não dando certo, é comum as desvantagens superar as vantagens de continuar lutando. Nessas horas, o sentimento mais predominante é a rebeldia e o ressentimento. Afinal, foram tantas buscas de solução, que não tem algo pior do que a sensação de não ter vencido.

Ruim mesmo é quando nos deixamos dominar pelas decepções. Tristezas e reviravoltas todos nós sabemos que iremos e temos que enfrentar, mas quando elas acontecem de fato, aí tudo parece um teste para saber como nós lidamos com as adversidades. Esse teste é ainda mais forte quando ocorre algo que está fora do seu controle, ou seja, quando algo está na mão de algo ou de outra pessoa para resolver e você não pode fazer nada.

Qual foi a última vez que se sentiu derrubado por algum acontecimento? E como foi que você reagiu, quando tudo deu certo? Pois é, nós temos memória curta para as vitórias que já conseguimos superar. Se você se lembrou de qual foi sua última decepção, perceberá que de uma forma incrivelmente mágica, você conseguiu vencer, sem ao menos perceber. Talvez foram coisas que hoje você nem considere tão importante, mas você conseguiu e isso que é importante. Muitos não se lembram como foi difícil dar um laço no cadarço do tênis e hoje é uma tarefa tão simples que nem damos valor.

Muitos se perguntam: “Por que comigo?”, mas eu te pergunto: “Por que não com você? Porque você acha que as decepções não podem acontecer com você?” Os obstáculos nos aperfeiçoam.

As coisas não saíram conforme o planejado? Paciência.

Me esforcei de todas as maneiras e não consegui o que queria? Paciência.

Estou me sentindo impotente? Paciência, apenas tenha paciência. Não gostamos que as coisas sejam assim, mas não tenho outra escolha a não ser aceitar o ocorrido e seguir em frente.

Prestou atenção no que leu? Está escrito: “Aceitar” e “Seguir em frente”. “Aceitar” porque diante de uma frustração, não há muito o que fazer a não ser se conformar com o ocorrido, pois sua indignação não irá mudar o resultado das coisas e “seguir em frente” deve ser seu novo foco, pois ficar remoendo o que já passou só deixará as coisas piores ainda. Seguir em frente, esquecer o passado e recomeçar, continua sendo a escolha mais inteligente que você pode fazer. Todas as situações são temporárias!

Você ficará assustado(a) com as inúmeras conseqüências que lerá sobre os filhos que se sentem rejeitados pelos pais. A propósito, muitos pais nem imaginam que seus filhos se sentem assim e é por isso que estes devem estar sondando esses sentimentos de tempos em tempos nos filhos, para não terem os problemas emocionais que poderiam ser evitados.

Inquestionável é a diferença de personalidade de um filho que sente este amor com doses diárias de afeto, daquele que sente veladamente o sentimento  de ser deixado de lado. Eu diria sem medo de errar, que grande parte dos problemas de crianças, adolescentes e adultos, tem como causa, a raiz de rejeição carimbada em seu inconsciente.

A impressão desse sentimento, pode acontecer tanto pela percepção dos filhos na convivência com os pais, como na convivência com os irmãos, quando um deles detecta que o irmão é mais preferido do que outro.

Pais que rejeitam seus filhos ainda no ventre, quando desejam o bebê de um sexo e a criança nasce com outro ou até mesmo que contém uma das características já escritas no parágrafo anterior, podem apresentar as seguintes tendências:

– Descuidos com a alimentação;

– Excesso de fumo, álcool, drogas, tranquilizantes e soporíferos;

– Tendência a acidentes pequenos e leves descuidos consigo mesmo;

– Traços de desobediência;

– Tendência a ser mais retraído que outras pessoas da mesma idade;

– Agressividade, mesmo na ausência de alguém que provoque;

– Obesidade;

– Dificuldades escolares;

– Notas baixas;

– Desatenção escolar, entre outros.

Quando a rejeição ocorre ainda no ventre da mãe, essas hipóteses se confirmam pelo sistema endócrino e do hipotálamo, que por sua vez, atuam sobre a vascularização e oxigenação uterina, interferindo diretamente no bebê, que capta essa rejeição.

Quando a rejeição ocorre somente no ventre, mas depois do nascimento, há uma maior aceitação por parte do(s) pai(s), sem dúvidas as consequências são diminuídas, mas quando a criança sente rejeições até seus doze anos, aí sim, podem ficar seqüelas emocionais para toda vida.

Teóricos acreditam que essas pessoas ficam presas a uma aspiral de rejeição, tendo vários outros comportamentos inadequados para fazerem os outros a rejeitarem, pois elas mesmas não se sentem dignas de amor. Esse ciclo vai se repetindo e se a pessoa não procura ajuda, ela não consegue sair desse redemoinho sem fim.

É por isso, que a cada dia eu me convenço mais de que aquela frase conhecida por todos, é muito verdadeira: “Permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor, mas a maior de todas elas, porém, é o amor”.

Se a rejeição pode provocar todos esses sintomas, imagine o poder e a força que o amor não tem para cura-las. Demonstrações reais de afeto curam qualquer tipo de ferida emocional.

Cada caso é um caso, mas há alguns perfis de casais que estão juntos e ainda não formaram uma união concreta. Não me refiro aos namorados ou noivos. Estou escrevendo sobre aqueles que são casados, mas ainda não entenderam isso. Observe, então, se você se encaixa em uma dessas características:

– Na relação de vocês, geralmente a mulher se comporta como “mãe” e ele como “filho”?

– Vocês agem mais como se fossem dois amigos do que de fato, enamorados?

– Sem que vocês queiram, a relação parece mais entre dois irmãos, onde ambos não conseguem assumir o casamento e preferem ficar “para sempre” um em cada casa, sem assumir de vez a relação?

– Vocês já casaram, mas ainda não conseguiram lidar com as mudanças, tendo dificuldades em arcar com as responsabilidades e funções de casados?

– Você percebe que todas as vezes que vocês brigam, um ou ambos tem a mania de recorrer aos familiares, como se buscassem aliados para se sentirem mais fortes e compreendidos? Ou pior do que isso, vocês recorrem financeiramente aos pais, pois sentem que juntos não conseguem arcar com as despesas?

Espero que seu caso não se encaixe em nenhum dos perfis escritos até agora. Quando os casais se veem nessas circunstâncias, eles ficam presos a armadilhas que os conduzirão a horas de discussões e dias de brigas intermináveis.

Eles tendem apresentar alguns sintomas como problemas sexuais, falta de desejo de ambos os sexos, brigas pela irresponsabilidade de um ou o excesso de chatisse do outro, conflitos de pais e filhos, vontade de estarem sempre com amigos, mas dificilmente a sós, etc…

Se você se encaixou em uma dessas referências, saiba que a relação precisa se reordenar e nesses casos, a terapia de casal seria de grande auxílio, pois muitas vezes o casal tem dificuldade de conseguir sair desse ciclo vicioso sozinho.

São tantas as “esquisitisses” dos casais da atualidade, que muitos se encontram perdidos, sem saber o que é saudável ou não em um relacionamento afetivo. Fala-se tanto sobre problemas conjugais, que o bom mesmo é saber identificar quando um casal é realmente equilibrado.

Fique atento a essas características para ver se você se encaixa:

– Casais equilibrados procuram dividir as funções. Nenhum dos dois fica sobrecarregado, porque a educação dos filhos, administração do lar, administração financeira entre outros, é tudo compartilhado de forma que fica agradável para o casal.

– Casais mais saudáveis sempre procuram criar momentos românticos para a relação. Mesmo quando não há tempo, não deixam de dar atenção aos esses detalhes, pois sabem que isso é a base para a manutenção de uma boa relação. Gostam de viver uma lua-de-mel, mas têm plena consciência de que na vida, tem hora para tudo.

– Casais mais equilibrados não deixam de falar sobre as coisas que incomodam. Mesmo quando o assunto não é sério, eles procuram conversar para não deixar “nada para trás” ou mal resolvido. No entanto, não fazem do desconforto um estardalhaço, pois já atingiram um nível de maturidade que os permite conversar, sem fazer maiores escândalos.

– Eles se fortalecem através das dificuldades da vida a dois, abrindo mão da busca pela perfeição idealizada do outro, fugindo do engano de que o outro nunca pode cometer erros. Eles costumam pensar: “Poxa, ele(a) agiu errado, mas sei que ele não é sempre assim!”. É diferente dos casais mais problemáticos, onde qualquer erro é visto como uma falha sobrenatural.

– Casais mais equilibrados conseguem rir mais das situações, mesmo que estejam em circunstâncias difíceis. Um tem senso de humor com o outro.

– Preocupam-se em dar o melhor de si mesmos, sem depender tanto de um parceiro para ficar de bem com a vida, ou seja, eles agem mais e exigem menos do outro.

– Combinam amor eró­tico com amizade e essa combinação ocorre de forma onde um procura agradar ao outro.

– Casais com relacionamento mais saudável procuram entender o outro e o que acontece com os seus sentimentos, ao invés de ficar parecendo que estão no tribunal para confirmar se a pessoa é réu ou culpado da situação.

Enfim, como se pode perceber, casais mais saudáveis sabem aproveitar melhor os momentos em geral e conseguem compreender melhor os sentimentos um do outro, pois ambos ficam focados na relação. Há momentos onde a relação pode esfriar, mas nunca deixam de se preocupar um com o outro ou com a relação conjugal.

Tendo isso como base, já dá para você ter uma idéia de como está sua própria relação afetiva. Se caso não estiver boa, nada o impede de vocês mudarem de time, começando a diminuir as deficiências da relação, com pitadas dessas características que foram abordadas acima.

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